por Marcelino Freire
Ivam Cabral, vai. Diz que eu não sou um bundão. De que você é a minha inspiração e que eu sou um cara, assim, preocupado. Em interferir na paisagem da cidade. Ave! Com a minha arte.
Diz, Rodolfo García Vázquez. Que eu não sou um covarde. Não fico sentado, esperando. Por essa alegria imensa! De ter presenciado, por esses dias, a nova Praça Roosevelt tomada de energia e vibração. Quando um sonho gera realidade e transformação.
Fala, meu amigo Hugo Possolo, que eu não um bobo. Assim: bobo de bobão. Não estou falando: um palhaço. Ser palhaço não é ofensa. Eu quero que você diga que eu não sou um fracasso. Desses caras que ficam em casa. De alma encostada na redoma. E sem graça.
Eu quero ser dessa mesma família. Na raça. A de vocês. Gente como Sérgio Vaz que, ao lado da moçada da Cooperifa, está nesta semana tocando a Mostra de Artes da Periferia. A duras batalhas. Sai o poeta das páginas para ganhar as ruas.
Tento fazer isto com a minha literatura. Por exemplo, quando enfrento, a essas alturas, a sétima edição da Balada Literária – que começa dia 28 de novembro e vai até 2 de dezembro.
É em vocês todos que eu penso. E com quem compactuo. Dou um duro danado para não ser um bundão. Eu juro. Não é fácil. Com a ajuda de vocês, um dia eu chego lá, meus irmãos. Valeu, um beijão no coração e aquelabraço.
Fonte: http://marcelinofreire.wordpress.com/2012/11/05/eu-nao-sou-um-bundao/