CIDADE | Arte a toda: Paço Imperial abre seis exposições

Entre os destaques, a retrospectiva “Maria Bonomi, a arte de amar, a arte de resistir”, ocupando todo o primeiro andar, com mais de 250 obras

O Paço Imperial teve fim de semana festivo, colecionadores, admiradores das plásticas e salas cheias. Foram seis mostras — individuais e coletivas — com nomes como Maria Bonomi, Voluspa Jarpa, Analu Cunha, João Modé.

Entre os destaques, a retrospectiva “Maria Bonomi, a arte de amar, a arte de resistir”, ocupando todo o primeiro andar, com mais de 250 obras de uma carreira de quase 80 anos. A artista, que completou 90 anos recentemente, é vanguardista na gravura brasileira, além de escultora e muralista. A curadoria é assinada por Paulo Herkenhoff e Maria Helena Peres. “Eu incomodo aqui em São Paulo” – desde os anos 70 ela não tem representação em galeria e construiu sua carreira longe do que chama “mercado de arte”, que pra ela, “está completamente equivocado e trabalha contra a arte. Tivemos uma invasão comercial na esfera cultural. E eu vi que podia muito bem existir sem as galerias”, disse à Veja SP.

Já as galerias Marquês de Lavradio e José Alpoim recebem “Cartografía Incógnita”, da chilena Voluspa Jarpa. Foram sete anos de pesquisa sobre como o colonialismo reforçou a ideia de superioridade entre culturas. A artista reconstrói, a partir da história dos “zoológicos humanos” — exibições que, entre 1858 e 1958, colocaram povos considerados “exóticos” em mostras na Europa e em outras cidades do continente —, uma narrativa crítica sobre as raízes do racismo.

Nas salas Luiz de Vasconcelos e das Princesas, a artista Analu Cunha apresenta “Desentendida”, com curadoria de Natália Quinderé, reunindo dez trabalhos em videoarte.

O Armazém Del Rey foi tomado por “Junção”, de João Modé, que expõe obras e objetos — finalizados ou em processo — ampliando as possibilidades de interação e percepção do público.

No Terreiro, a coletiva com os premiados do Prêmio PIPA: Andrea Hygino, Gabriel Haddad & Leonardo Bora, Darks Miranda e Flávia Ventura, cada um trazendo diferentes linguagens e trajetórias. E, em paralelo, o Terreirinho apresenta “Poéticas do Ruído – Coleção Instituto PIPA”, com curadoria de Alexia Carpilovsky, exibindo 19 trabalhos de artistas que já participaram ou venceram edições anteriores do prêmio.

As novas mostras ficam em cartaz até 16 de novembro.

 

Fonte: Veja Rio

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