A ARTE DE ENCARAR O MEDO
Fazendo uso criativo das ferramentas digitais e explorando novas formas de interação através das janelas virtuais, da iluminação e da movimentação da câmera, a cia mergulha numa rica investigação de linguagem.
A trama se passa num futuro distópico e indeterminado, em que a população chegou à marca dos 5.555 dias de quarentena, e já não sobra quase mais nada no mundo lá fora.
Dezoito atores interagem em cenas realizadas remotamente e transmitidas em tempo real pela plataforma digital Sympla
satyros.com.br
Facebook: Satyros
Twitter: @os_satyros
Instagram: @ossatyros
YouTube: Os Satyros Cia. de Teatro
ESTREIA: dia 13 de junho (sábado), às 21h
HORÁRIOS: sexta e sábado às 21h, domingo às 16h
VENDA INGRESSOS E ACESSO À TRANSMISSÃO:www.sympla.com.br
DURAÇÃO: 50 minutos / CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 anos
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA: baixar o aplicativo Zoom, preferencialmente no PC ou notebook. Também é possível assistir por tablet, celular ou emparelhamento com Smart TV.
VALOR INGRESSOS: R$20,00 e R$10,00 (meia) / ingresso gratuito solidário (dedicado às pessoas que se encontram em dificuldade financeira devido à crise gerada pela pandemia) / ou ainda doações (valor livre para quem queira/possa pagar mais).
No próximo dia 13 de junho a premiada cia. teatral paulistana Os Satyrosestreia a temporada digital do espetáculo “A Arte de Encarar o Medo”. O roteiro é deIvam Cabrale Rodolfo García Vázquez, e a direção de Rodolfo García Vázquez.
O elenco traz 14 artistas veteranos da cia– Ivam Cabral, Eduardo Chagas, Nicole Puzzi, Ulrika Malmgren, Diego Ribeiro, Fabio Penna, Gustavo Ferreira, Henrique Mello, Julia Bobrow, Ju Alonso, Marcelo Thomaz, Marcia Dailyn, Mariana França, Sabrina Denobile e Silvio Eduardo – e conta com a participação do ator convidadoCésar Siqueira e dos artistas mirinsNina Denobile Rodrigues e Pedro Lucas Alonso.
“A Arte de Encarar o Medo” foi criada a partir de pesquisas e impressões dos artistas do grupo sobre a experiência da quarentena, em meio à grave crise política nacional.
O espetáculo, pensado integralmente para o suporte digital, não se limita a transpor para o novo ambiente uma encenação concebida para o palco, mas investe na busca de soluções criativas,explorando uma nova linguagemsobre a qual ainda pouco se conhece.
“A Arte de Encarar o Medo marca um avanço na pesquisa dos Satyros sobre teatro e tecnologias em geral. Tem sido uma descoberta estética e política de grande impacto para todo o coletivo dos Satyros. Uma porta de esperança teatral no meio da pandemia.”, conta do diretor e também roteirista, Rodolfo García Vázquez.
CURIOSIDADES DE UM NOVO MUNDO
Há no elenco uma atriz sueca, Ulrika Malmgren, que já trabalhou com Os Satyros e participará de todas as sessões a partir do seu próprio país; e o ator convidado César Siqueira, que nunca teve um contato presencial com os demais atores, só os conhece virtualmente.
A captura de tela é o novo clique: asfotos de divulgação do espetáculo também serão clicadas remotamente, num ensaio fotográfico a distância,por Andre Stefano, fotógrafo oficial d’Os Satyros. O que não diminuirá todo o cuidado com luz, enquadramento e demais elementos da cena.
Ao longo de cada sessão, o público será convidado a escrever no chat de bate-papo sobre seus maiores medos, e eles serão incorporados à cena nesta mesma apresentação,através das falas dos atores.
Uma vez por semana, as apresentações serão abertas ao público na Europa e na África, com a participação de artistas estrangeiros.
Ao final de cada apresentação, o público poderá ficar nas salas virtuais para um bate-papo com o elenco.
SINOPSE
Em um futuro distópico, pessoas tentam reconstruir histórias de uma vida anterior à pandemia. Em quarentena há 5.555 dias, isolados e angustiados, criaram um grupo na internet para se conectar. Esses amigos não entendem como ainda existe energia elétrica nem acesso à web, porque as emissoras de televisão e os jornais deixaram de existir e as cidades foram abandonadas. A depressão, a solidão, o medo do contágio, a angústia pela proximidade da morte e o desespero diante dos ataques diários contra a democracia brasileira perpassam as cenas do espetáculo.
“PÍLULAS”
“Já se passaram 5.555 dias. E eu estou aqui. Minha vida acontece nessa tela. Meus amigos estão nessa tela. Falo com as pessoas que amo por aqui, com os pedaços digitais delas que chegam até mim.”
“Como é que faz pra tirar essa coisa de mim? Eu preciso ficar limpo. Eu preciso ficar limpo.”
“Mãe, o que você gostava de fazer lá fora, antigamente?”
“Queria sentir o cheiro da escola. Como será?”
“Me pediu, adivinha o que? Um abraço! Vocês acreditam? Um abraço! Eu xinguei a mulher, mandei ela sair da minha porta.”
O DESAFIO DA PANDEMIA – A ARTE DE ENCARAR O MEDO
Diante da quarentena em que o planeta mergulhou, decorrente da pandemia do Covid-19, Os Satyros tiveram que encerrar todas as suas atividades presenciais. A situação levou o grupo imediatamente a buscar alternativas para a manutenção de seu trabalho artístico, diante da perspectiva do isolamento prolongado.
“Quando a pandemia nos pegou pelo caminho a gente se recusou a parar. Eu estava viajando com meu solo Todos os Sonhos do Mundo – estaria em turnê pela Europa neste momento e, na impossibilidade de continuarmos nosso trajeto, imediatamente coloquei minha peça em live no Instagram. Ainda na impossibilidade, convidamos o nosso elenco e começamos a trabalhar este A Arte de Encarar o Mundo. Um jeito de dizermos pra nós mesmos que a vida não basta, sabe? Precisamos da resistência!”, afirma o roteirista e ator Ivam Cabral.
O monólogo de Ivam Cabral passou a ser apresentado de modo on-line, em temporada regular, pelo Instagram. Ao mesmo tempo, a cia. iniciou os ensaios deste novo projeto, que aborda temas urgentes e bastante ao mundo inteiro hoje. Isolados em suas casas, os artistas passaram a trabalhar através de plataformas de videoconferência.
A solidão, a vida digital, o medo do contágio e da morte (a sua própria e a dos outros), os dilemas éticos na relação com o mundo exterior, os desafios da vida psíquica no isolamentoforam temas abordados durante o processo, dando origem a improvisações e novas propostas dramatúrgicas.
Além destes temas, foram abordadas questões específicas do momento político brasileiro: a necropolítica, o autoritarismo, a violência governamental, a injustiça social e o processo de deterioração dos pilares da democracia nacional.
Durante o processo de ensaios, o coletivo entrou em contato com várias possíveis ferramentas de trabalho, e desenvolveu a sua pesquisa estética com o potencial digital oferecido pela plataforma Sympla, com recursos do aplicativo Zoom, realizando improvisos e investigações que levaram ao desenvolvimento de uma estética cênica digital.
Todos os ensaios ocorreram remotamente, através de plataformas de videoconferência, sem nenhum contato físico entre os artistas, seguindo as orientações do Ministério da Saúde.
A RELAÇÃO ENTRE TEATRO E TECNOLOGIA, UMA PESQUISA D’OS SATYROS DESDE 2009
Desde 2009, Os Satyros vem pesquisando suportes tecnológicos dentro da experiência teatral. Naquele ano, a companhia estreou “Hipóteses para o Amor e a Verdade”, que recorria a telefones celulares (do elenco e do público), internet e sites interativos.
Desde então, realizou várias pesquisas com abordagem tecnológica, como em “Cabaret Stravaganza” (2011). Em 2014, realizou o projeto “E Se Fez a Humanidade Ciborgue em 7 Dias”, em que pesquisaram aspectos da vida ciborgueem sete espetáculos e perspectivas diferentes.
FICHA TÉCNICA
Roteiro:Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez
Direção:Rodolfo García Vázquez
Elenco:Ivam Cabral, Eduardo Chagas, Nicole Puzzi, Ulrika Malmgren, Diego Ribeiro, Fabio Penna, Gustavo Ferreira, Henrique Mello, Julia Bobrow, Ju Alonso, Marcelo Thomaz, Marcia Dailyn, Mariana França, Sabrina Denobile e Silvio Eduardo
Ator convidado:César Siqueira
Atores mirins convidados:Nina Denobile Rodrigues e Pedro Lucas Alonso
Orientação visual:Adriana Vaz e Rogério Romualdo
Fotos:Andre Stefano
Produção:Os Satyros
Assessoria de Imprensa:JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany