Teatros que se fecham, Mungunzá, Sturm e o diálogo

Se tem uma coisa que me deixa muito, muito triste são notícias de fechamentos de teatros. Eu sempre saio em defesa, movo mundos para que isso não aconteça. Sei que as boas ações não devem ser alardeadas por quem as faz; mas, creiam, muitos teatros da cidade tiveram o meu apoio em momentos catastróficos. E me orgulho desse trabalho, muito.

Mas eu vim aqui para saudar a Cia. Mungunzá, da Cooperativa Paulista de Teatro, que acaba de conseguir, através de um acordo com a Secretaria Municipal de Cultura, a cessão do terreno onde montaram o seu Teatro de Contêiner , e de um prédio, ao lado do teatro, que será convertido em espaço de formação. E eu tenho participação direta nessa ação.

Quando no início de 2017 soube que a Mungunzá poderia perder o espaço para o Governo do Estado, que tinha um projeto no local, por conta própria, procurei o secretário André Sturm e apresentei-lhe o plano de trabalho da companhia. O primeiro contato de Sturm com o grupo foi intermediado por mim.

Desculpem vir aqui e me vangloriar, saudar tudo isso em primeira pessoa. Mas eu recebo tanta, mas tanta bordoada que resolvi começar a falar de coisas que, certeza, a história não contará.

Porque acredito, mesmo: o processo de mudança, de construção e da verdadeira transformação só se dará pelo diálogo. Não há outro.

Ator, roteirista e cineasta. Co-fundador da Cia. Os Satyros e diretor executivo da SP Escola de Teatro.
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