CICLO | 1º semestre letivo de 2022 do curso técnico em teatro da SP chega ao fim; confira um panorama de como foi!

O primeiro semestre letivo do curso técnico em teatro da SP Escola de Teatro de 2022 foi um período de muitas conquistas, ensinamentos e trocas significativas, mas também um momento desafiador. A volta ao modelo presencial de ensino trouxe muitos aprendizados e proporcionou experiências marcantes para o ensino das artes do palco.

Nesta última semana, o semestre chegou ao fim, e para relembrar um pouco do que foi estudado e vivido pelos estudantes ao longo desses seis meses, a equipe de comunicação da SP Escola de Teatro preparou um panorama resumido, mas especial, com alguns dos principais destaques.

Confira abaixo!

 

Semana Inaugural do 1º semestre

A primeira semana foi especial e recheada de novos conhecimentos, ela contou com diversas conversas com especialistas, estudiosos e artistas sobre a temática que nortearia os estudos dos módulos azul e verde durante o semestre: Poéticas de Rua!

A aula inaugural (Território Cultural) do semestre foi online e contou com a presença da atriz e encenadora Tânia Farias. A artista embarcou numa discussão com os estudantes que despertou muitas reflexões e provocações, incentivando os aprendizes a deslocarem seus conhecimentos prévios de artes cênicas. A conversa introdutória foi mediada pela coordenadora do curso de pedagogia Marici Salomão e, foi abordado, dentre outros assuntos, como as poéticas de rua permeiam o teatro e a educação brasileira na contemporaneidade. Além disso, Tânia explicou mais sobre a arte de fazer teatro no espaço público:

“Sendo a rua de todos e ocupada por todos, fazer teatro na rua é essencialmente uma questão política, isso porque atualmente quem vai ao teatro ainda é uma menor camada da sociedade, já na rua, esse público se amplia e se diversifica. Os artistas vão para um lugar que não é protegido e essa exposição significa muitas coisas e requer um intenso estudo e pesquisa.” Comentou Tânia.

Como parte da proposta pedagógica do material de estudo, os artistas pedagogos escolhidos que foram investigados são de diferentes regiões brasileiras e verdadeiros expoentes artísticos em seus respectivos meios. Para ter um contato com os artistas em questão os estudantes foram divididos em dois grupos: Os estudantes do módulo verde conheceram e se aprofundaram nas vivências de Silvia Ramos Bezerra e Efigênia Rolim, numa conversa que foi mediada por Suzana Aragão. Já os estudantes do módulo azul tiveram como material de estudos os trabalhos de Maria Thereza Azevedo e Hélio Leittes, num debate que foi mediado pelo coordenador de direção Rodolfo García Vázquez.

No primeiro encontro, Silvia Ramos Bezerra, que é doutora em Ciências da Comunicação pela ECA (USP), pesquisadora especialista em comunicação, política, ciberativismo e cultura popular, apresentou aos aprendizes uma figura valiosa: Zé Bolo Flô. Personagem importantíssima para o ideário da cidade natal da estudiosa (Cuiabá), Zé Bolo Flô foi um homem que viveu no Bairro do Beú, na década de 1960, e era considerado pelos moradoras da região um poeta andarilho.

Começando sua vida como ambulante, ele vendia bolo no centro da cidade, explica Silvia, e com o passar do tempo sua persona vai se incorporando à paisagem urbana; de maneira que ele faz a própria produção poética através do contato com a cidade. Assim, esse personagem é um ícone da cultura cuiabana e se tornou uma figura que incorpora a poética da rua. Por meio de um vídeo-propaganda estatal no qual a trilha sonora é uma música do famoso poeta andarilho, Silvia Bezerra apresentou para os estudantes na prática como tal figura é enraizada na memória coletiva dos cuiabanos.

A partir disso, uma das conclusões iniciais da exposição feita pela pesquisadora é a de que Zé Bolo Flô é uma fantasia da cidade, um signo do imaginário coletivo local que, em si, revela a própria história cultural de um povo que buscava se livrar do estigma de seu passado colonial, para além disso, ele também é uma alegoria que revela toda a contradição da modernidade capitalista.

A outra convidada, Efigênia Rolim, relembrou sua trajetória, revelando os caminhos que percorreu até adentrar o universo artístico. Mãe de 9 filhos, a artista revela um dia ter sido surpreendida por um papel verde de bala de hortelã que achou ser uma joia, a partir daí Efigênia começou a trabalhar produzindo arte com o lixo. “Muitas vezes as pessoas não sabem o valor do lixo” confessa. Onde muitos enxergavam apenas itens descartáveis e cotidianos, a artista começou a ver matéria-prima para bonecos, carros e múltiplas imagens fantásticas e fantasiosas. “Comecei a pegar da rua diversos papéis de bala, chinelos…”, contou a mineira, que sofreu as consequências da marginalidade, desigualdade e as dificuldades imposta pela realidade brasileira e no encontro expôs como foi catalisar sua vivência para trabalhos que se tornaram referência no mundo das artes visuais.

No segundo encontro, A profa. Dra. Maria Thereza Azevedo, que é pesquisadora associada no Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea-ECCO (Mestrado e Doutorado) e Líder do Grupo de Pesquisa: Artes Hibridas, intersecções, contaminações, transversalidades, tratou da ‘Ocupação socioestética, poéticas urbanas e modos de estar na cidade’. Um estudo que vem sendo desenvolvido a partir de uma série de intervenções urbanas e ações que foram realizadas em Cuiabá desde 2009.

Para explicar a essência de sua pesquisa, a professora trouxe alguns exemplos, um deles foi o ato de Ailton Krenak que ocorreu em 1987, durante a Assembleia Constituinte. Durante o seu discurso, vestido com um terno branco, o ambientalista pintou o rosto com tinta preta à base de jenipapo para protestar contra o que considerava um retrocesso na luta pelos direitos indígenas. Para ela, essa cena foi emblemática e muito importante para desenvolver a problemática de sua pesquisa e durante sua apresentação ela explicou o caráter performático e político de tal atitude:

“Este é um exemplo de uma situação que, apesar de estar fora de um lugar tipicamente artístico, configura uma ação do artista, mas em uma situação criada”

O poeta, performer e bottom-maker Hélio Leittes também falou um pouco de seu trabalho. Ele contou sua história, explicando que tinha uma banda na feirinha de artesanato de Curitiba e fazia muita contação de história. Certo dia, quando ficou desempregado, decidiu cobrar de quem tirava fotos suas (o que acontecia com frequência) então fez uma placa, nela estava grafado: “Vendo pouco, mas alugo de montão”. Depois disso, Hélio começou a fazer muitas outras plaquinhas e atualmente ele trabalha com uma ampla gama de objetos do dia a dia, como caixinhas de fósforo, botões, rolhas, latas, madeiras, restos de material entalhado.

O final dessa primeira semana foi muito significativo, módulo azul e verde foram reunidos para refletir sobre a temática Poéticas de Rua ao lado da a professora, coordenadora e autora Paola Berenstein; a professora, pró-reitora de extensão universitária e pós-doutora Fabiana Dultra Britto; a artista visual e perita criminal Berna Reale; e o multi artista amazônida, graduado em licenciatura em Teatro Leo Scantbelruy, num encontro que contou com a mediação de Guilherme Bonfanti.

 

Panorama das Artes

O início do semestre foi marcado ainda pela tradicional atividade pedagógica ‘Panorama das Artes’, na qual os coordenadores das linhas de estudo apresentam uma perspectiva geral do material de estudo de cada área e também detalhes das respectivas profissões. O evento foi dividido em duas partes, aconteceu um primeiro encontro sobre áreas de direção, iluminação e atuação, e uma segunda conversa sobre os campos de Humor, Técnicas de palco, cenografia e figurino e sonoplastia.

A aula sobre Direção foi a primeira ser ministrada, ela foi apresentada por Rodolfo García Vázquez, coordenador de direção da SP Escola de Teatro e co-fundador da tradicional Cia. Teatro Os Satyros.

Para falar sobre o trabalho de diretor teatral, ele relembrou o início do Satyros e o papel fundamental do grupo na revitalização da Praça Roosevelt. Nesse contexto, um dos objetivos centrais foi promover o trabalho com grupos marginalizados e excluídos pela sociedade, como prostitutas, ex-detentos, trans e travestis.

Depois, Rodolfo abordou a mudança do olhar da cena artística sobre o papel do diretor conforme o passar dos anos. Para isso, ele relembrou o ideário que dominava o teatro quando iniciou sua carreira nos anos 1980:

“Naquela época, a imagem que se tinha de um diretor teatral era de alguém com o controle absoluto do processo criativo. Que utilizava os atores, a equipe técnica e os outros artistas envolvidos no projeto como peças em sua construção cênica. Então, a partir de um texto já escrito, fazia-se um trabalho de mesa, uma leitura ‘à lá Stanislavski’ e depois o diretor dava os comandos. Era muito forte a ideia de um diretor pedagogo.”

Outro momento interessante do primeiro Panorama das Artes foi a aula de Marici Salomão, coordenadora de dramaturgia, sobre os expedientes centrais dessa área. Ela iniciou a aula com a seguinte afirmação:

“Dramaturgia não é só escrita de peças teatrais”

Segundo a professora, nasce dessa assertiva a ideia mais primária e antiga que acompanha o significado de dramaturgia.

“Dramaturgia é um modo de ver a vida; de ver mais vida na vida, de fazer um raio-x na vida, de observá-la e ‘linkar-se’ a ideia de vida, e isso tem legitimado há mais de 30 anos a minha existência. O que é esse modo de ver a vida? Não é romântico ou aleatório. ”

Quem fez a abertura da segunda rodada de palestra do Panorama das Artes foi J.C. Serroni, coordenador dos cursos de Técnicas de Palco e Cenografia e Figurino da SP. Ele iniciou sua exposição destacando as dificuldades que envolvem a mescla dessas diferentes áreas, as quais contém cada uma sua singularidade. Depois, Serroni partiu de alguns questionamentos principais para introduzir uma definição do objeto de estudo Cenografia:

“ O que é cenografia hoje? Cenografia é a arte de criar cenários? Decorações cênicas? Pintar? Hoje as definições estão muito defasadas, pois o campo de cenografia, que um dia pertenceu apenas aos palcos de teatro, está muito maior. ”

Rejeitando clichês como ‘Cenografia é a grafia da cena’, pois ela não é apenas um desenho, mas acontece no palco, o coordenador explica que a área abrange uma série de outras linguagens e, atualmente, permite inúmeras intersecções.

Também é memorável a conversa sobre Sonoplastia realizada por Tâmara David, coordenadora interina do curso. Em sua aula, Tâmara Sugeriu uma dinâmica prática para despertar os sentidos dos estudantes, pedindo para cada um fechar os olhos e prestar atenção nos sons ao redor, observando a respiração e a tridimensionalidade no espaço. Adiantando de forma lúdica pontos de atenção da carreira de um sonoplasta, assim, ela partiu das seguintes perguntas: “Como você sentiu ao ouvir estes sons? Qual deles chamou a sua atenção? ”

Colhendo diversas respostas dos estudantes, a professora trabalhou o conceito de paisagem sonora. Para isso, utilizou a citação de um famoso e importante estudioso da sonoplastia para definir de forma objetiva o termo, concluindo o seguinte:

“Quando se escuta cuidadosamente, a paisagem sonora se torna milagrosa. A qualidade de paisagem sonora é o centro de uma boa educação musical, deve-se sempre existir um equilíbrio entre homem, ambiente e as diversas possibilidades criativas do fazer musical.”

 

Palestra do diretor e dramaturgo Gerald Thomas

No último semestre, a SP Escola de Teatro recebeu a visita do renomado diretor e dramaturgo Gerald Thomas, que ministrou uma palestra exclusiva para os estudantes de Direção, que foi mediada por Rodolfo García Vázquez. Além disso, o artista se reuniu com Ivam Cabral, diretor executivo da escola, que também é seu amigo pessoal, juntos ambos relembraram os encontros e parceria no palco e nos bastidores, debateram sobre teatro contemporâneo e ressaltaram a importância de um centro de artes do palco como a SP Escola de Teatro para os futuros teatrólogos brasileiros.

O dramaturgo e diretor teatral Gerald Thomas nasceu em 1954, no Rio de Janeiro, estudou com Ivan Serpa e Hélio Oiticica, foi orientado por Sérgio Mamberth e aos 16 anos já estudava arte e dança num grupo experimental artístico em Londres. Depois se instalou em Nova Iorque onde produziu muitas peças baseada nos textos de Samuel Beckett. Em 1985 dirigiu a peça Quatro Vezes Beckett, que o levou a Bienal de Viena e lhe rendeu o Prêmio Molière Especial. Em 1986, Gerald Thomas dirigiu a peça Quartetti, numa montagem do texto de Heiner Muller, depois fundou a Companhia Ópera Seca, em São Paulo.

Dentre os muitos sucessos produzidos pelo artista no período podemos citar Eletra Com Creta (1986); A Trilogia Kafka (1988); Carmem Com Filtro (1989); Mattogrosso (1989); Fim de Jogo (1990); M.O.R.T.E. (1990); The Flash and Crash Days (1991); O Império das Meias Verdades (1993) e UnGlauber (1994), nessas últimas três peças estrelou Fernanda Torres, com quem já foi casado. Em 2010 fundou a Cia London Dry Opera, com a qual consolidou sua carreira internacional, nela escreveu e dirigiu Throats que estreou em 2011, no Teatro Pleasance e Islington, e muitos outros espetáculos.

Em sua aula Thomas ainda explicou detalhes do processo criativo de espetáculos, e alguns detalhes do desenvolvimento de seus trabalhos na direção e dramaturgia das peças. O ator ressaltou a importância da relação do diretor com o ator, interprete da peça, na concepção da montagem:

“Eu escrevo para aqueles atores que eu conheço. Não escrevo para quem eu não vou trabalhar. A Fabi (Fabiana Gugli), que está no elenco de G.A.L.A, escrevo para ela há 22 anos. Fernanda Montenegro, Marco Nanini, por exemplo, eu sei o que eles gostam, o que não gostam, como comem, suas obsessões. Eu não venderia um espetáculo para ser publicado num livro, por exemplo. Mas a relação com atores, é diferente, pois eles estão lá vendo e sentindo. Então conseguimos dialogar e chegar no meio termo, mas geralmente é mais o meu termo que ganha.”

 

Palestra da cenógrafa e pesquisadora espanhola Josefina Cubero

Durante o primeiro semestre de 2022, a SP Escola de Teatro também recebeu a visita ilustre de Josefina González Cubero, pesquisadora, cenógrafa e arquiteta espanhola, da Universidad de Valladolid. Professora titular do Departamento de Arquitetura e Projetos Arquitetônicos da Universidade de Valladolid, Josefine também atua como pesquisadora no Centro de Estudos Arnaldo Araújo (CEAA) da Escola Superior Artística do Porto (ESAP), em Portugal, ao lado da diretora da instituição Maria Helena Maia e de Luísa Pinto. As principais linhas de estudo da palestrante são arquitetura moderna e contemporânea; e as relações transversais entre a arquitetura e outras artes (artes plásticas, cinema, teatro, fotografia e desenho).

Em sua aula, ela conversou com os estudantes das linhas de Direção, Cenografia e Figurino sobre os seus temas de pesquisa, possíveis relações entre arquitetura e teatro, e os dispositivos e máquinas de atuação na cena contemporânea.

Nesse contexto, Josefina explicou a importância da investigação sobre os temas em questão (teatro e outros ramos do conhecimento), evidenciando como se dão as relações entre áreas que, aparentemente, não pertencem ao mesmo campo de estudo:

“Nos dias atuais parece que sempre se tenta dividir as artes. No entanto, não se pode separá-las. Às vezes uma arte enriquece outra, portanto é necessário falar das artes em conjunto. ”

A pesquisadora explicou que o teatro não precisa da arquitetura, ele pode ser produzido em qualquer lugar, em qualquer momento, sem que esteja presente tal elemento. No entanto tal comparação entre arquitetura e as artes da cena enriquece ambas. Em seguida, a professora pintou um quadro geral da história do teatro ressaltando e trazendo exemplos de diferentes tipos de palcos teatrais, partindo disso ela direcionou a atenção dos estudantes para elementos, como a configuração dos espectadores em cena e para a presença do arco de proscênio. Além disso, durante a palestra, Josefina fez uma menção à atual situação de conflito no Leste Europeu. Ela homenageou a Ucrânia ao revelar que o país foi o primeiro lugar que recebeu um concurso internacional de arquitetura nacional, no qual um dos temas abordados foi a relação entre arquitetura e artes cênicas.

 

Mostra de Experimentos

O encerramento e consolidação de todo o conteúdo aprendido, desenvolvido e amadurecido pelos estudantes ao longo do semestre se deu na Mostra de Experimentos do primeiro semestre de 2022. O evento aconteceu nas duas unidades da SP Escola de Teatro (Brás e Roosevelt) e nele foram apresentados ao público as montagens artísticas dos estudantes, que foram fruto das pesquisas dos aprendizes. Em geral, os objetos de pesquisa investigados foram as vivências e produções artísticas dos artistas apresentados na semana inaugural: Efigênia Rolim, Helio Leites, Zé Bolo Flô, Berna Reale e Leonardo Scantbelruy, sendo a performatividade o foco para o Módulo Azul e a relação personagem/conflito para o Verde.

Todos os trabalhos e investigações apresentados tiveram um significado especial, pois, nas palavras do coordenador pedagógico da Instituição Joaquim Gama, trouxeram consigo a ideia de resistência, de sobrevivência, apesar de tudo que vivemos neste país! Cada Experimento Cênico foi também um ato político, de amor, ao teatro!

Dos 16 experimentos criativos que foram compartilhados e encenados presencialmente, podemos relembrar do realizado pelo núcleo A, do Módulo Verde, que procurou trabalhar a relação entre o lixo presente nas ruas urbanas e a arte como maneira de subsistência, confira a sinopse do experimento intitulado “Aluga-se Uma Sentada ou uma no Joelho e outra Na”:

“Nas encruzilhadas da cidade, uma pilha de sacos de lixo entre a pizzaria e o metrô é o ponto de encontro de tensões e distensões entre um dono de pizzaria cidadão de bem; uma criança em situação de rua; uma artista em situação de rua que recicla para criar e viver; e um coletor de lixo. É a disputa do território; a assistência e controle social da rua; a fome e a inocência humanas; a arte como forma de sobrevivência se parindo resistência política em tempos de guerra. Sacos de lixo que afetam e são afetados, modificam-se diante dos conflitos existentes para conversar: há espaço para a mudança sentar conosco no tempo presente? ”

Os estudantes do módulo azul, do núcleo 7, decidiram fazer uso do humor para expor a história, a estética, os sons, as reinvindicações e atual recorte socioeconômico da região do Brás em um experimento ‘intitulado Museu Ao Léu Aberto’. Confira o mote do projeto:

“Um museu ao ar livre no qual o teatro performativo desconstrói a imagem fria e institucionalizada que torna espaços culturais, por vezes, ambientes excludentes. O tema e as ações do MUSEU AO LÉU ABERTO foram elaborados a partir de derivas, entrevistas e observações feitas nas ruas do Brás.”

Experimento ‘Olhos Movediços, do núcleo 3, Módulo Azul

O núcleo 3, Módulo Azul, organizou o experimento ‘Olhos Movediços’, que trabalhou a corporeidade e o espaço cênico de maneira única, a partir do mote “do pó viemos, ao barro voltaremos”. Confira a sinopse:

“Corpos se movem, dançam, se esquivam, se chocam com olhares intrusos. Cerâmica. Cacos se espalham pelo chão. Argila. Sem forma, inventa seus caminhos. O Outro transborda pelas pupilas, escorre pela espinha. Nos movimenta, transforma, nos quebra em mil pedaços”.

 

Fonte: SP Escola de Teatro

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