Nesta semana, Amanda Palmer recebe os meus aplausos mais entusiásticos.
Depois que o jornal Daily Mail publicou uma foto em que a cantora deixava aparecer, involuntariamente, o seio, a ex-vocalista dos Dresden Dolls subiu nas tamancas. Despiu-se totalmente durante um concerto em Londres, na última sexta-feira (19), em protesto.
Mas nada gratuito. A performance – genial, diga-se de passagem -, partiu de uma carta que Amanda escreveu (e musicou) para o pessoal do tablóide inglês.
São atitudes assim que me fazem acreditar cada vez mais na arte.
Não só porque o politicamente correto insiste em fazer da arte um mundo à parte.
Mas, e principalmente, porque, em tempos amorfos como o nosso, resistir com bravura (quando se é minoria, mulher, artista, etc) tem sido a tarefa mais enfadonha.