Foi bem bonito chegar em Portugal desta vez. Viajei durante o dia e cheguei em Lisboa perto das 21h. Um voo tranquilo, com companhia agradável. Viajo com o Joaquim Gama, coordenador pedagógico da SP Escola de Teatro.
O surpreendente foi ser reconhecido pelo policial da alfândega, que havia lido a minha entrevista no jornal Público, o diário mais importante aqui em Portugal.
Eu não sabia muitos detalhes da entrevista. Havia conversado por telefone, de São Paulo, com a jornalista Mariana Correia Pinto, no início da semana passada. Mas o senhor, no controle de passaportes no aeroporto de Lisboa, me avisa:
— Você está todo elegante na edição de hoje do jornal Público. Gostei de saber do vosso trabalho.
Eu sempre acho incrível quando sou reconhecido fora da Praça Roosevelt. Nosso trabalho é tão pequenino, tão circunscrito que é quase inacreditável que um relato desses possa ser real.
Estou ansioso, saio apressado do desembarque e tudo o que quero é um exemplar do jornal. O Joaquim é que me aponta uma livraria e é lá que me encontro todo, todo. Uma entrevista de página inteira para falar do nosso trabalho na Praça Roosevelt.
Tenho pensado: qual a probabilidade de algo assim acontecer na vida de uma pessoa? Sim, viver é realmente surpreendente.
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