ANÁLISE | A Casa de Bernarda Alba

por Adolfo Mazzarini

Conheci a obra de Federico Garcia Lorca em 1981, em Portugal. De imediato me encantei com sua literatura. Com sua dramaturgia, sua poesia e sua música. E fui estudar sua vida e sua escrita. Fui para Andaluzia sentir de perto sua terra, sua gente, os gitanos, o flamenco, o sangue forte.
E odiei ainda mais a ditadura do Generalíssimo Franco, cujo exército assassinou covardemente o poeta pelas costas.

Assisti a várias encenações de A CASA DE BERNARDA ALBA, mas não vi nenhuma montagem tão forte, tão impactante quanto esta que os Satyros estão apresentando no Teatro Raul Cortez do Sesc 14 Bis.
Sou amigo do Rodolfo e Ivan desde 2001. Descobrimos ter uma grande amiga em comum, a atriz portuguesa Alina Vaz.
E desde então, sempre que posso estou presente em suas atividades e seus espetáculos.

Mas voltando ao nosso Lorca e a nossa Bernarda, espetáculo que comemora os 35 anos do grupo. E que bela comemoração. A Bernarda dos Satyros é incrível! Um
grande elenco, bastante afinado, compõe a cena com uma beleza, em que tudo nos leva ao universo do dramaturgo espanhol. E ainda por cima poder contar com três elencos… um feminino, outro masculino e o terceiro misto, isso sim é um luxo.

Senti o sabor da limonada, o cheiro de casa fechada e o calor que abafa aquela região no verão.

Belos leques, linda iluminação, trilha sonora perfeita, o forte som das castanholas e o figurino condizente… tudo caminhando junto para o tema que é recorrente na obra do poeta: a morte, além é claro do grito da liberdade, da sexualidade reprimida e de uma sociedade melhor.

 

Fonte: Instagram

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