PORTUGAL | I Encontro da Rede Internacional de Teatro Comunidade e Artes Participativas

Pretende-se com este encontro uma reflexão, coletiva e interdisciplinar, para demarcar e valorizar terrenos de investigação que interligam a atividade cultural, a criação artística as ciências sociais e as políticas públicas.

 

 

Cristina Pedra

Presidente da Câmara Municipal do Funchal

 

É uma honra para a cidade do Funchal acolher o I Encontro Internacional de Teatro, Comunidade e Artes Participativas, promovido pela HUG, que inclui como sócio fundador a Olho.te – Associação Artística e Solidariedade Social, coletividade que tem desenvolvido um trabalho ímpar no nosso território.
A Câmara Municipal do Funchal considera importante que cada instituição pública, privada, associação e agente cultural, use
as suas diferentes competências e ferramentas para criar em conjunto uma sociedade mais inclusiva, coesa, plural, artística
e cultural. Este é um caminho árduo, diário, que não podemos trilhar individualmente. Por isso, temos apoiado várias associações e agentes culturais, que fazem parte da programação deste Encontro Internacional, e do qual somos parceiros ativos no desenvolvimento de projetos de arte participativa como o Trégua, da Associação Casa Invisível, a Universidade Sénior do Funchal, com o Hugo Andrade, e a Associação Musical e Cultural Xarabanda.
Este Encontro irá permitir, certamente, que se possa refletir sobre novos caminhos de arte participativa, apoiando a criação artística das comunidades locais, valorizando o tecido cultural regional e a promoção de práticas cívicas das comunidades.
Contem connosco para trabalhar em prol da democratização cultural e para erguer pontes sempre que existam obstáculos.
Bem-vindos ao Funchal!

 

 

PROGRAMA

2 outubro
9:30 Receção aos participantes
10:00 – 10:30 Cerimónia de Abertura (Comissão de Honra)
10:30 – 10:45 Homenagem a Gisèle Barret Amílcar Martins – Univ. de Montréal (Canadá)
10:45 – 11:15 Teatro de Identidades e Mestrado em Teatro e Comunidade da Escola Superior de Teatro e Cinema Rita Wengorovius e Armando Nascimento Rosa – Escola Superior de Teatro e Cinema
11:15 – 11:30 Teatro e Saúde Mental: contextos e percursos do projeto Irromper José Eduardo Silva – Univ. do Minho
11:30 – 11:45 Debate
11:45 – 12:00 Coffee Break
12:00 – 12:30 Educação, Teatro e Ecologia Ivam Cabral – SP Escola de Teatro (Brasil)
12:30 – 13:00 As Histórias de Vida como Ecologia de Saberes Criativos nas Práticas Artísticas Comunitárias / A dimensão intergeracional do Teatro Participativo Fazer Presente
(Partis & Arts for Change) Daniela Mota Silva e Tiago Porteiro (Univ. do Minho)
13:00 – 13:15 Debate
13:15 – 14:30 Almoço
14:30 – 16:30 Workshops (ver pp. 34-40)
18:00 – 19:00 Espetáculo – “Os Heróis não existem… existem!” Univ. Sénior do Funchal
20:00 Convívio Mamma Museu

 

3 de outubro
9:30 Receção aos participantes
10:00 – 10:30 Teatro de e para as Coletividades Domingo Adame – Univ. Veracruzana (México)
10:30 – 10:45 “Somos Todos Um Rio” – projeto de teatro e comunidade alargado a todo o município de Rio Maior Rui Germano – Beleza Teatro
10:45 – 11:00 Um Lugar Privilegiado para o Erro Luísa Monteiro – Escola Superior de Teatro e Cinema
11:00 – 11:15 Debate
11:15 – 11:30 Coffee Break
11:30 – 12:00 Teatro Comunitario Argentino: transformación, resistencia y alegría Edith Scher (Argentina)
12:00 – 12:30 O ensino através da Arte e a Arte através do ensino / O Grupo de Teatro Escolar como Comunidade de Prática: Impulsionando a Inovação Pedagógica Gonçalo Barata e Marco Andrade
12:30 – 12:45 Debate
13:00 – 14:30 Almoço
14:30 – 16:30 Workshops (ver pp. 34-40)
18:00 – 19:00 Documentário “Trégua” Casa Invisível
20:00 Convívio Mamma Museu

 

4 de outubro
9:30 Receção aos participantes
10:00 – 10:30 The Master’s House is Burning François Matarasso (França) – Videoconferência c/ tradução em simultâneo (ALM – Academia de Línguas da Madeira)
10:30 – 10:45 Teatro Umano – Inovação e Impacto cultural Rita Wengorovius – Teatro Umano
10:45 – 11:15 Arte e Direitos Humanos Beatriz Wey – Univ. Federal Rural do Rio de Janeiro (Brasil)
11:15 – 11:30 Debate
11:30 – 11:45 Coffee Break
11:45 – 12:15 Catarsi, Teatri delle diversità per il Teatro Sociale Vito Minoia – Univ. Degli Studi Di Urbino (Itália)
12:15 – 12:30 Projeto Metaphora José António Barros – Teatro Metaphora
13:00 – 13:15 Debate
13:15 – 14:30 Almoço
14:30 – 16:30 Workshops (ver pp. 34-40)
20:00 10 anos da Associação Olho-te – O Papel do Artista Comunitário Hugo Andrade – Criativo Associação Olho-te
20:15 Documentário “1731 Luz ao Fundo do Túnel” Associação Olho-te

 

HOMENAGEM A GISÈLE BARRET

Gisèle Barret tornou-se uma presença inspiradora e fortemente refletora, após a sua intervenção marcante no 1.o Encontro Internacional de Expressão Dramática, realizado em finais da década de 70 do século XX, em Lisboa, com organização e curadoria de António Sampaio da Nóvoa e Carlos Fragateiro. Os elevados graus de pertinência, de fecundidade e de validade artística, cultural, científica e pedagógica-didática das práticas propostas pela professora e investigadora da Université de Montréal, no Québec/Canadá, e da Université Sorbonne III, em Paris, tiveram um estrondoso e benéfico impacto connosco, em Portugal, recentemente conquistando a Liberdade e a Democracia com a Revolução dos Cravos do 25 de abril de 1974. Desde então, foram múltiplos os seus contributos ao nosso país, mas colocaria a maior ênfase na formação humana pós-graduada, ao nível da grande influência de Gisèle, em especial em cursos que orientou em todo o país, mas também no elevado número de pessoas que acolheu em Montreal ou em Paris, em cursos de mestrado e de doutoramento. Muitos de nós puderam beneficiar da sua excecional sabedoria empática e arguta sensibilidade às pessoas e aos contextos diferenciados dos projetos das pesquisas, imprimindo, todavia, sempre, a sua excecional qualidade criativa na orientação e revelação dos percursos viajantes e personalizados que apoiou.

A Pedagogia de Situação, da autoria de Gisèle, teria sido dos mais oportunos dispositivos e instrumentos metodológicos de intervenção, clarificando as correlações e cruzamentos entre as variáveis do seu modelo, inicialmente pensado para responder às práticas da Expressão Dramática e da Arte Dramática. Todavia, o enorme interesse internacional que o seu modelo aberto e flexível suscitou, tornaram-no uma fonte inesgotável de pesquisas empíricas e teórico-conceptuais, de inspiração inter e transdisciplinar, reconhecendo-o como uma potência de aplicabilidade inspiradora e útil, em múltiplas áreas do conhecimento e das práticas inclusivas, que são, naturalmente, complexas, quando colocam o foco na singularidade da pessoa humana.
Estamos felizes pela oportuna decisão do conselho científico do HUG – Rede Internacional de Teatro, Comunidade e Artes Participativas, em destacar na sua programação esse ato de profunda gratidão e sentida homenagem, à energia criadora desse clarão inspirador de esperança na construção de futuros, e que é a magnífica Gisèle Barret.

Amílcar Martins, MEd e PhD em Ciências de Educação e Didática das Artes pela Universidade de Montreal (Quebec, Canadá)

 

INTERVENÇÕES

 

2 de outubro 10:45-11:00
Teatro de Identidades
Rita Wengorovius
Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC)
O objeto de estudo desta pesquisa centra-se no projeto “Teatro de Identidades” – um projeto de investigação-ação em Teatro e Comunidade com seniores. O projeto funciona desde 2012 e é fruto de uma parceria entre a Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC) com a Câmara Municipal da Amadora – Divisão de Intervenção Social e a Associação de Amigos da ESTC. O Mestrado em Teatro e Comunidade, da ESTC, único no panorama nacional, tem como eixo orientador a intervenção de qualidade na comunidade e o estabelecimento de redes e de parcerias criativas com o meio envolvente. É neste contexto que surge o projeto aqui apresentado. Este mestrado pretende a transformação e a inclusão social, através das artes performativas e, simultaneamente, dar resposta à necessidade de produzir investigação científica nesta nova área de estudo, criando, assim, sinergias que promovam saídas profissionais para os mestrandos. A problemática do envelhecimento é uma realidade social do mundo contemporâneo. Essa preocupação leva à procura de novas abordagens do envelhecimento ativo/criativo. Este foi o desafio do mestrado em Teatro e Comunidade da ESTC, criar um projeto de investigação-ação de práticas aplicadas ao teatro e comunidade, defendendo como estas podem constituir uma estratégia de inovação artística e mudança de práticas com idosos.

 

2 de outubro 11:00-11:15
Mestrado em Teatro e Comunidade da Escola Superior de Teatro e Cinema
Armando Nascimento Rosa
Diretor do Mestrado em Teatro – especialização Teatro e Comunidade
O mestrado pretende promover o desenvolvimento artístico-cultural de todo o tecido social, por intermédio da criação de agentes qualificados, contribuindo para o surgimento de novas oportunidades de emprego nesta área de actuação.
Tendo como objectivo o desenvolvimento de trabalhos de projecto com qualidade e eficácia neste âmbito, construímos redes sociais de intervenção graças ao conhecimento que temos das comunidades envolventes, com as quais estabelecemos laços de cooperação e continuidade.
Esta especialização de mestrado da ESTC valoriza em especial a dimensão artística, bem como a pedagogia teatral, ao promover processos criativos nos diversos actores sociais, dando voz à comunidade.
O curso tem como referencial teórico uma reflexão aprofundada em torno das ideias e das práticas artísticas e cívicas contemporâneas. É tarefa decisiva o incentivo à constituição de percursos individuais, que permitirão aos mestrandos desenvolver várias linhas de acção em Teatro e Comunidade.

 

2 de outubro 11:15-11:30
Teatro e Saúde Mental: contextos e percursos do projeto Irromper
José Eduardo Silva
Centro de Estudos Humanísticos
– Universidade do Minho
A comunicação enquadra e descreve os princípios orientadores e principais resultados de Irromper, um projeto artístico e psicoeducativo no domínio do teatro, concebido com um grupo de pacientes diagnosticados com diferentes perturbações psicológicas. Este projeto de teatro foi um dos últimos resultados de uma linha de investigação de pós-doutoramento iniciada em 2014, cruzando Teatro, Psicologia e Educação, em colaboração com a Encontrar-se, uma instituição de promoção da saúde mental, na cidade do Porto, Portugal – financiada, entre 2015 e 2019 por uma bolsa de pós-doutoramento da FCT, no âmbito o projeto Teatro Comunitário: a construção da experiência estética no contexto de processos de intervenção psicossocial. Desde 2014, temos vindo a realizar, semanalmente, sessões de teatro que entrelaçam metodologias artísticas e científicas, com o objetivo de ajudar indivíduos diagnosticados com diferentes perturbações psicológicas (e.g., depressão, ansiedade, perturbação bipolar, esquizofrenia, perturbação de personalidade borderline, entre outras) a lidar com questões mentais e corporais complexas em contexto coletivo. Após vários anos de práticas e experiências teatrais coletivas por parte dos utentes do Encontrar+se, em 2021, em plena pandemia, a Direção Geral das Artes (DGArtes) abriu um concurso para projetos artísticos que relacionassem teatro e saúde mental. O facto de a proposta Irromper ter sido escolhida no patamar mais alto de financiamento validou a dimensão artística da nossa proposta para além da terapêutica, reforçando a relevância das artes como uma atividade importante para abordar questões complexas no mundo contemporâneo.

 

2 de outubro 12:00-12:30
Educação, Teatro e Ecologia
Ivam Cabral
SP Escola de Teatro (São Paulo, Brasil)
A partir da perspetiva expandida do conceito de ecologia, como matéria científica que estuda interações entre organismos e seu ambiente, ou seja, englobando tanto interações físico-naturais quanto sociais, a apresentação de Ivan Cabral irá demonstrar como o pensamento sistêmico (Fritjof Capra) e a pedagogia da autonomia (Paulo Freire) culminaram, por meio dos projetos cênicos e sociais do grupo Os Satyros, a partir de 2000, na criação de um território solidário (Milton Santos) na região central da cidade de São Paulo. A extrapolação de tais estratégias deu origem, em 2010, à SP Escola de Teatro, maior centro formativo para as artes do palco da América Latina.

 

2 de outubro 12:30-12:45
As Histórias de Vida como Ecologia de Saberes Criativos nas Práticas Artísticas
Comunitárias
Daniela Mota Silva
Centro de Estudos Humanísticos – Universidade do Minho
A presente apresentação tem como objeto de estudo as histórias de vida como fator impulsionador de criação artística dentro das práticas artísticas comunitárias. A intenção da proposta é estudar as formas como, no âmbito deste tipo de processos de criação coletiva, as narrativas pessoais dos participantes podem ser uma componente poética para a conceção de dramaturgias colaborativas socialmente significativas para aqueles que dela participam. Para isso, o conceito das Epistemologias do Sul, mais especificamente a Ecologia de Saberes cunhado por Boaventura de Sousa Santos, será usado como referencial teórico para a afirmação da importância da valorização dos saberes pessoais dos artistas/criadores. A pesquisa dá-se dentro do contexto de grupos de teatro comunitário portugueses e brasileiros que se relacionam com a temática apresentada, sendo o foco principal os trabalhos desenvolvidos pelo Coletivo Estopô Balaio em São Paulo e o Teatro Cais 14 em Alhandra.

 

2 de outubro 12:45-13:00
A Dimensão Intergeracional do Teatro Participativo Fazer Presente (Partis & Arts for Change)
Tiago Porteiro
Centro de Estudos Humanísticos – Universidade do Minho
A reflexão desenvolve-se em torno do projeto Fazer Presente – teatro participativo intergeracional (2021-23) que integrou a 1.o edição do programa Partis & Arts for Change/ Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação “la Caixa”. As noções de geração e de diálogo intergeracional serão discutidas inicialmente, tendo em conta, nomeadamente, as transformações sociais em curso. Depois de serem expostas as linhas estruturantes do Fazer Presente, apresentam-se as metodologias delineados ao longo dos vários processos de criação realizados e que almejavam a participação e um efetivo diálogo entre os diferentes agentes envolvidos [seniores do concelho de Guimarães, (ex)alunos da Licenciatura em Teatro da Universidade do Minho e coordenadores do projeto (área artística, pedagógica e social)]. Para a partilha de uma visualidade do trabalho realizado, serão convocados documentos audiovisuais produzidos ao longo do período de execução. Os resultados apresentados pelo ponto de vista do orador da comunicação (observador-participante) serão corroborados com depoimentos recolhidos juntos dos participantes que, direta ou indiretamente, estiveram envolvidos no projeto. Nas considerações finais, discute-se o contributo que este trabalho oferece ao tema do diálogo intergeracional.

 

3 de outubro 10:00-10:30
Teatro de e para as Coletividades
Domingo Adame
Universidade Veracruzana
(México)
O teatro sempre foi um meio de expressão das coletividades. Quando, na modernidade, o sujeito se separou do seu meio para vê-lo de um ponto de vista “objetivo”, começou o culto da individualidade que se exacerbou na pós-modernidade. Só nos povos originários se procurou manter um vínculo direto com a realidade e com todo o vivente. Da mesma forma, alguns grupos e projetos teatrais foram colocados nessa mesma perspetiva. Hoje, diante da crise que ameaça a humanidade, é urgente retomar o sentido coletivo do teatro em todo o seu processo de realização, desde a elaboração do projeto criativo até á celebração do evento no seio de uma comunidade. A estratégia transdisciplinar é uma ferramenta metodológica pertinente para alcançar esta tarefa. Com base nela, participei em projetos de teatro comunitário e transcultural, aos quais me referirei nesta comunicação,

 

3 de outubro 10:30-10:45
“Somos Todos Um Rio” – projeto de teatro e comunidade alargado a todo o município de Rio Maior
Rui Germano
Beleza Teatro (Rio Maior)
A partir da sua experiência como mentor do projeto de teatro e comunidade “Somos Todos um Rio”, Rui Germano apresenta-nos o modelo deste projeto de teatro e comunidade, que visa colaborar na programação, formação e criação artística local, com enfoque no envolvimento da sociedade civil nos processos e produtos artísticos, bem como na criação de novos públicos de teatro.
Este projeto, alargado a todo o município de Rio Maior, com enfoque principal no envolvimento da população, cria em cada freguesia, um grupo de trabalho que desenvolve, com a população, um espetáculo que pretende pensar e refletir o sentir daquela comunidade.
Este é um projeto de inclusão e criação de uma identidade através da arte e da partilha de experiências e saberes, permitindo a criação de laços e parcerias, quer pessoais, quer institucionais, o que visa contribuir para a consolidação da rede cultural de um território, bem como colmatar algumas das lacunas em termos de oferta cultural fora das grandes cidades.

 

3 de outubro 10:45-11:00
Um Lugar Privilegiado para o Erro
Luísa Monteiro
Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC-CIAC) /
c:T:c – companhia de teatro contemporâneo
Não amamos as coisas por elas serem boas, elas são boas porque as amamos, diz-nos Espinosa. Como tal, o triângulo Artist-Researcher-Teacher, aplicado ao Teatro e Comunidade, raramente é equilátero; há um lado sempre mais longo. Estas discrepâncias geométricas têm promovido diversos erros. Bons, se os amarmos. O teatro como objeto frente ao sujeito que nunca fez teatro. Ou se quisermos, o ente e o ser. Não se pretende a velha questão da verdade do Ser, antes pensar o ser do ente. Mediamos então o deixar-surgir do ente na sua essência, instituindo-a, deixando-a manifestar-se numa evanescente performance, iluminando o caminho para a vizinhança do ser. Talvez esse percurso seja o único fator legitimador do conceito de “comunidade”.

 

3 de outubro 11:30-12:00
Teatro Comunitario Argentino: transformación, resistencia y alegría
Edith Scher Matemurga (Argentina)
O que é o teatro de vizinhos para vizinhos e onde reside o seu carácter transformador? Qual é a sua história? Em que contexto surgiu e em que características reside a sua força e potencial? Grupos fundadores. Nascimento da Rede Nacional Argentina de Teatro Comunitário. Contexto político. A arte como direito da comunidade. Arte e transformação social. Memória, identidade, celebração e territorialidade.
A atuação dos vizinhos, a canção comunitária, a gestação da dramaturgia, a concepção do cenário e do figurino. O coral como personagem central desta prática. Os géneros teatrais que alimentam o teatro comunitário, as escolhas estéticas. A importância do espaço público e de outros espaços comunitários como locais de atuação. Bairros como geradores de cultura.
Organização do grupo. Tomando uma decisão. Crescimento ao longo dos anos. A criação de novos espaços ligados a outras artes comunitárias. Autogestão e a relação com o Estado. O passado, o presente e o futuro.

 

3 de outubro 12:00-12:15
O Ensino através da Arte e a Arte através do Ensino
Gonçalo Barata
Escola Secundária D. Pedro V
(Lisboa)
O reflexo de um método de trabalho aplicado a uma turma do Curso de Artes do Espetáculo – Interpretação, ao longo do seu Secundário (10.o/11.o/12.o).
Desenvolvimento dos alunos na área artística e o seu envolvimento com o mundo do trabalho, comunidade educativa e comunidade local.
Os modelos de inspiração, bem como a experiência pedagógica/artística acumulada que levou à influência/criação deste método de ensino.

 

3 de outubro 12:15-12:30
O Grupo de Teatro Escolar como Comunidade de Prática: impulsionando a inovação pedagógica
Marco Andrade Universidade da Madeira

Nesta apresentação, será demonstrado o impacto transformador de um grupo de teatro escolar como uma comunidade de prática na promoção da inovação pedagógica. Serão demonstradas as dinâmicas colaborativas, cooperativas e criativas dentro do grupo de teatro, destacando como essas interações fomentam o desenvolvimento de habilidades cognitivas, sociais e emocionais nos alunos. Por meio de exemplos concretos e evidências empíricas, serão apresentados os benefícios tangíveis da participação em grupos de teatro escolar, incluindo o estímulo à expressão artística, o fortalecimento da autoconfiança e a melhoria do desempenho académico. No que concerne à Comunidade de Prática, será referido, apenas, os três elementos essenciais para a sua designação: o domínio, a comunidade e a prática. Esta prática visa inspirar professores e educadores a reconhecerem e valorizarem o potencial do teatro escolar como uma poderosa ferramenta para promover a inovação e ao envolvimento e interesse dos alunos no ambiente educacional. Por fim, dar dois exemplos pessoais de como o teatro foi uma mais-valia para a vida académica, enquanto estudante, e de como se transfere a expressão dramática para a atividade pedagógica como “ferramenta” para aprendizagem de uma língua estrangeira.

 

4 de outubro 10:00-10:30
The Master’s House is Burning
François Matarasso
(França) – Videoconferência c/ tradução em simultâneo
(ALM – Academia de Línguas da Madeira)
Giorgio Agamben escreve que só podemos ver o problema arquitetónico fundamental de uma casa quando esta está em chamas. A maioria aceita agora que a casa da humanidade está em chamas, mas não é fácil distinguir causas e sintomas ou saber como corrigir as coisas.
Os artistas, especialmente aqueles que trabalham com comunidades, devem enfrentar estes problemas. Só podemos trabalhar aqui e agora, com os recursos disponíveis. O que importa saber é como.
Esta é uma das várias coisas onde errei numa vida de arte comunitária. Trabalhando pelo reconhecimento da criatividade e experiência de artistas não profissionais, concentrei-me no quê e no porquê. Como existiam no aqui e no agora, em sentidos e sentimentos, em outras formas de saber além daquelas que escrevia e falava sobre o trabalho que fazíamos.
Audre Lorde disse que “as ferramentas do mestre nunca desmantelarão a casa do mestre”, mas eu não conseguia ver a ligação porque nasci naquela casa e Audre Lorde não. Agora está a arder e vejo os seus problemas arquitetónicos fundamentais. Bem, é melhor tarde do que nunca. O que importa é o como. Encontraremos soluções para as nossas múltiplas crises quando deixarmos de usar as ferramentas do mestre, incluindo os seus conceitos de arte e valor. Precisamos de uma nova ideia de cocriação – emancipatória, solidária e esperançosa, que rejeite as divisões nas quais o mestre engorda, que valorize a interdependência de todas as coisas. Eu chamo a isso “arte altruísta”. Não tenho a certeza do que é, mas não depende de mim – depende de todos. São necessárias todas as mãos para apagar um incêndio.

 

4 de outubro 10:30-10:45
Teatro Umano – Inovação e Impacto cultural
Rita Wengorovius Teatro Umano
Uma experiência teatral única e impactante que promove a integração entre arte e sociedade. No terreno desde 1998, o TU conta com 23 anos de experiência de trabalho em Artes Participativas e Comunitárias. Tendo desenvolvido uma metodologia inovadora e multidisciplinar, baseia-se na eficácia do Teatro e das Artes para o desenvolvimento do ser humano, partindo da democratização da linguagem artística e da criatividade. Esta metodologia adapta-se a qualquer público e contexto (idosos, crianças, saúde mental, prevenção para a saúde, cidadania ativa, prevenção da violência, etc.). O TU reúne uma equipa intergeracional e pluridisciplinar de Criação e Investigação Artística. Ao Teatro que fazemos e pesquisamos chamamos Teatro Umano. Se antes eram as sociedades a promover as artes, hoje são as artes a promover a sociedade.

 

4 de outubro 10:45-11:15
Arte e Direitos Humanos
Beatriz Wey
Universidade Federal Rural Rio de Janeiro (Brasil)
O poeta brasileiro escreveu que a “arte existe por que a vida não basta”. Sim, ele estava certo, não nos é suficiente acordar todos os dias apenas para subsistir, para comermos e bebermos como forma de nos mantermos vivos. Para sermos humanos precisamos de muito mais, precisamos sonhar e criar, precisamos ter a certeza de podemos transformar e acreditar em um mundo melhor. Entre avanços e retrocessos, a arte continua presente em nossas vidas para que a vida siga seu curso e garanta ao humano seu direito de ser. Ocupar as galerias, os museus, os teatros, as praças e as ruas dão-nos a certeza de que a arte é necessária e que a luta pela nossa existência é permanente. Isso porque, as mulheres ainda sofrem, os negros e negras ainda são inferiorizados e a comunidade LGBTQIa+ é humilhada. A arte nos salvará da desumanidade do mundo.

 

4 de outubro 11:45-12:15
Catarsi, Teatri delle diversità per il Teatro Sociale
Vito Minoia
Universitá Degli Studi Di Urbino (Itália)
A revista Catarsi – Teatri delle Diversità fundada em 1996 na Universidade de Urbino “Carlo Bo” por Emilio Pozzi e Vito Minoia, publicada pelo Teatro Universitario Aenigma, após a morte de Emilio Pozzi, é dirigida por Vito Minoia desde 2010, tornando-se um ponto de referência a nível internacional (nas universidades e fora dela) para o Teatro Social e Comunitário. Em todos estes anos estabeleceu-se com a ambição do entusiasmo, múltiplos objetivos: informação, investigação, reflexão crítica.
Informação: recolher e divulgar notícias sobre iniciativas que pretendem utilizar o teatro, no seu sentido mais lato, como ferramenta de formação e comunicação, em, para e por mundos considerados “diferentes”.
Investigação: ecoando o trabalho científico magmaticamente existente que tem como objetivo a identificação de métodos que, esperançosamente, abram caminhos de inclusão, através da aquisição da cultura da convivência, com igual dignidade. Reflexão crítica: debate permanente entre diferentes escolas de pensamento, sobre caminhos e objetivos, erros e desvios.

 

4 de outubro 12:15-12:30
Projeto Metaphora
Teatro Metaphora (Madeira)
O Teatro Metaphora é uma associação sem fins lucrativos, que tem por objetivo levar a cabo atividades culturais e educativas em benefício do desenvolvimento da comunidade. De entre as atividades que realizamos, estão as atividades de cariz artístico, os projetos internacionais de mobilidade juvenil, tais como cursos de formação e intercâmbios, voluntariado e projetos ambientais.
Uma das características mais notáveis do nosso trabalho é o facto de não termos muitos recursos (humanos, financeiros, infraestruturas, etc). Porém, com a contribuição de voluntários, parceiros e entidades locais, o esultado do nosso trabalho tem efetivado uma mudança positiva de atitudes e comportamentos. O nosso projeto é um hino à capacidade de resiliência e, por isso, inspirador, sobretudo para os mais jovens.

 

2, 3 e 4 de outubro 14h30 – 16h30
Criação Transteatral Comunitária
Domingo Adame
Universidade Veracruzana
(México)
Teremos como base a metodologia do transteatro, cujo princípio é alcançar a verticalidade cósmica e consciente dos participantes. Para manter lucidamente a posição vertical é necessário estar alinhado com os princípios da comunidade, implica manter a equidade, a proporcionalidade e a autenticidade. Com o corpo não só se alcança a verticalidade como produto da lei de gravidade, mas a verticalidade cósmica que nos coloca frente a diferentes níveis de realidade. Nesta verticalidade está incluída a relação com a terra e o que guarda nas suas entranhas, mas também com a sociedade e com o cosmos.
No Ateliê, se promoverá uma participação autêntica, livre e confiante, onde se compartilhe a maravilhosa oportunidade de estar vivos. O transteatro trabalha para a evolução da consciência, por isso, constitui o melhor laboratório para a transformação social. O Transteatro comunitário é um meio para conjurar atos que tendem a destruir os vínculos de convivência. Para isso, realiza ações de reencantamento que contribuem para o conhecimento, preservação e re-geração dos valores humanos.
É autopoiético, não há “um” criador. No transteatro não há nenhuma simulação, não se “finge ser”, se “é”.

Objetivo: promover “eventos” a cargo dos participantes, com sentido de comunidade, a partir do desejo de se poderem alimentar com a sua energia e criatividade, face a uma determinada situação comunitária.
Conteúdos do workshop: Imersão em princípios do Transteatro: Níveis de realidade, Terceiro Incluído, Complexidade, Terceiro Oculto. Efetividade e afetividade. Promover a harmonia entre as energias feminina e masculina. Exercícios de expansão de nossa consciência para uma relação viva com o cosmos mediante a atenção.
(Sentir a natureza, sentir o outro, sentir o cosmos).
A respiração como meio de conexão interna e externa que pode mudar nossa mentalidade. Continuidade entre perceção e respiração.
O “vazio cheio”. Exercícios para unir movimento, intelecto e emoções, para gerar momentos de honesta e intensa comunicação entre os participantes do evento.

 

2, 3 e 4 de outubro 14h30 – 16h30
Construção do som e tradição – Paisagens Sonoras
Associação Xarabanda (Madeira)
É madeirense e privilegia a literatura oral tradicional. Em 1990, passou a Associação Musical e Cultural Xarabanda e a 3 de julho esta Associação foi Declarada de Utilidade Pública, pela Resolução No 967/2002 do Conselho de Governo Regional da Madeira, nos termos do Decreto Regional no 26/78/M, de 3 de julho, pelo mérito reconhecido em defesa do património musical madeirense, considerado de interesse cultural para a Região. O trabalho realizado ao longo de 44 anos de atividade reveste-se de uma enorme importância para a preservação do Património Cultural das ilhas (Madeira e Porto Santo). Desde o início da atividade do Xarabanda, houve uma constante preocupação de recolha da música, dos instrumentos e da literatura tradicional oral madeirense. Alguns dos seus elementos realizaram trabalhos de campo, um pouco por toda a ilha da Madeira e do Porto Santo. Considerando a importância e a necessidade para a Região Autónoma da Madeira da existência de um Cancioneiro Popular de Tradição Oral Madeirense, representativo, está terminada e em breve será editada a obra composta por sete volumes designada por “Música Tradicional Madeirense – sistematização e classificação”. Em 2022, a Associação Xarabanda desenvolveu a “Oficina do Saber Fazer” com objetivo de criar instrumentos musicais da tradição madeirense de modo a valorizar, promover e garantir a sua prática em grupo.

 

2, 3 e 4 de outubro 14h30 – 16h30
Teatro e Comunidade e Artes Participativas
Edith Scher Matemurga (Argentina)
Esta oficina de teatro comunitário visa transmitir os elementos básicos desta prática, tal como é realizada na Argentina há 41 anos, com grandes grupos de pessoas de todas as idades que criam ficção a partir de seus territórios. A proposta é ensaiar durante três dias com uma comunidade e com todos os atores e diretores que desejam ingressar e aprender as técnicas de trabalho centrais dos grupos argentinos (sem limite de participantes). A oficina abordará a atuação de vizinho para vizinho, o canto comunitário (o coral como personagem), a dramaturgia baseada em contribuições coletivas, a arte como grande ampliador de horizonte, de esperança. A arte como prática que “empodera” a comunidade.
A ideia é chegar ao terceiro dia de ensaios com uma pequena amostra para partilhar, que inclua todos estes elementos e que fique para a comunidade, caso, uma vez terminada a oficina, queira formar um grupo de teatro comunitário local.

 

2, 3 e 4 de outubro 14h30 – 16h30
Máscaras Expressivas e Objetos Culturais/ Musicais e Tradicionais de Países Africanos e Sul Americanos – ocupação do espaço público
Betty Andrade (Madeira)
Diabos dançantes de Yare é uma antiga tradição religiosa na Venezuela, que provém de meados do século XVII. Em 2012, a UNESCO reconheceu os Diabos da Dança do Corpus Christi como Património Cultural Intangível.
Esta tradição encontra-se enraizada em vários estados da Venezuela, como, Aragua, Vargas, Guárico, Mirando, Cojedes e Carabobo, proveniente de uma mistura das culturas indígena, africana e espanhola
O ano de 1749 foi o primeiro ano dos Diablos de Yare, segundo os registos escritos da época.
Era uma época de seca, em que tanto espanhóis, africanos e índios, desesperados e com medo de perder as suas colheitas, pediam a Deus que chovesse. Os africanos elaboraram as máscaras de diabos, que se juntaram ao índios que tocavam as maracas, enquanto dançavam ao toque dos tambores africanos.

 

2, 3 e 4 de outubro 14h30 – 16h30
O Corpo, a Voz e o Espaço: as dimensões complementares da comunicação didática
Gonçalo Barata
Escola Secundária D. Pedro V (Lisboa)
A atual formação de professores peca por defeito em algumas áreas e aspetos que aos dias de hoje são essenciais. Não se compreende o porquê de algumas matérias continuarem a não ser lecionadas na formação dos mesmos. Refiro-me, por exemplo, ao trabalho vocal e corporal. Há já uma grande quantidade de profissionais na área técnica que poderiam ajudar a enriquecer o currículo de aprendizagem dos futuros Docentes. Disciplinas como VOZ e MOVIMENTO, a meu ver, seriam indispensáveis no currículo. Sabendo da existência destas lacunas, esta formação vai ao encontro deste propósito e poderá auxiliar os professores a complementar a sua formação inicial, dotando-os de ferramentas novas na execução do seu métier. Serão abordados aspetos importantes a nível vocal, ferramenta indispensável para os professores e uma breve abordagem ao corpo. A voz e o corpo têm de ser cuidados nesta profissão, é imperioso.
Objetivos: Dotar os professores de ferramentas novas. Cuidar do instrumento base de um professor, a sua voz. Os professores fazem parte das Comunidades onde estão inseridos, como se conseguem integrar nelas e como se consegue trazer a Comunidade para dentro dos muros da escola?

 

2, 3 e 4 de outubro 14h30 – 16h30
Construção de Cabeçudos
Do Imaginário, Associação Cultural
Nesta oficina pretende-se mostrar e experimentar uma técnica específica de construção de cabeçudos, de entre muitas possíveis, potenciando a aprendizagem em coletivo e estimulando a criatividade individual. Os cabeçudos fazem parte do panorama festivo português, com especial incidência no Minho, mas, com o tempo, contagiaram todo o país, espalhando folia e alegria pelas comunidades por onde vai passando.
Esta atividade é apresentada por três artistas, sócias Do Imaginário Associação Cultural, localizada em Évora, coletividade que constrói cabeçudos e gigantones desde 2005, além de se dedicar a outras atividades artísticas como música, teatro, poesia, etc…

 

Convívio no “Mamma Museu”
a partir das 20h00 nos dias 2 e 3 de outubro.

 

 

Os Heróis não existem… existem! (espetáculo)
Associação Olho-te e Universidade Sénior do Funchal (Madeira)
Este projeto enfatiza o valor do processo nas aprendizagens e práticas, sugerindo atividades como socializar, observar, questionar, experimentar, memorizar e repetir. Todas essas atividades são importantes para o desenvolvimento de competências cognitivas e socioemocionais.
A partir do texto de Marco Lima e das oficinas realizadas entre a Universidade Sénior do Funchal e a Associação Olho.te, são abordados temas como a demência, descrita como uma diminuição lenta e progressiva da função mental que afeta a memória, o pensamento e a aprendizagem. Em vez de esperarmos ajuda externa, o processo sugere que podemos ser nossos próprios super-heróis, usando nossa criatividade em atividades como o “faz-de-conta” ou o teatro.
A peça traz, na sua introdução e conclusão, uma “receita” humorística para a longevidade, envolvendo a “caca cala” e o “sabão azul/clarim”. Em suma, o teatro é uma ferramenta de construção e socialização do conhecimento, tendo um papel ativo na preservação da função mental e na adoção de metodologias para o desenvolvimento de competências como criatividade, oralidade, trabalho em equipe, organização de ideias, conhecimento corporal, domínio emocional, entre outras. Assim, podemos chegar aos 128 anos com vontade de VIVER MAIS e com qualidade!

 

Trégua (documentário)
Casa Invisível e André Moniz Vieira (Madeira)
“TRÉGUA” é um documentário que acompanha de perto o poder transformador da arte atrás das grades através da colaboração entre cinco artistas e doze homens, estes em cumprimento de pena, enquanto desafiam estereótipos ao criarem uma linha de merchandising. Através deste projeto, financiado pelo orçamento participativo de Portugal, estes homens embarcam num caminho de empoderamento, libertando-se das limitações do confinamento. Mergulhe na jornada de dez meses enquanto desenvolvem habilidades técnicas e artísticas, encontrando consolo e propósito nas suas expressões criativas. Através dos seus esforços colaborativos, estabelecem a marca “Trégua”, produzindo uma linha de “wearable art” que reflete a sua paixão e resiliência. Testemunhe o poder da arte como catalisador de mudança, promovendo a integração social, o empreendedorismo e a criação de oportunidades de emprego. “TRÉGUA” é um convite à comunidade internacional a juntar-se à equipa do Trégua na sua missão de preencher lacunas, promover a compreensão e abraçar o potencial não explorado dos indivíduos em reclusão.

 

Arruada (teatro de rua) – do Jardim Municipal até a Câmara Municipal do Funchal
Espetáculo que nasce a partir de workshops que envolvem artistas, comunidades locais e grupos teatrais, sob a direção artística da HUG – Rede Internacional de Teatro e Comunidade e Artes Participativas. Através de técnicas de improvisação, montagem e encenação, os participantes criam uma narrativa que levanta questões sociais, políticas e culturais da sociedade contemporânea. Esta ação de rua procura suscitar reflexões sobre o papel do teatro na construção de uma comunidade mais justa e inclusiva.
A HUG é uma rede de criação e mediação artística para a promoção e circulação de espetáculos e artistas e também de formação e partilha de experiências e de boas práticas em Teatro e Comunidade e Artes participativas. Os seus fundadores são Rita Wengorovius, Rui Germano, Hugo Castro Andrade e Gonçalo Barata, todos Mestres em Teatro e Comunidade e Diretores Artísticos dos coletivos Profissionais de Teatro e Comunidade: Teatro Umano, Beleza Teatro – Beleza das Pequenas Coisas, Olho-te – Associação Artística e Solidariedade Social, Teatro Escola secundária D Pedro V – Curso Profissional de Teatro
Grupo: Comunidade Local / Comunidades de prática ou participativas.


Luz ao Fundo do Túnel (documentário)
Associação Olho-te e Eduardo Costa (Madeira)
“1731 – Luz ao Fundo do Túnel” é um documentário que se debruça sobre os moradores do bairro da Nazaré e é o terceiro de uma trilogia. O projeto dirige-se à comunidade local, nomeadamente, às crianças e jovens em situação de abandono ou insucesso escolar, aos indivíduos com dificuldades de acesso ao mercado de trabalho, ao isolamento social dos idosos, entre outras problemáticas transversais aos bairros sociais. O projeto “1731 – Luz ao Fundo do Túnel” possibilita novas formas de comunicação entre grupos e comunidades locais e de interesse, moradores e artistas, parceiros, associações e clubes, que habitualmente não se cruzam, com o objetivo de reduzir as desigualdades sociais e alcançar a autonomia, a segurança, sobretudo no seio do bairro. A expressão “luz ao fundo do túnel” é uma metáfora que invoca a ideia de esperança e a possibilidade de transformação através das artes. O documentário simboliza a esperança dos moradores, apesar das dificuldades, com o objetivo de evidenciar histórias de sucesso, identidade, transformação do bairro, e desfaz os estigmas do passado. “Luz ao Fundo do Túnel” mostra que, mesmo nas circunstâncias mais difíceis, há sempre uma hipótese de progresso, de inclusão e até de felicidade.

 


Armando Nascimento Rosa
Dramaturgo, ensaísta e autor musical, teve a sua estreia cénica em 2000, no Centro Cultural de Belém (em coprodução com a Comuna-Teatro de Pesquisa, numa encenação de João Mota), com Lianor no país sem pilhas, peça distinguida com o Prémio Revelação Ribeiro da Fonte (do então IPAE – Instituto Português das Artes do Espetáculo).
Fez crítica de teatro no final dos anos 80 do século passado e é autor de cerca de trinta obras dramáticas originais, incluindo dois libretos de ópera, com música de Hugo Ribeiro, vencedoras do concurso Ópera em Criação. Tem peças traduzidas em inglês, espanhol, catalão, italiano, francês, grego e sérvio, várias delas já publicadas em livro nessas línguas e com encenações e/ou leituras encenadas em Londres, Madrid, Barcelona, Nova Iorque, Zurique, Milão, Araraquara, Nova Orleães, Chicago e Ítaca (EUA).
É doutorado em Estudos Portugueses (2001), mestre em Estudos Literários Comparados (1994), e licenciado em Filosofia (1988) pela Universidade Nova de Lisboa, sendo professor adjunto na Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa, desde 1998, onde coordena os mestrados em Artes Performativas e em Teatro e Comunidade. Desenvolve uma atividade regular de conferencista, em Portugal e no estrangeiro.

 

Rita Wengorovius

Diretora Artística do Teatro Umano. Licenciada em Teatro e Educação, pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Curso de Actores Scuola di Teatro di Bologna, Itália “Alessandra Galante Garrone”. Curso de Encenação “Scuola Europea per l’Arte dell’attore” (Siena, Itália). Mestre em Criatividade Aplicada ao Teatro na Comunidade pela Universidade de Santiago de Compostela. Doutorada em Teatro Social e de Comunidade pela Universidade de Torino, realizando a sua pesquisa / investigação em Encenação para Teatro Social.
Professora na Escola Superior de Teatro e Cinema, onde leciona o Laboratório Teatral I e II do Mestrado em Teatro especialização em Teatro e Comunidade desde 2008.
Professora da Universidade de Évora, Departamento de Artes entre 2003/ 2007. Diretora artística do Teatro Umano, encenadora e atriz em vários espetáculos, desde 1998. Recebeu em 1999 apoio para Jovens Criadores e Novos Encenadores, da Fundação Calouste Gulbenkian.
Trabalhou com Eugénio Barba, Augusto Boal, Jerzy Grotowski, Emma Dante, Danio Manfredini, Lucia Sigalho, João Brites, João Mota, Filipe Crawford, entre outros. Destacam-se, ainda, as participações na ISTA-International School of Theatre Anthropology e na Odin Week, em Holstebro, na Dinamarca.

 

Hugo Castro Andrade
Mestre em Teatro e Comunidade – ESTC – Instituto Politécnico de Lisboa. Fundador e orientador do Grupo Teatro Sénior Mina d’Arte – Amadora (Teatro de Identidades). Formador de Expressão Dramática ao Curso de Animador Sociocultural na Escola Profissional Atlântico. Formou-se na Escola Profissional BalletTeatro no Porto. Ator, encenador freelancer em mais de uma centena de espetáculos teatrais, televisivos e cinematográficos, na Região e no país e referenciado no livro “Uma Arte Irrequieta” de François Matarasso. Alguns dos seus trabalhos estão disseminados em artigos, conferências em encontros de especialização em Teatro e Comunidade, Geriatria e Animação Sociocultural. Diretor artístico/criativo e coordenador de atividades artísticas, sociais, culturais e educativas. Formador de teatro na Universidade Sénior do Funchal e foi convidado a dar formação teatral aos reclusos no Estabelecimento Prisional do Funchal. Integra a comissão organizadora e produção HUG – Rede Internacional de Teatro e Comunidade. Mentor, dirigente e coordenador dos projetos “Olho-te”; “Fala Burka Fala”, “L’Ego do meu bairro” – PARTIS – Fundação Calouste Gulbenkian. Graduado em mediação de conflitos familiares pelo IPMFF. Curador no projeto “Luz ao fundo do túnel” e mentor de projetos durante a pandemia “Terço em Comunidade”, Um ovo em troca de sorrisos”, “Cestas de Primavera” e “Corações de janela”, que valeu menção honrosa pela Câmara Municipal do Funchal. Entre 2013 e 2022 fundou e presidiu a direção da Associação Olho. te. Autor do livro para a infância “O Peixe Ecocêntrico”.

 

José Eduardo Silva
Ator, encenador, dramaturgo, professor auxiliar da Licenciatura em Teatro e investigador do Centro de Estudos Humanísticos (CEHUM) ambos na Universidade do Minho. Bacharel em Teatro-Interpretação e Licenciado em Estudos Teatrais na ESMAE-IPP e Doutorado em Psicologia pela FPCE da UPorto. Os seus interesses de investigação têm incidido na área das práticas artísticas, enquanto investigação (Performance as Research), com dois eixos heurísticos principais: pesquisa fundamental em teatro e artes performativas e relações entre o teatro e o desenvolvimento humano, nas suas dimensões psicológicas, sociais e políticas. O seu trabalho artístico, iniciado em 1990, foi cumulativamente intercetando, por exemplo, o teatro, a música, a dança contemporânea, a performance, as artes de rua e as artes circenses. Para além das suas colaborações como freelancer, foi artista residente no Balleteatro companhia (1997-98), Teatro Stabile Torino (2004-05), Teatro Nacional São João (2005-11), Teatro Oficina (2011-2013) para citar apenas alguns exemplos. Entre 2015 e 2019 foi bolseiro pós-doutorado da FCT com o projeto “Teatro comunitário: a construção da experiência estética no contexto de projetos de intervenção psicossocial”. O seu trabalho de criação e investigação artística tem vindo a ser apresentado em países como Portugal, Espanha, Franca, Itália, Brasil, Marrocos e Japão, estando disseminado em conferências, livros e artigos em revistas nacionais e internacionais.

 

Ivam Cabral
Doutor em artes cênicas (USP), dramaturgo e ator da Companhia de Teatro Os Satyros, que tem em seu currículo mais de 140 espetáculos. É fundador e diretor executivo da SP Escola de Teatro.

 

 

 

 

Rui Germano
Encenador, dramaturgo, mestre em Teatro e Comunidade pela ESTC. Diretor artístico do Beleza Teatro, é desde 2019 professor convidado da MT Escola de Teatro em Cuiabá, e da SP Escola de Teatro, no Brasil.

 

 

 

 

Daniela Mota Silva
Atua na área de Humanidades, com ênfase em Artes Cénicas (teatro e comunidade, práticas artísticas comunitárias e pedagogia teatral). É Doutoranda/Investigadora em Ciências da Cultura no Centro de Estudos Humanísticos (CEHUM) da Escola de Letras, Artes e Ciências Humanas da Universidade do Minho, com bolsa financiada pela FCT- Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto 2022. 13311.BD. Mestre em Artes Cénicas pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, é pesquisadora no âmbito das práticas artísticas comunitárias, com participações em congressos, simpósios e publicações em revistas científicas. A sua pesquisa é voltada para projetos que trabalham com teatro e comunidade, com ênfase em ações que valorizem a memória social e individual de seus participantes, em especial o público sénior.

 

Tiago Mora Porteiro
Percurso que articula atividade académica (pedagogia e investigação) com criação artística (ator e encenador). Doutorado (2006) e mestre (1996) em Estudos Teatrais pela Université de la Sorbonne Nouvelle. Realizou seminário para jovens encenadores, T. N. D. M. II (2003); Curso de formação de atores IFICT (1987); SITI Conservatory – USA/NY (2016-17). Desde 2014 é professor Auxiliar na Universidade do Minho (UM)/Teatro, depois de ter sido docente no Dep. Artes Cénicas da Universidade de Évora (1996-2013). Investigador do CEHUM/NIEP e colaborador do CHAIA. Do percurso artístico destaca: ator/performer em projetos dirigidos por Georgio B. Corsetti, Madalena Vitorino, Marc Zammit, José Medeiros, Lúcia Sigalho, Ana Tamen e Manuela Ferreira. Encena, entre outros, espetáculos no CENDREV, CPA/C. C. de Belém, Festival Luso-Francês/DRAMAT; e para o espaço público para o Festival Escrita na Paisagem, FIAR, Festival de Arte do Rua/Fundão, NOC NOC/Guimarães, Aldeias Históricas de Portugal. Últimos projetos desenvolvidos em parceria com Manuela Ferreira. Foi coordenador pedagógico e da investigação do projeto Partis & Arts for Change – Fazer Presente – Teatro Participativo Intergeracional (2021-23). E, desde 2017, coordena o grupo português que integra a Rede Internacional de Estudos da Presença (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

 

Domingo Adame
Professor-investigador na Faculdade de Teatro da Universidade Veracruzana.
Doutorado em estudos teatrais. Diretor de grupos de teatro comunitário em vários estados do México. Fundador da Associação Nacional Teatro-Comunidade. Foi Diretor do Centro Nacional de Pesquisa Teatral do Instituto Nacional de Belas Artes. É autor de várias publicações em editoras nacionais e internacionais e membro do Sistema Nacional de Pesquisadores e do Centro Internacional de Investigações e Estudos Transdisciplinares com sede em Paris. Em 2022, participou com criadores mexicanos na criação do Movimento Cênico Transcultural.

 

Luísa Monteiro
Começou por ser observadora de formigas, abelhas e cães. Aos 14 anos de idade, encontrou no teatro e no jornalismo a sua primeira profissão e aos 21 anos “conheceu” Emil Cioran que a pôs a fazer teatro em diversas comunidades e instituições, públicas e privadas, dentro e fora do país. Mais de 50 produções, mais de 30 livros, muitas universidades, muitos diplomas desde licenciaturas a pós-doutoramento. Pertence aos centros de investigação CIAC, CHAM e PRÁXIS. Docente na Escola Superior de Teatro e Cinema. Trabalha com dois grupos de teatro em comunidades e estuda samblagens de madeira. Tem uma mala cheia de cadernos pessoais, repletos de erros.

 

Edith Sher
Formada em teatro pela escola Raúl Serrano. Estudou canto, piano, flauta traversal, acordeão e clarinete.
Enveredou na licenciatura de Letras na Universidade de Buenos Aires. É diretora do grupo de teatro Matemurga de Villa Crespo, desde 2002. Formadora de teatro comunitário, canto e crítica teatral.

 

 

François Matarasso
(n. 1958) É um artista comunitário, investigador e escritor. Encontra-se a escrever um novo livro, onde faz a avaliação dos erros cometidos nesta área ao longo dos anos.

 

 

 

 

Gonçalo Barata
Diretor do Curso Profissional Intérprete/Ator/Atriz na ES. D. Pedro V em Lisboa. Integra a comissão organizadora e produção HUG – Rede Internacional de teatro e Comunidade. Actor com participações em trabalhos variados de Teatro, Cinema, Televisão (RTP/SIC/TVI), Rádio (Antena3/RR/RUM/Popular FM/Santo André/Clube Matosinhos/Beira Interior/Regional Centro/Asas da Beira).
Mestre em Teatro e Comunidade pela ESTC – Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa. Licenciatura em Teatro e Educação pela ESEC – Escola Superior de Educação de Coimbra. Orientador de Estágios (FCT) e PAP no ensino secundário. Workshops ministrados em Luz; Som; Voz; Movimento.
Trabalhou com Valentin Teplyakov, Ingrid Koudela, António Mercado, Clovis Levi, Thereza Piffer, Fabio Gorgolini, Nuno Pino Custódio, António Fonseca, Marcelo Lafontana, Francisco Beja, entre outros. Alguns dos palcos pisados: Coliseu (Lisboa); Teatro da Comuna (Lisboa); IFICT (Lisboa); Pátio das Artes (Almada); Auditório Jardim Zoológico (Lisboa); Teatro Ibérico (Lisboa); Palácio das Artes (Porto); Plaza Mayor (Madrid); TAGV (Coimbra); CAE (Fig. Foz); Oficina Municipal do Teatro (Coimbra); Museu dos Transportes (Coimbra); Teatro da Cerca de S. Bernardo (Coimbra); Pavilhão Multiusos (Viseu); Auditório Municipal de Lagoa (Algarve); Auditório Municipal de Albufeira (Algarve).
Participação no Festival “Black&White 2005 e 2006”. Como Docente de Teatro: 14 Escolas portuguesas de Norte (V. Castelo) a Sul (Albufeira).

 

Marco Andrade
Politécnico de Castelo Branco; Mestre em Ciências de Educação, no curso de Inovação Pedagógica pela UMa – Universidade da Madeira, Funchal; Pós-graduado em Educação Especial – Domínio Cognitivo e Motor pela Universidade Fernando Pessoa, Porto; Detentor do diploma do Curso de Complemento de Formação Superior para a Qualificação Profissional para a Docência no Grupo de Recrutamento 120 (Inglês), destinado a titulares de Qualificação Profissional para a Docência do Grupo de Recrutamento 110, pela ESEF – Escola Superior de Educação de Fafe.
Docente desde 2007. Lecionou a disciplina de Teatro na Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco e foi um dos mentores do Grupo de Teatro Escolar na mesma instituição.
Foi docente titular do 1.o ciclo, do grupo 120 em diversas escolas públicas e numa escola privada, lecionou o curso de Alfabetização de Adultos (Ensino Recorrente) e Professor de Português Língua Não Materna para estrangeiros. Atualmente, leciona inglês no grupo 120 (Pré-escolar e 1o ciclo).

 

Beatriz Wey
Doutorada em Ciência Política. Professora desde 1997, coordenou o curso de pós-graduação em Teatro: Linguagem e interfaces. Leciona a disciplina Arte e Direitos Humanos desde 2010. É conselheira da Câmara de Graduação do Instituto de Ciências Humanas e da comissão de extensão do instituto de ciências humanas, promovendo encontros e mostras de teatro. Beatriz desenvolve pesquisas sobre Teatro e Política e Teatro Comunitário. Coordena o programa de incentivo às licenciaturas. Neste programa, atua junto às escolas nos municípios do Rio de Janeiro, com ênfase a arte e os direitos humanos por meio do Teatro na Comunidade. Participou por 10 anos do Foro Cruce de Critérios do Festival Ibero-americano de Cádiz. É Dramaturga, Encenadora e Bailarina. Escreveu e encenou a peça “Em Busca da Política” apresentada no FIT de Cádiz e “A Banalidade do Mal”, dramaturgia apresentada no Women Playwrights Internacional. Atuou como facilitadora de peças na UFRRJ como: Desaparecidos Políticos, Quem matou Marielle Franco e O Santo Excomungado. Desenvolve projetos de extensão universitária em Arte, política e direitos humanos. Pesquisadora convidada da Rede Brasileira de Mulheres Cientistas.

 

Vito Minoia
Docente na Universidade de Urbino Carlo Bo, fundador do Teatro Universitário Aenigma, diretor da revista europeia “Catarsi – Teatri delle Diversità” e coordenador da rede “International Network Theatre in Prison”.

 

 

 

 

Amílcar Martins
Amílcar Martins, MEd e PhD em Ciências de Educação e Didática das Artes pela Université de Universidade de Montreal (Quebec, Canadá)

 

 

 

 

José António Barros
(Teatro Metaphora)
Nasceu e reside em Câmara de Lobos. Apaixonado pelas causas humanitárias, desenvolve um trabalho excecional na sua comunidade, em regime de voluntariado. Após concluir a licenciatura em Comunicação, Cultura e Organizações, fundou a Associação Metaphora – Associação Amigos das Artes, com intuito de dinamizar atividades artísticas e colaborar no processo formativo de pessoas com menos oportunidades, potenciando efeitos multiplicadores na dinamização de eventos criativos e no desenvolvimento integral e sustentável da Comunidade local. Agente da PSP. Mestre em Estudos Locais. É produtor, encenador e dirige peças de teatro para o Teatro Metaphora. Promove e desenvolve iniciativas culturais, educacionais na Comunidade local, que abrangem áreas do ambiente, artes, empreendedorismo, democracia e cidadania ativa, educação não formal, voluntariado, desenvolvimento sustentável, emprego, entre outras.

 

Carlos e José Camacho
(Associação Xarabanda)
São irmãos e sócios colaboradores da AMC Xarabanda pelo facto de possuírem uma larga experiência do saber fazer artefactos populares da tradição madeirense. O José Camacho é licenciado em Ciências de Educação pela UMa e em Música Terapia. Frequentou uma ação de formação sobre construção de instrumentos musicais didáticos, em 1980, dirigida por Ernst Wieblitz, e, mais tarde outra orientada pelo músico José Lúcio Ribeiro da Silva. Nos anos noventa, fez o Curso de Formador de Artesanato, organizado pela então CANFOR. Faz instrumentos da tradição madeirense, por encomenda ou para venda em lojas de instrumentos do Funchal ou grupos de recriação musical: tréculas, grilinho, reque-reque, chocalhos, apitos de palheta, num-num.

 

Betty Andrade
Elizabete Filomena Rodrigues Pestana Andrade, nasceu na Venezuela, na cidade de Valencia.
Realizou diversos trabalhos como animadora turística em alguns hotéis na Região Autónoma da Madeira. Colaboradora na Global e Desígnio – Estúdio de Arquitetura e Design no Funchal, área de formação académica. Relações públicas na Cantina El Mexicano. Núcleo Museológico da Torre do Capitão; Associação Glamorous Proposal; ACRAM – Associação Cultural e Recreativa Africana na Madeira; Associação Presença Feminina, atualmente na Direção Regional de Desporto – Quinta Magnólia.
Grande experiência no associativismo como organização dos desfiles de Carnaval e Festa da Flor da Madeira, Grupo Balancé (já extinta), Associação Cariocas, como figurinista e aderecista. Foi associada fundadora da Associação Geringonça, presidente da assembleia-geral da Associação Fura Samba, com vários trabalhos assinados nas áreas de adereços e figurinos. É associada fundadora n.o 2 da Associação Venecom (associação venezuelanos), responsável pela pasta da Cultura (danças etnográficas) Venezuelana. É associada e voluntária na Associação Olho-te onde exerceu as funções de secretária/tesoureira e de vice-presidente. É a atual presidente de direção da Associação Sementes da Música, no segmento danças do mundo e nas danças típicas e culturais da Venezuela e no Grupo Tradiciones onde participa (coro) nas músicas tradicionais de Natal deste país.

 

Do Imaginário Associação Cultural
A Do Imaginário AC foi constituída no ano 2002, em Évora, a partir de um coletivo de profissionais relacionados com as artes do espetáculo que decidem dar forma a um projeto que engloba várias vertentes, como teatro, música, ações de cruzamento disciplinar e ações formativas. Esta associação tem uma clara vocação de serviço público que se traduz na concretização de múltiplos projetos de criação e difusão das artes do espetáculo e intervenção cultural, procurando contribuir para a criação de novos públicos, promovendo a fruição das artes e a formação crítica do gosto, elementos essenciais no desenvolvimento intelectual e na construção da identidade cultural da comunidade.
Desde a sua fundação, e seguindo a premissa de serviço público e de criação participada, os projetos desenvolvidos pela associação são construídos e dinamizados numa lógica de integração e envolvimento de quem, tendo ou não experiência artística ou profissional nestas áreas, demonstre interesse e gosto em participar, em aprender, integrando as equipas e contribuindo com as suas próprias experiências e conhecimentos, num sentido de partilha e de aprendizagem no coletivo.
Daí que tenhamos nos nossos projetos artísticos dezenas de pessoas de diferentes faixas etárias e de distintas formações profissionais e científicas que, juntamente com o contributo e a experiência de um conjunto de profissionais relacionados com as artes do espetáculo, têm vindo a consolidar com coerência um trabalho que segue uma determinada metodologia e linha de abordagem.

 

Outros Participantes:
Alexandra Espiridão Ana de Pina Proença Carlos Fragateiro Celina Pereira Flávio Folego Hugo Cruz
Isabel Bezelga Jesus Maria Silva Liliana janeiro
Lina Viella
Lucília Valente Patrícia Soso
Tito Lívio

 

Agradecimentos
Agradecemos a generosidade de todos aqueles que acreditam que teatro é ainda motor de erro, de falha e por isso mesmo de descoberta, de prazer, de educação, de alegria. Acreditamos naqueles que interiorizam que o teatro pode ser instrumento de revelação, “photomaton” de realidades que alcançam a visibilidade e a claridade da existência humana.
Agradecemos às pessoas, que são o tudo, às instituições públicas, privadas, às empresas.
Não as nomeamos, porque somos um só, na senda de um amanhã diferente que se quer melhor, mais próximo da Terra e da Humanidade. E porque todo o fazer é um dom, inscrevemos este encontro na mesma ordem de criar uma casa, uma habitação doada, de porta aberta a todos quantos queiram entrar.
Obrigado.

 

Fonte: 1º Encontro Rede Internacional de Teatro Comunidade e Artes Participativas

 

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