Uma viagem pra modificar muitas vidas

Em 2009 perdemos nossa mãe. Então, eu e mais dois irmãos pensamos em uma viagem juntos no final daquele ano. Passaríamos o natal e o ano novo longe do Brasil. Então pensamos: que tal irmos para um lugar muito distante, um lugar que a gente não voltaria nunca mais. Foi assim que desenhamos o nosso roteiro que começaria pela Rússia, passaria pela Suécia e terminaria na Finlândia.

Foi uma viagem inesquecível, com sobrinhos e cunhada, mais irmãos e mais o Rodolfo. E conseguimos transformar nossas dores em poesia.

O que eu jamais poderia imaginar é que criaria laços muito estreitos com aqueles países, especialmente Suécia e Finlândia, e que voltaria para lá incontáveis vezes. Trabalhando como ator, inclusive.

Com os anos, eu desenvolveria com a Suécia e Finlândia uma relação de muita intimidade. Nesse momento, por exemplo, temos dois aprendizes finlandeses estudando na SP Escola de Teatro; e, na semana que vem, desembarcam por aqui dois professores suecos que trabalharão conosco na escola.

Ainda neste momento, Rodolfo está trabalhando na Finlândia e eu recepciono em casa uma amiga queridíssima, a pedagoga social Sanna Ryynänen, que veio ao Brasil para atuar em universidades da Bahia e do Paraná. E, ainda na Finlândia, sou um dos autores de um importante livro sobre pedagogia do teatro.
E quem diria que a aurora boreal e Lapônia, afinal, não estariam tão distantes da minha vida como pensei naquele 2009 transformador?
+ na foto, ontem, com Sanna, no Famiglia Mancini
Ator, roteirista e cineasta. Co-fundador da Cia. Os Satyros e diretor executivo da SP Escola de Teatro.
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