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No prĆ³ximo dia 25 de janeiro, ao completar 468 anos, a cidade de SĆ£o Paulo e seus moradores ganham uma nova sala de cinema para chamar de sua. A comemoraĆ§Ć£o do aniversĆ”rio da cidade foi a data escolhida para a reabertura do clĆ”ssico Cine Bijou, agora administrado pelo grupo Os Satyros, capitaneado pelos artistas e gestores Ivam Cabral e Rodolfo GarcĆ­a VĆ”zquez.
ApĆ³s 26 anos fechado, o cinema da PraƧa Roosevelt, no centro da cidade, reabre suas portas como espaƧo democrĆ”tico e multifacetado, com programaĆ§Ć£o intensa e especial para a semana de inauguraĆ§Ć£o.
O Cine Bijou foi uma das salas de cinema mais emblemĆ”ticas da cidade de SĆ£o Paulo, tendo funcionado entre 1962 e 1996. ƍcone e referĆŖncia de resistĆŖncia artĆ­stica durante a ditadura militar, foi de fundamental importĆ¢ncia na formaĆ§Ć£o cultural de toda uma geraĆ§Ć£o, levando Ć s telonas filmes polĆŖmicos e censurados na Ć©poca.
Durante a sua existĆŖncia, deu espaƧo para filmes do Cinema Marginal, de movimentos alternativos-experimentais, alĆ©m de clĆ”ssicos do Cinema Novo. Em sua programaĆ§Ć£o constavam produƧƵes de Stanley Kubrick, Luis BuƱuel, Ingmar Bergman, Glauber Rocha, Jean-Luc Godard, FranƧois Truffaut e Neville de Almeida, alĆ©m de obras russas e japonesas. Entre 1964 e 1985 chegou a exibir grandes filmes da histĆ³ria cinematogrĆ”fica, como “Laranja MecĆ¢nica”, “Morangos Silvestres”, “Blade Runner” e “Indiana Jones”.
O cinema brasileiro terĆ” um foco especial na reabertura do Bijou, com empenho para colocar em cartaz, alĆ©m de clĆ”ssicos, filmes que nĆ£o tĆŖm oportunidade no circuito ou passam meteoricamente pelas salas de exibiĆ§Ć£o.
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A sala do Satyros Bijou farƔ homenagem Ơ atriz, diretora e produtora Patricia Pillar, personalidade importante do cinema, do teatro, da teledramaturgia e peƧa fundamental no processo de reabertura do Bijou.
PatrĆ­cia estreou no cinema em 1983, com “Para Viver Um Grande Amor” e, desde entĆ£o, estrelou premiadas obras, como “A MaldiĆ§Ć£o de Sanpaku”, “O Quatrilho”, “Amor & Cia” e “Zuzu Angel”. O drama biogrĆ”fico dirigido por SĆ©rgio Rezende em que a atriz interpreta a estilista Zuzu Angel lanƧarĆ” oficialmente a tela da Sala PatrĆ­cia Pillar, no dia 25.
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A cerimĆ“nia de abertura do Satyros Bijou, marcada para o dia 25 de janeiro, a partir das 20h, traƧarĆ” um panorama geral das sessƵes, eventos e projetos especiais prospectados para a ocupaĆ§Ć£o da sala de cinema.
Para a ocasiĆ£o, serĆ£o exibidos o curta-metragem “O Quintal dos Guerrilheiros”, de JoĆ£o Carlos Massarolo e o longa-metragem “Zuzu Angel”, de SĆ©rgio Rezende.
Com o intuito de comemorar esse espaƧo de resistĆŖncia, serĆ” realizada uma semana inteira de abertura, sempre com mesas de debate antecedendo as exibiƧƵes, que recebe filmes de LaĆ­s Bodanzky, Tata Amaral, Helena Ignez, Kleber MendonƧa Filho, Felipe BraganƧa, Leonardo Martinelli, Andradina Azevedo, Dida Andradina, Bruno Autran, Gil Baroni, Leo Tabosa, Amir Escandari, Claudio Borrelli, Lufe Bollini, Mariana Yomared, Joel Pizzini, Paulo Sacramento, Gustavo Vinagre, Julia Katharine, Sabrina Fidalgo, Nara Normande, TiĆ£o, Fabio Leal, Ivam Cabral, Rodolfo GarcĆ­a VĆ”zquez, entre outros.
A semana serĆ” dividida de forma temĆ”tica, trazendo Ć  pauta temas de relevĆ¢ncia cultural e representatividade, como o cinema independente, o cinema autoral e a presenƧa da diversidade e das mulheres no cinema.
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O Satyros Bijou serĆ” um espaƧo mĆŗltiplo, como celeiro de debates, apresentaƧƵes teatrais e musicais, sem perder sua essĆŖncia de cinema de rua. Com sessƵes gratuitas ou a preƧos populares, sua tela se destinarĆ” a exibiƧƵes de curtas, mĆ©dias e longas-metragens, sempre de quinta a domingo, com exceĆ§Ć£o de sua semana de abertura (25 a 30 de janeiro).
Durante o mĆŖs de fevereiro, serĆ£o exibidos os filmes vencedores do Festival Satyricine Bijou, iniciativa da Satyros Cinema de valorizaĆ§Ć£o do cinema independente, que aconteceu em setembro de 2021, de forma digital.
AlĆ©m disso, a fim de criar um espaƧo de experiĆŖncias, serĆ£o desenvolvidos projetos especiais para a programaĆ§Ć£o. Imagine poder convidar os seus amigos para uma sessĆ£o exclusiva onde vocĆŖ exibirĆ” o filme que mais te marcou e depois falar sobre ele. Essa Ć© a proposta da SessĆ£o “O Filme da Minha Vida”, uma das iniciativas para a reabertura do Bijou.
Outro caso ainda Ć© a SessĆ£o “No Escuro”, com exibiƧƵes em horĆ”rios alternativos, que convida o pĆŗblico a comparecer ao cinema sem saber qual filme irĆ” assistir. Uma surpresa a cada sessĆ£o.
JĆ” Ć s quintas-feiras, o projeto “Cinema Falado” propƵe debates temĆ”ticos apĆ³s a exibiĆ§Ć£o de filmes.
A prospecĆ§Ć£o de todas essas aƧƵes Ć© transformar o Satyros Bijou em um espaƧo Ćŗnico, um bunker de resistĆŖncia, um espaƧo para quem consome e faz cinema, um espaƧo de trocas e conexƵes, um espaƧo que seja a cara de SĆ£o Paulo.
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ApĆ³s reformas, o cinema recebeu estrutura moderna e de excelĆŖncia tĆ©cnica, sem abrir mĆ£o das caracterĆ­sticas da antiga sala.
Bijou, que vem do francĆŖs e significa joia, traz ares de obra de arte em sua concepĆ§Ć£o. A fim de respeitar a memĆ³ria desse espaƧo vanguardista e corresponder aos olhares saudosistas, a sua arquitetura base foi mantida. A sala de 77 lugares teve suas poltronas vermelhas, com detalhes em costura, restauradas, assim como as suas paredes e teto, desenhados em gesso. O local tambĆ©m conta com um pequeno palco, que receberĆ” eventos de diversas linguagens.
SerĆ” preservada a ideia de um espaƧo alternativo, democrĆ”tico e acolhedor para o convĆ­vio do pĆŗblico e artistas, com programaĆ§Ć£o voltada Ć  exibiĆ§Ć£o regular de filmes de arte e autorais de todas as partes do mundo, incluindo inovaƧƵes e experimentaƧƵes ligadas ao audiovisual, assim como a participaĆ§Ć£o nas principais Mostras e Festivais que acontecem anualmente na cidade.
Uma das novidades Ʃ a parceria com a Editora Giostri, que manterƔ no hall de entrada um cafƩ bar e uma pequena livraria voltada para obras, principalmente nacionais, sobre cinema. Um presente para cinƩfilos e amantes da sƩtima arte.
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A sala, localizada no nĆŗmero 172 da PraƧa Roosevelt, jĆ” havia sido um teatro e, quando vagou em 2019, estava na iminĆŖncia de se transformar em um bar ou uma igreja. Foi nesse momento que Ivam Cabral e Rodolfo GarcĆ­a VĆ”zquez, fundadores do grupo Os Satyros, abraƧaram o espaƧo com o sonho de devolver Ć  cidade um dos poucos cinemas de rua da capital paulista.
Com os altos custos para a revitalizaĆ§Ć£o do cinema, o grupo contou, alĆ©m da aplicaĆ§Ć£o de recursos prĆ³prios, com a ajuda de personalidades famosas, como PatrĆ­cia Pillar, Maria Bonomi, Walcyr Carrasco, Maria Helena Peres, Carlos Giannazi, Celso Giannazi, e personalidades anĆ“nimas, que colaboraram de forma direta ou atravĆ©s de campanha de financiamento coletivo, para levantamento e modernizaĆ§Ć£o da sala.
ApĆ³s dois anos sem poder abrir o espaƧo, em decorrĆŖncia do perĆ­odo pandĆŖmico, finalmente o Bijou poderĆ” receber o seu pĆŗblico.
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A gestĆ£o da sala Ć© feita pela produtora audiovisual Satyros Cinema, braƧo cinematogrĆ”fico do coletivo Os Satyros.
Fundado por Ivam Cabral e Rodolfo GarcĆ­a VĆ”zquez em 1989, Os Satyros tem renomada carreira no teatro, carregando em seu currĆ­culo os maiores prĆŖmios da categoria e sendo parte fundamental no processo de revitalizaĆ§Ć£o da PraƧa Roosevelt.
A Satyros Cinema iniciou a sua atuaĆ§Ć£o com a experiĆŖncia de Cabral e VĆ”zquez em documentĆ”rios, sĆ©ries e novelas, em 2012, com a produĆ§Ć£o de seu primeiro longa-metragem, “HipĆ³teses para o Amor e a Verdade”. Em 2017, deu inĆ­cio ao seu segundo longa, “A Filosofia na Alcova”, que ficou em cartaz durante 61 semanas no Cine Belas Artes, tornando-se um dos tĆ­tulos mais longevos da sala. Os dois longas acumulam diversas indicaƧƵes.
Em 2021, produziu o seu terceiro longa-metragem “The Art of Facing Fear”, que estĆ” em fase de finalizaĆ§Ć£o.
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Satyros Bijou ā€“ sala Patricia Pillar
EndereƧo: PraƧa Roosevelt, 172, ConsolaĆ§Ć£o, CEP 01303-020
Telefone: 11 3255 0994 / 3258 6345
ā–¶ Todas as sessƵes seguirĆ£o os protocolos de biosseguranƧa, com mediĆ§Ć£o de temperatura, uso de mĆ”scaras e apresentaĆ§Ć£o do passaporte de vacinaĆ§Ć£o.
Ator, roteirista e cineasta. Co-fundador da Cia. Os Satyros e diretor executivo da SP Escola de Teatro.
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