A SP Escola de Teatro torna-se exemplo para escolas de teatro não só do Brasil como para instituições culturais de todo o mundo ao manter-se em pleno funcionamento de forma online durante esta quarentena de distanciamento social por conta da pandemia do novo coronavírus.
A instituição gerida pela Adaap (Associação dos Artistas Amigos da Praça), sob direção do ator Ivam Cabral — ligada à Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo sob gestão do secretário Sérgio Sá Leitão —, está em plena atividade, usando todos os recursos possíveis para manter seu ensino a distância.
Para isso, o coordenador pedagógico da instituição, Joaquim Gama, não tem medido esforços junto a estudantes e artistas-pedagogos na criação rápida de novos procedimentos e formas de avaliação.
Enquanto muitas instituições e até governantes pelo Brasil encontram-se paralisados pelo medo, a SP Escola de Teatro age com coragem, tomando para si iniciativas importantes, como arrecadar em parceria com a Cia. de Teatro Os Satyros e o Sated-SP cestas básicas a artistas vulneráveis ou realizar com Os Satyros o Quarentena Festival, com importantes artistas brasileiros e internacionais de 6 a 12 de abril. Afinal, movimento é vida.
O Blog do Arcanjo apurou que a comunidade da SP Escola de Teatro vem abraçando as novas ideias de forma veemente, não deixando a peteca cair neste turbulento momento não só para a sociedade como um todo, como em especial para a classe teatral, especialista na arte do encontro.
Mas, se o encontro físico não é possível neste momento, ele não deixa de acontecer virtualmente entre a comunidade da SP Escola de Teatro, com aulas, debates, reuniões e palestras cotidianas. Não à toa a instituição já é referência no mundo.
O mesmo acontece também na MT Escola de Teatro, em Cuiabá, no Mato Grosso, também gerida pela Adaap e que iniciou a primeira aula do novo semestre no último fim de semana utilizando o recurso de um aplicativo de encontro digital com alunos interessadíssimos e dispostos a se adaptar aos tempos atuais.
Iniciativas assim trazem fôlego ao setor cultural, mostrando uma nova geração ávida em fazer a economia criativa sobreviver e se reinventar. Gente que vai reinventar o teatro do modo que for possível e que não pretende deixar essa arte tão crucial à humanidade e ao pensamento inteligente e criativo morrer jamais.
Fonte: Blog do Arcanjo, 15 de abril de 2020