O JORNAL O GLOBO PREMIA “SATYRIANAS, 78 HORAS EM 78 MINUTOS”

 

Ivam Cabral em "Satyrianas, 78 Horas em 78 Minutos" (Foto: Sílvio Pozatto)

PREMIÈRE BRASIL 2012: A PREMIAÇÃO DO BONEQUINHO

Ninguém pediu, mas o Bonequinho é um sujeito de opinião. Então segue aqui a premiação ideal para este escriba que acompanhou a Première Brasil de cabo a rabo. Vamos lá:

Melhor Longa-Metragem de Ficção – “Uma história de amor e fúria”, de Luiz Bolognesi
Prêmio Especial de Júri – “Éden”, de Bruno Safadi
Melhor Longa-Metragem Documentário – “Dossiê Jango”, de Paulo Henrique Fontenelle
Prêmio
Especial do Júri – “Satyrianas”
Melhor Curta-Metragem – “A cidade”, de Liliana Sulzbach
Menção Honrosa para “Confete”, de Jô Serfaty e Mariana Kaufman
Melhor Direção – Kléber Mendonça Filho por “O som ao redor”
Melhor Ator – Otávio Müller (“O gorila”)
Melhor Atriz – Leandra Leal (“Éden”)
Melhor Atriz Coadjuvante – Maeve Jinkings (“O som ao redor”)
Melhor Ator Coadjuvante – José de Abreu (“Meu pé de laranja lima”)
Melhor Roteiro – Marcos Bernstein e Melanie Dimantas (“Meu pé de laranja lima”)
Melhor Montagem – Fábio Baldo (“A Floresta de Jonathas”)
Melhor Fotografia – Lula Carvalho (“Éden”)
Novos Rumos – “Super Nada”, de Rubens Rewald

Divisor de águas tecnico na animação nacional, “Uma história de amor e fúria” consegue o trunfo de ser um exemplo de requinte industrial que não abre mão de sua integridade autoral. Já “Éden”, de Bruno Safadi, merece o prêmio especial não apenas por sua excelência estética, mas por sua coragem de expor um câncer político que consome o Rio de Janeiro: a jihad religiosa que mescla o poderio envangélico com criminosos arrependidos. Já Kléber Mendonça fez o filme brasileiro de maior prestígio internacional do ano graças a sua acuidade como realizador, capaz ainda de abrir espaço para uma atriz de mil proficiências: Maeve Jinkings. Embora “O gorila” mereça mais, o trabalho de Otávio Müller já é um farol (e tanto) para que o público descubra este trabalho de maturidade de José Eduardo Belmonte. E o feroz “Meu pé de laranja lima” deve, no mínimo, render a Marcos Bernestein um reconhecimento para seu trabalho como roteirista, sem deixar de lado a melhor atuação de todo este Festival do Rio do titã José de Abreu. Vejamos o que vai dar nesta quinta, quando o resultado oficial sair.

Fonte: O Globo, 10 de outubro de 2012.

Ator, roteirista e cineasta. Co-fundador da Cia. Os Satyros e diretor executivo da SP Escola de Teatro.
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