por Tom Paranhos
Baseado na ideia de humanidade expandida, em que corpos e tecnologia são uma extensão, o espetáculo do grupo Os Satyros discute a relação do homem com a revolução tecnológica e suas implicações sobre a vida contemporânea. No palco, a peça utiliza recursos multimídia, internet e telefonia, numa sequência de cenas e intervenções performativas.
O diálogo do grupo com a linguagem da performance iniciado em “Hipóteses para o amor e a verdade” é agora verticalizado. “O que é corpo?” Parece ser a questão desdobrada em todas as cenas do espetáculo.
O flerte do teatro com a performance parece ser muito feliz e pertinente à pesquisa de linguagem e histórico do grupo que há anos preconiza uma ideia de corpo não neutro para a cena, um corpo que carrega e revela sua história.
Cabaret Stravaganza parece querer discutir a noção de beleza que escraviza e as possibilidades de autonomia dos individuos sobre o próprio corpo. A peça enuncia uma ruptura com estereótipos de normalidade e beleza que talvez os próprios espectadores possam carregar e/ou projetar.
Fonte: Palimpsesto de Teatro, novembro de 2011
Legal ver esse texto aqui! O Caberet é pura diversão! Parabéns e abraços!
eba!