SÃO TANTAS EMOÇÕES…

E mais notícias de Cuba: foi mesmo emocionante ver a leitura dramática do meu texto, “Faz de Conta que Tem Sol Lá Fora”, que, como eu contei ontem, ganhou por aqui o nome de “Hazte Idea de Que Hay Sol Allá Afuera”, dentro da programação da Semana de Lecturas Dramatizadas de Teatro Brasileño Actual, que segue até amanhã (dia 31), sempre às 17h (horário local), no centro cultural Casa del ALBA.

É uma sensação incrível ter um texto seu interpretado em outra língua. Apesar de já ter sido traduzido em outros idiomas, é a primeira vez que estou presente numa ocasião destas. Em 2008, meu texto “De Quem Sois?” ganhou o título “Wer Seid Ihr?”, pelas mãos da Kathleen Kunath; e “Salomé”, que escrevi com Rodolfo García Vázquez, teve uma versão espanhola, nos anos 1990.

Lindo também assistir a textos de outros brasileiros sendo lidos em espanhol.  Hoje (dia 30), vou ver “Impostura”, de Marici Salomão, também dentro da Semana de Lecturas Dramatizadas de Teatro Brasileño Actual.

Muito boa a recepção por aqui. Estou sendo muito bem ciceroneado pelo Sergio Couto, diplomata da Embaixada do Brasil, comprometidíssimo com a produção cultural brasileira.

Ontem, depois da sessão do meu texto, fomos recebidos na casa do autor Reinaldo Montero (“Liz”), que convidou muita gente bacana – atores, diretores, jornalistas e críticos de teatro – para um jantar pra lá de animado. Depois, caminhei pela Calle 23, onde fica a Copelia, a sorveteria do filme “Fresa y Chocolate” (“Morango e Chocolate”). Após o sorvete delicioso, segui para o Mallecon, onde a juventude havaneira se encontra.

E maio é um mês especialíssimo em Havana. É quando acontece o festival de teatro Maio Teatral; a Bienal de La Habana, que reúne artes plásticas e performances; a Muestra de Cine Glauber Rocha, e também o Mês de La Cultura Brasileña, com teatro, música e artes plásticas.

Por aqui é primavera e a cidade se enche de alegria com muita gente pelas ruas consumindo cultura. Assim, todas as sessões de cinema, teatro e música estão lotadas. Muita música, muito rum, muitos sorrisos e muita arte.

Aliás, enquanto escrevo, ouço uma versão muito triste, em espanhol, de “Amada Amante”. Aqui, Roberto Carlos e o mundo parecem fazer muito sentido.

Ator, roteirista e cineasta. Co-fundador da Cia. Os Satyros e diretor executivo da SP Escola de Teatro.
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