Ivam Cabral, premiado ator, autor e cofundador da cia Os Satyros,estreia nova versãodo espetáculo solo
TODOS OS SONHOS DO MUNDO
temporada via streaminga partir de 26 de julho
A nova versão, com direção deRodolfo García Vázquez, foi concebida especialmente para as plataformas virtuais,explorando as possibilidades cênicas oferecidas pelas múltiplas janelas, pesquisa iniciada na peça “A Arte de Encarar o Medo”,da cia Os Satyros, também dirigida por Vázquez e roteirizada por Cabral.
A peça é uma autoficçãocriada a partir do diálogo entre a experiência pessoal de Ivam Cabral (com as perdas e a depressão) e a poesia, que se revelou poderosa ferramenta no seu enfrentamento do chamado “Mal do Século XXI”, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).
A dramaturgia foi estruturada a partirdo cruzamento do livro “O demônio do meio-dia – uma anatomia da depressão”, de Andrew Solomon, eleito um dos cem melhores livros da década de 2000 pelo jornal britânico The Times, com poesias de Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Fernando Pessoa, Cecilia Meireles, entre outros.
“Um dos mais belos e comoventes trabalhos a que a cidade assiste neste conturbado 2019.” (José Cetra Filho, Palco Paulistano)
“Me emocionei. Uma ‘terapia’ que nos faz refletir muito. Recomendo.” (JC Serroni, cenógrafo)
“Maduro e comovedor.” (Contardo Calligaris, psicanalista)
ESTREIA: dia 26 de julho (domingo), às 20h
HORÁRIOS: domingos às 20h e segundas às 21h / DURAÇÃO: 60 min / INGRESSOS: R$20, R$10 e gratuito (para quem não puder pagar) / ONDE COMPRAR E ASSISTIR: Sympla / Espaço Digital dos Satyros – https://bit.ly/3dF6yP3/ TEMPORADA: até 30 de agosto
Depois de ser visto por quase 4.000 pessoas na internet,antes da pandemia, e de ser a primeira peça a cumprir temporada na quarentena, o solo TODOS OS SONHOS DO MUNDO, de Ivam Cabral, volta em nova versão, totalmente reformuladopara esta temporada via streamingno Espaço Digital dos Satyros, na plataforma Sympla.
A peça, que sairia em turnê pela Suécia, Finlândia, Espanha e Portugal, foi mais uma a mudar seus planos com a crise provocada pela Covid-19. Mas as mudanças ressignificaram e fizeram crescer a importância deste trabalho, tanto pela arte ter se tornado ainda mais indispensável neste período, quanto pela temática que aborda, cada vez mais urgente em tempos de isolamento social.
TODOS OS SONHOS DO MUNDO fala da depressão, tema cada vez mais urgente, em especial durante o isolamento social, e de como a arte e a poesia podem abrir portas no entendimento e enfrentamento deste mal, experimentado mundo afora por tantos e há tanto tempo.
A dramaturgia foi estruturada a partir do livro “O demônio do meio-dia – uma anatomia da depressão”, de Andrew Solomon, eleito um dos cem melhores livros da década de 2000 pelo jornal britânico The Times.
“Quem afirma que a ‘a verdade é irrelevante’ é o escritor norte-americano Andrew Solomon (…) A partir de Solomon eu ficciono a minha vida e nem tudo o que vai existir no trabalho é de ordem biográfica.(…)Minha peça trata de um tema bastante complicado: a depressão. Que pode, claro, fazer muito sentido neste tempo de isolamento, mas – e por isso mesmo –, um tema que a gente não quer muito falar e tem evitado, muitas vezes. Por outro lado, sinto que precisamos deste assunto, é urgente. É um momento difícil, este. Em que a vida duela com a própria vida tentando entender como serão as coisas a partir daqui.”, reflete Ivam.
Não bastasse a disseminação da doença e as desigualdades de acesso aos meios de tratamento mundo afora, já se percebe o seu crescimento nesta vivência mundial da pandemia, mesmo entre aqueles que talvez não sofressem com o distúrbio anteriormente.
“Mais uma vez, como em tantos outros períodos históricos, a arte revela-se ainda mais imprescindível do que se imagina, por sua capacidade de levar alento, entretenimento, reflexão e, sobretudo, humanidade às pessoas”,completa o diretor Rodolfo García Vázquez.
A NOVA ENCENAÇÃO
Esta nova encenação de Rodolfo García Vázquez foi concebida especialmente para as plataformas de videoconferência,explorando as possibilidades de luz e movimento oferecidas pelas múltiplas janelas virtuais.
Se na encenação anterior, presencial, o desafio residia na “nudez” da encenação, que contava basicamente com o ator, sem figurino, luz ou qualquer outro elemento, agora Ivam Cabral vai interagir com vídeos, com a luz, desenhar durante a peça, entre outras novidades. Esta pesquisa foi iniciada – e bem acolhida por público e crítica – no espetáculo “A Arte de Encarar o Medo”, da cia Os Satyros, igualmente dirigida por Vázquez e roteirizada por Cabral.
O que não muda é a comunicação direta e a intimidade com o interlocutor.O ator se dirige ao público como um velho amigo que conta a história (ficcionada) de sua vida, permeando os acontecimentos e reflexões com poesias – trechos ou íntegra – de Carlos Drummond de Andrade (“Não se Mate” e “Amar”), Clarice Lispector (“Saudades”), Fernando Pessoa (“Tabacaria”), Cecilia Meirelles (“Soneto nº6”), entre outros.
FICHA TÉCNICA
Concepção: Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez
Direção: Rodolfo García Vázquez
Atuação: Ivam Cabral
Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany
IVAM CABRAL
Foi o primeiro ator a entrar em temporada na quarentena com uma peça. Estreou em live no Instagram dia 20 de março, ao início do isolamento social, quando ainda não havia outras iniciativas do gênero. Ivam ficou em cartaz de sexta a domingo, até o final de maio. Na época, alguns veículos noticiaram o feito.
Ator e dramaturgo, tem dedicado sua carreira às artes do palco. Estudante de psicanálise, doutor em Teatro pela ECA/USP, é cofundador da Cia. de Teatro Os Satyros. Como ator e dramaturgo, recebeu os mais importantes prêmios do teatro brasileiro (Shell, APCA, Governador do Estado, Aplauso Brasil, Arcanjo de Teatro, Cidadão Paulistano, entre outros) e atuou em mais de 20 países, em quatro continentes: americano, europeu, africano e asiático. Em 2017, foi condecorado comendador, pela Câmara Brasileira de Cultura; e, em 2019, recebeu o Título Cidadão Paulistano, pela Câmara Municipal de São Paulo. Seu nome batizou o espaço cênico do Grupo Caixa Preta. Desde 2019, a Sala Ivam Cabral funciona na cidade de Registro, interior do Estado de São Paulo.
Escreveu dezenas de textos, traduzidos para o espanhol, inglês, alemão e sueco. Publicou os livros “Mississipi”, “Pink Star”, “Pessoas Perfeitas”, “Terras de Cabral – Crônicas de Lá e Cá” e “O Teatro de Ivam Cabral – Quatro textos para um teatro veloz”, entre outros. Pela organização da coleção “Primeiras Obras”, foi indicado ao Prêmio Jabuti, em 2010. É um dos autores da obra “Critical Articulations of Hope from the Margins of Arts Education”, publicada pela editora britânica Routledge.
Também cineasta, escreve para cinema e televisão, tendo assinado vários roteiros para a TV Cultura. Dirigiu, em 2016, ao lado de Rodolfo García Vázquez, o longa-metragem “A Filosofia na Alcova”, que ficou em cartaz no Cine Belas Artes, em São Paulo, por 63 semanas ininterruptas. Acumula, ainda, o cargo de Diretor Executivo da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco.