Cabo Verde, aqui estou eu

Já estou em Cabo Verde. Pela terceira vez. E é como se eu estivesse chegando em casa porque quem tem amigos, tem família também. E é assim aqui. Além de amigos, tenho compadre, comadre e até afilhada. Me digam agora se estou exagerando ao dizer que isso aqui é extensão da minha vida?

Em Cabo Verde tem a Alaim também, a Academia Livre de Artes Integradas do Mindelo, que surgiu de mãos dadas com Os Satyros e a SP Escola de Teatro. 

Aqui também tem a morna, a Lura e viveu por aqui a Cesária Évora, que eu tive o imenso prazer de conhecer em Lisboa, mais de vinte anos atrás. Tem o Tito Páris também, esse conhecido de muitos anos, já. 

Cabo Verde pra mim é sinônimo de poesia. Tenho com o país a mesma relação que tenho com Cuba. Aliás, na minha opinião, os dois povos que mais se parecem com os brasileiros. 

Estou neste momento na Ilha do Sal e, logo mais à noite, embarco pra São Vicente, outra ilha, na cidade do Mindelo. 

Cabo Verde é um arquipélago de dez ilhas. Uma delas não é habitada. Desta vez, passarei por três delas e trabalharei em duas. “Todos os Sonhos do  Mundo” será apresentado nas cidades do Mindelo e Praia.

O hotel, aqui na Ilha do Sal, é o Odjo D’Água, à beira mar e que tem uma piscina incrível dentro do mar, com a hospitalidade mais hospitaleira do mundo. Obra e graça do senhor Patone Lobo, seu proprietário.

Ator, roteirista e cineasta. Co-fundador da Cia. Os Satyros e diretor executivo da SP Escola de Teatro.
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