Abertura de sala de trabalho: 1991 ou A Imperfeição do Amor

Desde a semana passada, estamos abrindo nossa sala de trabalho para mais um projeto que está surgindo: “1991 ou A Imperfeição do Amor”.

A estreia só acontece no ano que vem, mas nas próximas quatro quintas-feiras estaremos mostrando o que conseguimos até aqui.

É a segunda parte da “Trilogia das Revelações”, que se iniciou com “Todos os Sonhos do Mundo”, no ano passado.

Quando “Todos os Sonhos do Mundo” estreou no Festival de Teatro de Curitiba, em 2019, eu já pressentia que estava criando uma trilogia. Antes que iniciasse a criação deste “1991 ou a Imperfeição do Amor”, a trilogia já tinha até um nome, “Trilogia das Revelações”.

Afinal, havia chegado o momento de abrir coração e revelar segredos, fazer confidências. Virginia Woolf já havia dito que:

“Se você não contar
a verdade sobre si mesmo,
não pode contar a verdade

sobre as outras pessoas.”

Se na primeira parte eu me expunha, contando a minha história, falando sobre bipolaridade e depressão; nesta segunda, focaria mais especialmente na minha mãe e, depois, pra finalizar essas revelações, eu me encontraria com a biografia do meu pai.

Em todas as versões, como pano de fundo,a tentativa de provar a irrelevância das verdades,a tese de Andrew Solomon, que eu coloquei em “Todos os Sonhos do Mundo”.

Mas, ao levantar as histórias da minha pequenina Ribeirão Claro, no interior do Paraná, hoje com cerca de 10 mil habitantes, mas que na minha infância tinha a metade de seus moradores atuais, comecei a pensar que existiam muitas mulheres na minha vida e que suas histórias caberiam todas nas minhas verdades.

Então, depois de muito pensar, cheguei a outra conclusão importante, que motivou concluir a este trabalho:
Todas estas mulheres

carregavam com elas heroísmos.

Neste “1991 ou A Imperfeição do Amor”, ligo a história da minha mãe, a costureira Eunice, com a de Virgínia Woolf, a escritora inglesa do modernismo; ancoradas pela obra de Andrew Solomon.
Ator, roteirista e cineasta. Co-fundador da Cia. Os Satyros e diretor executivo da SP Escola de Teatro.
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