Prêmio Arcanjo de Cultura anuncia indicados do 1º semestre de 2020 e A Arte de Encarar o Medo é nomeada na categoria Teatro

Idealizado pelo jornalista e crítico Miguel Arcanjo Prado, Prêmio Arcanjo de Cultura chega à sua 2ª edição em 2020 com destaques em Artes Visuais, Cinema, Música, Streaming TV e Teatro, além de homenageados Especiais

Neste ano de pandemia a classe artística precisou, mais do quem nunca, se reinventar. A segunda edição do Prêmio Arcanjo de Cultura lança seu olhar atento para este momento histórico.

Após a edição de estreia que lotou o Theatro Municipal de São Paulo no final de 2019, o Prêmio Arcanjo de Cultura inicia os preparativos para sua segunda edição, prevista para dezembro próximo no Municipal sob direção artística de Ivam Cabral, e anuncia os indicados referentes ao primeiro semestre de 2020.

Idealizado pelo jornalista, crítico e colunista Miguel Arcanjo Prado, nome de credibilidade no jornalismo cultural no Brasil com seu Blog do Arcanjo, o júri conta ainda com Adriana de Barros, Bob Sousa, Elba Kriss, Hubert Alquéres e Zirlene Lemos. De forma conjunta, o time de especialistas escolheu seis destaques por área neste primeiro semestre: Artes Visuais, Cinema, Música, Streaming TV e Teatro. Estes se somarão aos seis indicados por categoria no segundo semestre. A lista ainda traz 12 indicados ao Prêmio Especial, entre os quais Elza Soares, Fábio Porchat e Angela Ro Ro.

“Em tempos tão terríveis, a cultura precisou se reinventar digitalmente para sobreviver à pandemia. Assim, as indicações do Prêmio Arcanjo de Cultura chegam como um sopro de esperança à classe artística, valorizando nomes e iniciativas pioneiras durante este complicado primeiro semestre de 2020”, declara Arcanjo.

Ele acrescenta que “o Prêmio Arcanjo de Cultura tem um júri que se alicerça em olhares plurais, democráticos e inclusivos, o que faz da diversidade presente entre indicados e premiados a marca de credibilidade conquistada pela premiação já em sua primeira edição”. E reforça: “O artista brasileiro segue resistindo e sobrevivendo milagrosamente. O Prêmio Arcanjo de Cultura aplaude e valoriza essa garra inesgotável do artista brasileiro”.


PRÊMIO ARCANJO DE CULTURA – 2020 – 
INDICADOS DO 1º SEMESTRE

ARTES VISUAIS

Acervo Vladimir Herzog, Instituto Vladimir Herzog (IVH) e Itaú Cultural
Pela construção e preservação da memória do grande jornalista brasileiro, assassinado pela ditadura.

Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo
Pela valorização da reflexão e proposta de diálogos sobre as Artes Visuais.

Edson Lopes Jr.
Pelo sensível olhar fotojornalístico no registro da pandemia do novo coronavírus na cidade de São Paulo.

J. C. Serroni
Pelos 70 de vida e grande contribuição, com projetos cenográficos, ensino, pesquisa e publicações, às Artes Visuais e ao Teatro Brasileiro.

John Lennon em Nova York por Bob Gruen – MIS
Pela apresentação da trajetória visual de um dos maiores artistas do século 20.

Paulo Nazareth
Pela trajetória andarilha nas Artes Visuais, com reconhecimento internacional, sem perder a essência de sua comunidade em Minas Gerais.

CINEMA

A Febre
Pela proposição da diretora Maya Werneck Da-Rin em dar voz ao indígena em um país entregue à voracidade predatória.

Fim de Festa
Pela proposta do diretor Hilton Lacerda em construir um filme inteligente e divertido, verdadeiro deleite para quem gosta de cinema.

Mostra de Cinemas Africanos e Vídeo nas Aldeias
Por serem duas iniciativas de inclusão audiovisual: a primeira, apresentando o novo cinema da África, e a segunda por ser importante projeto de produção audiovisual indígena.

Sete Anos em Maio e Vaga Carne
Pela união na exibição de dois médias poderosos na mensagem e qualidade de produção: de um lado a denúncia do genocídio negro, do outro um corpo buscando sua voz.

Silvio Guindane
Pela constante demonstração de ser um ator versátil com trajetória propositiva no cinema, teatro e TV, não se prendendo à atuação, mas navegando ainda pelo roteiro, dramaturgia e direção.

SPCine Play
Por ser plataforma pública pioneira de streaming no Brasil, que valoriza e amplifica o audiovisual nacional.

MÚSICA

Bárbara Bivolt
Pelo primeiro disco, fruto de uma década de dedicação ao rap.

Edital Natura Musical
Pelo constante estímulo à nova música brasileira.

Gilberto Gil e BaianaSystem
Pelo disco Gil Baiana Ao Vivo em Salvador, registro de encontro geracional potente e histórico.

João Gordo
Pela corajosa trajetória que o torna um dos maiores nomes do punk nacional.

Kunumi MC
Por ser voz primordial para o discurso indígena na cena musical.

Teresa Cristina
Pelas lives que foram porto seguro de inteligência e cultura nesta quarentena.

STREAMING TV

Amazon Prime Video
Pelo crescimento no Brasil do serviço de streaming que apresenta produções próprias e outros atrativos que pensam no usuário, como as legendas reguláveis.

As Aventuras de Poliana
Pela garra da equipe do SBT em produzir teledramaturgia na cidade de São Paulo com sucesso e por ter sido a única novela inédita no ar durante a pandemia.

Babu Santana e Thelma Assis
Pela representatividade negra que conquistou o Brasil no Big Brother Brasil, reality da Globo.

CNN Brasil
Pela estreia, pelo crescimento e por ter rapidamente se tornado importante opção de informação para o público brasileiro.

Em Nome de Deus
Pela revelação dos bastidores do caso João de Deus em uma verdadeira aula de jornalismo investigativo presente na série do Globoplay.

Sinta-se em Casa com Marcelo Adnet
Pela criatividade durante a pandemia do humorista carioca, que conseguiu aliviar no Globoplay as tensões do complicado período.

TEATRO

A Arte de Encarar o Medo
Pela coragem da Cia. de Teatro Os Satyros, conduzida por Ivam Cabral e Rodolfo Vázquez, na criação pioneira do teatro digital em diálogo com o mundo neste momento de distanciamento social.

A Cor Púrpura
Pela impecável produção de teatro musical, com elenco e equipe totalmente dedicados em contar uma forte história negra com múltiplos significados.

Desamparos
Pelo mergulho sensível e virtual da atriz Cléo De Páris sob direção de Fábio Penna, sendo respiro poético em meio ao caos.

Jane Di Castro, Divina Valéria, Eloína dos Leopardos, Camille K, Marcia Dailyn e Divina Nubia
Pelo pioneirismo na representatividade trans e transformista nos palcos brasileiros e internacionais.

O Canto de Ninguém
Pela madura construção dramatúrgica de Luccas Papp bem como pela estreia brilhante da estrela dos musicais Fabi Bang no teatro dramático.

O Filho do Presidente
Pelo desbravar do digital a cargo do Teatro Caminho, com Ricardo Cabral dirigido por Natasha Corbelino em uma experiência intimista virtual.

ESPECIAL

Elza Soares
Pelos 90 anos desta artista de grande talento, farta coragem e constante capacidade de reinvenção.

Fábio Porchat
Pelas entrevistas em formato live na quarentena e pela ajuda a artistas e técnicos em vulnerabilidade.

Angela Ro Ro
Pelos 70 anos de uma artista talentosa, pioneira na liberdade do amor e com trajetória de sucessos que marcaram gerações.

Hilton Cobra
Pela irretocável trajetória de valorização do teatro negro, coroada com a excelente peça Traga-me a Cabeça de Lima Barreto.

Pedro Paulo Cava
Pela trajetória de 70 anos de vida e dedicação às artes cênicas em Minas Gerais, onde comanda há 30 anos o Teatro da Cidade em Belo Horizonte.

Os Crespos
Pelos 15 anos da importante companhia dedicada ao teatro negro sob comando de Lucélia Sergio e Sidney Santiago Kuanza.

Anderson Jesus
Pela proposta de comunicação que valoriza a trajetória negra, foco do projeto de conteúdo digital Todos Negros do Mundo (TNM).

Itaú Cultural
Pelos editais Arte como Respiro durante a quarentena em diferentes linguagens artísticas, que trouxeram fôlego extra às artes.

Sesc São Paulo
Pela série #EmCasacomSesc com espetáculos apresentados no Sesc ao Vivo, representando nova possibilidade produtiva na quarentena.

Fundo Marlene Colé da APTI, Fundo Iasmine do Teatro Musical, APTR, SP Escola de Teatro, Cooperativa Paulista de Teatro e Sated
Pela ajuda a artistas e técnicos vulneráveis na crise da pandemia.

Hugo Possolo
Pelos editais culturais da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo durante a quarentena, primordiais para a sobrevivência do campo cultural paulistano.

Sérgio Sá Leitão
Pelo projeto #CulturaEmCasa da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, que mobilizou artistas e público na quarentena.

 

Fonte: Blog do Arcanjo

Ator, roteirista e cineasta. Co-fundador da Cia. Os Satyros e diretor executivo da SP Escola de Teatro.
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