por Marcio Aquiles
Uma canção de amor (Os Satyros). Desejo e subversão são dois núcleos em torno dos quais quase todos os espetáculos dramáticos [os de abordagem épica ou performativa operam em outra ordem] da companhia gravitam. Sobretudo quando o ponto de partida deriva de autores transgressores, como Sade, Lautréamont, Verlaine, Rimbaud e Genet — cuja vida e obra são estopins para essa montagem monumental, em que o mínimo de significantes se transforma no máximo em termos de simbologia. A luz das grades, poucas transições nas janelas virtuais, a dramaturgia sintética e o registro objetivo de Henrique Mello e Roberto Francisco são o suficiente e o necessário para essa encenação impecável.
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