TERRA DOIS | Tradição e contemporaneidade

No Brasil, em algumas importantes escolas de teatro, os alunos já começaram um movimento de se recusar a estudar história do teatro grego ou a do europeu. Na SP Escola de Teatro, partimos na frente. Na elaboração do nosso projeto pedagógico, definimos que não seria uma escola arqueológica, que não nos interessava buscar a história pela história. Nossa escola é viva e profundamente sintonizada com o nosso tempo. Desde 2010, quando recebemos nossos primeiros aprendizes, nunca tivemos componentes como História do Teatro I ou II, por exemplo. A tradição só é acionada a partir de alguma questão contemporânea que esteja em evidência em nosso processo de investigação. Somos uma escola que não se furta ao diálogo com as questões do tempo real. Só assim a história, importantíssima, poderá sempre ser (re)avaliada.

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[ PARA ACALORAR A DISCUSSÃO: Como tentativa de acabar com a violência contra a mulher, em Florença, na Itália, a ópera Carmen, composta há 140 anos por Bizet, ganhou um novo final. Ao invés de ser morta esfaqueada, Carmen atira contra o amante, na versão de Leo Muscato, estreada no dia 7 de janeiro, no Teatro Del Maggio. Aqui: http://bit.ly/2AGzYbg ]

 

+++ Texto publicado no meu perfil no Facebook em 9 de janeiro de 2018

Ator, roteirista e cineasta. Co-fundador da Cia. Os Satyros e diretor executivo da SP Escola de Teatro.
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