Não foi nada fácil chegar até aqui. Quando em março do ano passado foi decretado o isolamento social, era como se tivessem arrancado os meus pés. Só não foi catastrófico porque me joguei no trabalho, preenchendo todos os horários da minha agenda com compromissos profissionais.
E, nas horas livres, fiz um monte de cursos; participei de seminários, debates, mesas redondas e uma infinidade de coisas.
Contei agora – porque estou me preparando para atualizar meu curriculum Lattes –, entre filosofia, sociologia, antropologia e psicanálise, foram cinco cursos, quatro seminários (dois deles internacional) e uma pós. Se vocês acharam exagero, continuem lendo porque não acabou por aqui, não.
Voltei a dar aulas, também, em vários lugares e até fora do país. E foi, de verdade, uma festa. Continua sendo, aliás. Porque, louco como sou, estou fazendo, ao mesmo tempo, duas pós-graduações – sem contar a que já terminei. Ah, e teve espaço para circular na academia, também. Participei de bancas de mestrado – sim, mais de uma – e até coorientei pesquisa de mestrado em Portugal.
Desta maneira, não tive nenhuma noite livre, nem fins de semanas livres, nada. Neste momento, onde as coisas encetam em voltar ao “novo normal”, começo a me sentir um peixe fora d’água. Porque, pelo fluxo, tudo o que eu quero mesmo é estudar mais, aprender mais e trocar mais, também. Porque, o amanhã pra mim, cada vez mais é só um jeito que a gente vai ter que encontrar para encarar o medo. Sim, é de política que estou falando…