Das mais antigas às atuais, peças representam a grandeza da arte teatral em nosso país
Comemorado no dia 19 de setembro, o Dia Nacional do Teatro homenageia essa manifestação cultural que chegou ao Brasil no século XVI, quando o país passou a ser colônia de Portugal. Naquela época, os padres jesuítas ensinavam a catequese aos índios por meio do teatro. Para eles era eficaz, já que o uso de imagens facilitava o processo.
Como forma de entretenimento o teatro apareceu por aqui por volta de 1808, quando a Família Real Portuguesa chegou no país e contratava companhias teatrais para se apresentarem à nobreza. E foi mais tarde, no século XIX, que começaram a surgir os grupos teatrais brasileiros, principalmente as comédias que retratavam a sociedade da época.
Claro que a arte da dramaturgia no Brasil mostrou sua grandeza ao longo dos anos. E para celebrar a data de hoje, selecionamos 6 textos de grande sucesso do Teatro brasileiro. Confira!
O Juiz de Paz na Roça – Martins Pena – 1838
A comédia, que se passa na roça, aborda com muito bom humor o jeitinho “roceiro” do Brasil do século XIX. As cenas têm foco em torno de uma família da roça, a família de Manoel João (incluindo o negro Agostinho), e do dia a dia de um juiz de paz neste ambiente, trazendo à tona uma série de situações em que transbordam a simplicidade e inocência dessas pessoas.
O juiz de paz, corrupto, usa sua autoridade e inteligência para lidar (e suportar) com a inocência dos roceiros, que lhe trazem casos cômicos.
O Auto da Compadecida – Ariano Suassuna – 1955
Este drama ocorrido no Nordeste do Brasil apresenta elementos da literatura de cordel, do gênero comédia, traços do barroco católico brasileiro e uma mistura da cultura popular e tradição religiosa.
O Auto da Compadecida foi apresentada pela Rede Globo de televisão em 1999, em forma de filme, e até hoje faz grande sucesso.
Pluft, o Fantasminha – Maria Clara Machado – 1955
Na trama, a menina Maribel é raptada pelo malvado pirata Perna-de-Pau. Escondida no sótão de uma velha casa, a garotinha conhece uma família de fantasmas e faz amizade com Pluft, um fantasminha que tem medo de gente.
O Pagador de Promessas – Dias Gomes – 1960
Dividida em três atos, a história se passa na cidade de Salvador, já em processo de modernização. Na peça, o sertanejo Zé-do-Burro deseja levar uma grande cruz até o interior da Igreja de Santa Bárbara para pagar uma promessa e, no caminho até lá, sofre com as mentiras, com a corrupção e com a ganância da sociedade.
A Partilha – Miguel Falabella – 1990
Após muito tempo longe, quatro irmãs se reencontram durante o enterro da mãe, para fazer um levantamento dos bens da família e rediscutir suas próprias vidas. A divisão da herança leva a uma visita ao passado e muita discussão. O desejo inalcançável das personagens é a recomposição do passado como uma ideia mítica de felicidade, e ele se desvenda através de um humor cruel.
Pessoas Perfeitas – Ivam Cabral / Rodolfo García Vázquez – 2014
A peça lança um olhar sobre moradores anônimos da grande metrópole que, apesar de suas enormes diferenças, acabam se encontrando e convivendo. Trata-se de pessoas comuns e extraordinárias.
Fonte: Sou BH