DEBATE | Coletivo Cinema e Psicanálise nas Brechas promove quarto encontro do ano no Cine Satyros Bijou

Criado em 2024 para unir psicanalistas advindos de percursos diversificados de formação e dispostos a debater psicanálise e arte em suas articulações criativas e transformadoras, o Coletivo Cinema e Psicanálise nas Brechas promove seu segundo encontro do ano em 20/4, a partir das 11h, no Cine Satyros Bijou – Sala Patricia Pillar.

Haverá a exibição do documentário “Bixa Travesty” (Claudia Priscilla e Kiko Goifman, 2018), seguido de debate com Thamy Ayouch (psicanalista, professor titular da Université Paris-Cité e autor, entre outros, de “Psicanálise e Hibridez: Gênero, Colonialidade, Subjetivações”) e Ricardo L. Leite (psicanalista e docente da SBPSP, coordenador da Clínica Interface Psicanálise e Estudos de Gênero. Psiquiatra pelo IPq-FMUSP).

A mediação do debate será da Profa. Dra. Isildinha Baptista Nogueira, psicanalista, pesquisadora, escritora, presidente do conselho administrativo da Associação dos Artistas Amigos da Praça e membro do Coletivo Cinema e Psicanálise nas Brechas.

“Escolhemos o cinema como ponto de partida de um projeto para encontros e construções dialógicas, pela especial condição que a sétima arte tem de nos fazer experienciar emoções em roteiros de histórias diversas”, diz o Coletivo.

Serviço

 

Domingo, 20/4, às 11h

 

Filme: “Bixa Travesty” (Claudia Priscilla e Kiko Goifman, 2018). Seguido de debate com Thamy Ayouch, Ricardo L. Leite e Isildinha Baptista Nogueira.

 

Cine Satyros Bijou – Sala Patricia Pillar. Praça Roosevelt, 172. Consolação.

 

Sobre o Coletivo Cinema e Psicanálise nas Brechas

 

A psicanálise nasce a partir das brechas de uma concepção de mundo positivista, incapaz de leituras acerca do que não podia ser posto em palavras, o não dito do maldito social. Daí a ideia de formação de um coletivo com pessoas advindas de vários percursos de formação e com diversificadas filiações institucionais dentro da psicanálise, todas comprometidas com uma escuta do que segue não dito, numa reprodução do sempre assim das coisas. Uma psicanálise comprometida, portanto, com as leituras antirracistas, decoloniais, interseccionais, não falocêntricas e, tampouco, patriarcais ou sexistas. Atenta às demandas do nosso tempo e território, da nossa Améfrica Ladina, para usar termo cunhado pela ativista e intelectual afrobrasileira Lélia Gonzalez.

 

Tomando a arte como forma de acessar subjetividades e diferentes modos de ser e existir num sistema atravessado por ideologias que não sustentam o esperançar humano; o fazer artístico passa a ser a possibilidade de sonhar e criar novas saídas para um devir não ancorado na violência de toda ordem, que enfraquece laços e dificulta a criação de políticas inclusivas. Por isso, acreditamos que arte e psicanálise se articulam na potência criativa e transformadora de realidades. Escolhemos o cinema como ponto de partida de um projeto para encontros e construções dialógicas, pela especial condição que a sétima arte tem de nos fazer experienciar emoções em roteiros de histórias diversas. Nos permitindo, assim, refletir sobre  nosso papel enquanto psicanalistas nos cuidados com a diversidade da condição humana. Acolhido que fomos pelo Cine Satyros Bijou, na sala Patricia Pilar, não poderíamos sonhar com espaço mais adequado, um espaço singular que se define como “bunker de resistência (…) um espaço de trocas e conexões”, território onde circula a multiplicidade cultural e existencial característica do nosso povo.

 

Ator, roteirista e cineasta. Co-fundador da Cia. Os Satyros e diretor executivo da SP Escola de Teatro.
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