Já está no ar o número 1 do volume 13 da revista digital Sala Preta, que leva o selo da ECA/USP. Trata-se da maior publicação sobre artes cênicas do Brasil. Nesta edição, a pauta é “Teatralidade e antiteatralidade”, dois conceitos cuja complexidade aponta tanto a convergências quanto a antagonismos entre si. “A teatralidade foi muito trabalhada por teóricos franceses, como Jean Pierre Sarrazac, e a antiteatralidade vem sendo uma alternativa teórica para pesquisadores anglo-saxões, como Martin Puchner. A revista quer dar eco a essas tendências divergentes, problematizá-las e colher colaborações de pesquisadores que queiram se posicionar nesse debate”, diz a apresentação da Sala Preta, em seu site.
Ainda nesta edição, na seção Dossiê Espetáculo, um mergulho na montagem “Recusa”, da Cia. Teatro Balagan. E, entre os colaboradores deste número, o diretor executivo da SP Escola de Teatro, Ivam Cabral, com o artigo “O teatro, um campo de culturas que pesquisa uma linguagem perdida”.
Em seu texto, Ivam aborda o trabalho do diretor e dramaturgo francês Antonin Artaud, que desenvolve a ideia do rito. “Artaud nos afirma que o teatro é sempre um ato perigoso, um campo de culturas que pesquisa uma linguagem perdida, na qual o mundo está em constante recriação. Desta forma, o teatro deve recuperar o rito que, ainda segundo ele, é o lugar onde, através de um processo contínuo de transformações, se dá a reconstrução do corpo”, escreve.
Além de Ivam Cabral, outros coordenadores e artistas ligados à Escola também já deram sua contribuição à Sala Preta. Entre eles, Joaquim Gama, Marici Salomão, Guilherme Bonfanti e Maurício Paroni de Castro, respectivamente, coordenadores pedagógico, do curso de Dramaturgia, do curso de Iluminação e do programa Chá e Cadernos da SP Escola de Teatro. O crítico, jornalista e pesquisador Kil Abreu, que já foi consultor pedagógico da Escola e ministrou cursos de Extensão Cultural na mesma, também assinou artigos para a publicação. A seguir, confira os textos produzidos por eles:
“Conexão Maxwell-Alvim: algumas reflexões e (talvez) uma única certeza”, por Marici Salomão (v. 10, n. 1, de 2010)
“Os limites do autodidatismo na dramaturgia brasileira”, por Marici Salomão
(v. 8, n. 1, 2008)
“Produto ou processo em qual deles estará a primazia”, por Joaquim Gama
(v. 2, n. 1, 2002)
“Desenho de Luz – Traquitanas”, por Guilherme Bonfanti
(v. 12, n. 2, 2012)
“Cangurus e degraus: nada além de uma performance sobre limites do teatro”, por Maurício Paroni de Castro
(v. 10, n. 1, 2010)
“Quem é ele, quem sou eu? – O que foi que aconteceu?”, por Kil Abreu
(v. 12, n. 1, 2012)
“Quem não sabe mais quem é, o que é e onde está precisa se mexer (e outras cenas do enfrentamento entre teatro e sociedade)”, por Kil Abreu
(v. 10, n. 1, 2010)
“Das assombrações silenciadas ao mar que arrebenta”, por Kil Abreu
(v. 8, n. 1, 2008)
Fonte: SP Escola de Teatro, 24 de junho de 2013