De hoje, sexta-feira (18), até o próximo dia 30 de outubro, os cinéfilos do Brasil têm um compromisso com o melhor do cinema mundial. É quando acontece a 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, com apresentações de cerca de 300 filmes, em vários espaços: cinemas, espaços culturais e museus espalhados pela capital paulista, incluindo projeções gratuitas e ao ar livre.
Com tantas coisas boas pra se ver, é possível se perder na hora de escolher o melhor programa. Por isso, fui perguntar ao Maurício Ribeiro, que acompanha a mostra desde a primeira edição, que elencou três filmes imperdíveis deste ano. Seu critério foi de filmes sem previsão de entrar em cartaz em nossos cinemas.
Mauricio, 57 anos, é promotor público e conselheiro da Associação dos Artistas Amigos da Praça (Adaap), gestora do projeto SP Escola de Teatro. Nascido no Rio de Janeiro, vive em São Paulo há várias décadas. Na juventude, estudou teatro e chegou a pensar em ser ator. Mas uma carreira no Ministério Público gritou mais alto. Espectador assíduo de teatro e cinema, encontrou na plateia uma razão para sua vida.
A seleção de Maurício Ribeiro
1) FAMILY ROMANCE LTDA., de Werner Herzog
Um dos mais importantes diretores alemães com produção há mais de 40 anos e sempre instigantes. Esse é um filme que se situa entre a ficção e a realidade de uma empresa japonesa que oferece serviços de felicidade familiar. Se contar mais do que isso é spoiler. Assisti ontem e o achei fundamental para estes tempos.
2) SIMPATIA PELO DEMÔNIO, de Guillaume de Fontenay
Sobre a guerra da Iugoslávia e as relações humanas e políticas que se dão ao longo de uma guerra civil. Pautei para ver, mas amigos que o viram ontem consideraram imperdível.
3) O JOVEM AHMED, de Jean Pierre e Luc Dardenne
Filme dos irmãos belgas que sempre fazem filmes profundamente humanos sobre os conflitos dos mais vulneráveis de um modo jamais lacrimoso, mas sempre emocionante. Para mim são os maiores cronistas da história atual da dignidade.