Ivam Cabral, diretor executivo da SP Escola de Teatro, é o mais novo cronista do portal A Vida no Centro. A plataforma é uma das principais nas áreas de inovação social e experiências urbanas a partir do Centro de São Paulo e promove projetos, eventos, palestras e workshops diversos, muitos em parceria com a SP, de quem é uma parceira antiga e fiel. O primeiro texto publicado por Ivam , A Ucrânia da Liberdade e da Esperança, toca em uma temática atual, a guerra no leste europeu, e pode ser conferido na íntegra neste link.
A recém-inaugurada coluna foi batizada Pantopolista Paulistano, e segundo o autor foi concebida com o apoio de Arnaldo Antunes, quem o inspirou na empreitada. De maneira geral, as colunas versarão sobre sociedade e cultura e o texto de estreia retoma a passagem da cia teatral da qual Ivam é fundador junto com Rodolfo García Vázquez, os Satyros, pela Ucrânia, em 1993. O artista confessa que tal experiência foi uma das mais incríveis de sua vida.
A Companhia visitou o país durante uma turnê de sucesso que realizava pela Europa, a convite do grupo Podol-Art-Proekt, que também trabalhava na Escócia. Foram 15 dias intensos e segundo o autor tudo era muito estranho à primeira vista; visitar um lugar que, após longo período sob domínio soviético, aprendia aos poucos retomar a liberdade e a democracia.
Os Satyros foi a primeira companhia de teatro ocidental a se apresentar no país após a desintegração da URSS. O autor lembra da passagem com muito carinho, pontuando que aqueles dias ainda eram recheados de liberdade e esperança. Além disso, Ivam também se posiciona com relação à problemática atual da guerra contra a Rússia, que assola o país: ‘guerra é guerra e temos que tomar partido, sim.’ O texto na integra pode ser conferido no site da A Vida no Centro (Neste link).
Os Satyros
A Companhia de Teatro Os Satyros foi fundada em São Paulo, em 1989, por Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez. Já com o primeiro trabalho, “Aventuras de Arlequim”, receberam o Troféu APCA de melhor ator (Ivam Cabral) e atriz coadjuvante (Rosemeri Ciupak), além da indicação ao Prêmio Mambembe de melhor texto (Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez). Mas foi em 1990, a partir da montagem “Sades ou Noites com os Professores Imorais”, que a companhia se tornaria nacionalmente conhecida. Com a estreia de “Saló, Salomé”, em 1991, Os Satyros começam a definir uma linha própria de pesquisa. Depois de um ano em cartaz em São Paulo, o espetáculo é convidado a representar o Brasil em alguns festivais de teatro europeus: o FITEI, em Portugal, e o Festival Castillo de Niebla, na Espanha. Desta forma nasce a sede portuguesa do grupo. Instalados em Lisboa, Os Satyros produzem vários espetáculos e se apresentam em importantes teatros na Europa. Além disso, o grupo foi um dos principais responsáveis pela revitalização da Praça Roosevelt – ao chegarem ali o local era considerado um dos mais perigosos do centro da cidade – Os Satyros têm realizado importante trabalho social. Desde a sua chegada à Praça Roosevelt, o grupo realiza, no início da primavera, a maratona cultural Satyrianas. Em seu curriculum, Os Satyros produziram mais de 100 espetáculos, se apresentaram em 20 países e, das mais de 100 nomeações, receberam 53 prêmios – incluindo os maiores do teatro brasileiro, como APCA, Shell, Mambembe, APETESP e Governador do Estado do Paraná.
A Vida no Centro
Fundada em 2017, a Vida no Centro é uma plataforma de inovação social e experiências urbanas a partir do Centro de São Paulo. Foi finalista do Prêmio Governo do Estado de São Paulo para as Artes 2020, uma das mais prestigiadas e importantes premiações do setor cultural. O projeto atua por meio de um portal, projetos de conteúdo para marcas (webséries, podcasts e newsletter, entre outros formatos), eventos (debates e culturais), palestras e workshops de inovação para empresas sobre comportamento urbano e experiências no Centro de São Paulo. Também é responsável pelo Festival A Vida no Centro, evento de inovação urbana e cultura com shows, tours históricos e arquitetônicos, feira criativa e debates (edições 2019 e 2020).
Fonte: SP ESCOLA DE TEATRO