NA MÍDIA: ATORES COMEMORAM BUSTO DE LALA

Num livro de entrevistas de Ivam Cabral li que ela desejava um monumento diante do Guaíra

Artistas que trabalharam com Lala Schneider (1926-2007), falecida há cinco anos, sentem um aperto no peito ao passar pela Praça Santos Andrade, onde está coberto o monumento à atriz, que será desvelado hoje ao meio-dia. “Ela deixou um buraco, uma lacuna, que não tem como preencher”, diz, emocionado, o diretor Edson Bueno. Ele foi aluno de Lala por quatro anos e a convidou para atuar em sua primeira peça solo, A Sedução, de Oscar Wilde.

Aqueles que vieram depois e não a conheceram comemoram o fato de a cidade ter seu primeiro busto dedicado a alguém “da classe”.

Também ex-aluno e diretor do teatro que leva o nome da atriz, João Luiz Fiani conta que o pedido partiu dela própria. “Primeiro, uma atriz que não a conheceu me procurou dizendo ter sonhado duas vezes com Lala e que ela pedia um monumento. Depois, num livro de entrevistas de Ivam Cabral li que ela desejava um monumento diante do Guaíra.”

Fiani pediu a homenagem ao prefeito Beto Richa, que teria imediatamente acatado a proposta. A escultura foi feita, em granito, pelas mãos dos argentinos Alfi Vivern e Maria Inés Di Bella.

A sobrinha, Valderes Estela Silveira, desconhecia tal desejo da tia. “A única coisa que ela dizia é que queria morrer no palco. Não aconteceu, mas ela trabalhou quase até sua morte.” Outro desejo, que era manter uma escola de teatro no Boqueirão, se materializou.

Carreira

Em seus 52 anos de atuação, Lala Schneider trabalhou em 99 peças, nove filmes e oito novelas (como Lua Cheia de Amor e Felicidade). Em 1993, ela recebu o Gralha Azul de melhor atriz pela peça O Vampiro e a Polaquinha, que ficou sete anos em cartaz. De acordo com Fiani, esse foi o trabalho que ela mais gostou de fazer.

Serviço: Inauguração monumento em homenagem a Lala Schneider. Praça Santos Andrade. Hoje, ao meio-dia. Entrada franca

Fonte: Gazeta do Povo, 31 de março de 2012

Ator, roteirista e cineasta. Co-fundador da Cia. Os Satyros e diretor executivo da SP Escola de Teatro.
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