Crítica: Aurora do Satyros promove um amanhecer no teatro no Festival de Curitiba

Por MIGUEL ARCANJO PRADO

A atriz Marcia Dailyn em Aurora do Satyros no 30º Festival de Curitiba – Foto: Lina Sumizono – Blog do Arcanjo

Por JOÃO PEDRO NARDO
Colaboração para o Blog do Arcanjo no Festival de Curitiba*

A história de um pequeno prédio na Rua Aurora, com quatro andares, oito apartamentos, com um bar LGBTQIA+ localizado no térreo foi uma das grandes estreias do Festival de Curitiba nesta quinta-feira (7), no Teatro José Maria Santos, no centro da capital do Paraná.

São sete personagens muito diferentes dos comuns em filmes e novelas, como Justyna, Mãe, Diega, Saltério, Acácio, Bola e Ordálio, cada um com suas origens e complexidades.

A peça empresta o nome da rua em que a trama se desenvolve e é uma obra do grupo Os Satyros, fundado em 1989, que se tornou uma das principais referências do teatro nacional.

Já com o primeiro trabalho, Aventuras de Arlequim, receberam indicações a prêmios, como ao Troféu APCA e Mambembe. Hoje, o grupo conta com mais de 100 produções. “Cada uma conta uma história da gente”, diz Ivam Cabral, ator e um dos fundadores da companhia ao lado de Rodolfo García Vázquez.

Nicole Puzzi, Gustavo Ferreira, Henrique Mello e Ivam Cabral em cena de Aurora no 30º Festival de Curitiba – Foto: Lina Sumizono – Blog do Arcanjo

A estreia de Aurora aconteceu em novembro de 2021, em São Paulo, na primeira apresentação do grupo após a pandemia, espetáculo trazido para o Festival de Curitiba.

Aplaudidos de pé por um público satisfeito, os artistas esboçaram felicidade ao fim da encenação. Henrique Mello, um dos atores, afirmou que “a reação da plateia é a maior prova de que o trabalho do grupo deu certo”.

Henrique de Mello em cena de Aurora no 30º Festival de Curitiba – Foto: Lina Sumizono – Blog do Arcanjo

“Está sendo mágica essa volta ao teatro”, descreve Márcia Dailyn, primeira bailarina transexual do Theatro Municipal de São Paulo e integrante do Satyros. A partir dela, de suas falas e representatividade no palco, o público foi convidado a refletir sobre os limites entre destino e liberdade, retratando situações atuais, complexas e preocupantes, utilizando do humor e sátiras para promover transformações sociais.

*Reportagem por João Pedro Nardo, estudante de Jornalismo da Universidade Positivo, sob orientação da jornalista e professora Katia Brembatti, em parceria com o Blog do Arcanjo no Festival de Curitiba. Conheça o site UP no Festival.

 

Fonte: Blog do Arcanjo 

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