É um domingo muito cinza, pelo menos aqui, na baixada santista, em Santos. Meio frio. Assisti a obra e agradeço bastante. Diria, assim, trata-se da estetização de uma forma em estado manifesto. Talvez este pudesse ser o título.
As paredes na obra se quebraram. Tentativas de comunicação, depois de tantos e incontáveis anos de um mundo em processo de dissolvência. Chamamento de gentes presentes e ausentes, esquecidas, distantes, próximas… Início de quem sabe, talvez, uma polifonia interdita.
Evocando Drummond, “provisoriamente não cantaremos o amor […] cantaremos apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro”.
Heterotopias em junção [des] aqui, [des] agoras, próximos em revista aos tempos de total alteridade: o outro precisa dar lugar ao semelhante. E deu.