MEMÓRIA | O destino das coisas

Tem um livro lindo que eu já li uma porrada de vezes, “Sonhos de Einstein”, do físico e escritor Alan Lightman. Um livro pequenino, da Companhia das Letras, que todos precisam conhecer. Lindo! Nele, o autor imaginou 28 sonhos do jovem Einstein, descritos em prosa poética. Fala sobre o tempo, sobre destinos.

O Timehop é um aplicativo para encontrar posts antigos no histórico de redes sociais (FB, Twitter e Instagram). No feed, a partir da data de acesso, o sistema reúne todas as atualizações feitas no mesmo dia, porém nos anos anteriores. Uma espécie de máquina do tempo.

Então, o Timehop me faz lembrar que, há exatos nove anos, estava em Helsinque, na Finlândia, pela primeira vez. Uma viagem de férias com minha família, iniciada em Moscou, na Rússia.

Me lembro que o que definiu o nosso roteiro foi a improbabilidade de conhecermos naturalmente aqueles destinos. E quem diria que Moros — o deus grego da sorte e do destino — me reservaria a mesma Finlândia para desenvolver um projeto profissional?

E desta primeira viagem de férias, surgiram muitas outras idas e vindas à Finlândia.

Hoje, conclui, mais uma vez, a leitura de “Sonhos de Einstein”. E fiquei pensando… Não é mesmo surpreendente o destino das coisas?

Ator, roteirista e cineasta. Co-fundador da Cia. Os Satyros e diretor executivo da SP Escola de Teatro.
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