HISTÓRIA | SP Escola de Teatro e Itaú Cultural promovem a 1ª Edição do Seminário O TEATRO DE GRUPO | Sujeito Histórico do Teatro de Grupo do Estado de São Paulo

A Adaap (Associação dos Artistas Amigos da Praça), Instituição ligada à Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo e Gestora da SP Escola de Teatro, e o Núcleo de Artes Cênicas do Itaú Cultural convidam todas, todes e todos a participarem da 1ª Edição do Seminário “O Sujeito Histórico do Teatro de Grupo do Estado de São Paulo”. O evento será online, transmitido pelo Youtube da SP Escola de Teatro e acontecerá entre os dias 22 e 27 de agosto, das 15h às 17h, com acesso gratuito. Haverá interpretação simultânea em libras.

A ação, que é realizada em parceria com o IC, busca trazer debates, discussões, compartilhar experiências e investigações acerca das múltiplas manifestações cênicas paulistas, além de evidenciar a temática. Nos encontros serão discutidos assuntos fundamentais e pouco discorridos, como a trajetória dos coletivos caiçaras, a atuação do teatro da maresia, a importância da cultura popular nos modos de representação contemporâneos e as diversas vanguardas teatrais do interior de São Paulo.

Galiana Brasil, gerente do Núcleo de Artes Cênicas do Itaú Cultural, afirma que a união entre as instituições é um marco na construção do conhecimento acerca da multiplicidade de coletivos teatrais paulistas:

“Além da quantidade, a diversidade de grupos e coletivos teatrais de SP é imensa, dar a ver aspectos desses núcleos, é uma ação de extrema relevância tanto pela lente mais eminente da memória, do mapeamento, da abertura para estudos e pesquisas quanto pela oportunidade de vermos/ouvimos esses sujeites, suas pautas e os lastros que sustentam e estruturam esses núcleos.”

Para Ivam Cabral, diretor executivo da SP Escola de Teatro, a parceria foi um passo importante na disseminação e difusão do ofício dessas companhias:

“É uma honra para Adaap poder encabeçar um projeto importantíssimo e que traz uma temática de tão grande impacto na economia e cultura do Brasil. A parceria com o Itaú Cultural para a construção do Seminário foi fundamental e muito especial, necessária para a maior organização, divulgação e propagação desses coletivos e trabalhos que precisam de mais legitimação e visibilidade. ”

O fenômeno do teatro de grupo é um dos temas centrais de pesquisa da SP, que em 2021 celebrou seus 10 anos de existência com o lançamento do livro Teatro de Grupo na Cidade de São Paulo e na Grande São Paulo: Criações Coletivas, Sentidos e Manifestações em Processos de Lutas e de Travessias. Obra que traz um importante e pioneiro registro histórico com textos de 194 coletivos da Grande São Paulo, nos quais são apresentados seus repertórios, processos criativos, métodos de trabalho, principais parcerias e visões acerca da função do teatro. Tal projeto foi realizado numa parceria da Escola com a Secretaria Municipal de Cultura, e contou com a colaboração de historiadores, pesquisadores, críticos de teatro e artistas. Sua organização foi encabeçada por grandes nomes da cena teatral brasileira, muitos dos quais estarão presentes nas reuniões do Seminário, como Ivam Cabral, Alexandre Mate, Elen Londero, Joaquim Gama e Marcio Aquiles.

Além disso, os 6 encontros contarão com a participação de artistas e especialistas nos temas que serão abordados. O assunto da primeira mesa, que acontece dia 22 de agosto (segunda-feira), será “O litoral paulista e o teatro da maresia”. Aline Prado, Luciano Draetta, Caio Martinez, Junior Brassalotti e Roberto Rosa conversarão e tirarão dúvidas a respeito do tópico, assim como os convidades, convidadas e convidados e suas respectivas temáticas nas mesas subsequentes.

Atualmente, não apenas a capital paulista, como também o interior e o litoral do Estado, possuem diversas companhias teatrais com um trabalho artístico significativo e expressivo que busca dialogar com seu entorno. Tendo isso em vista, se faz presente documentar os focos de produção cultural para que esses se fortaleçam, sejam estimulados e se inspirem uns nos outros. Tal discussão, que geralmente mantém um destaque maior nas regiões centrais, é enriquecida pelos estudos e pesquisas realizados sobre a história de coletivos com um papel crucial em regiões do interior e litoral do Estado de São Paulo.

“É de suma importância este conjunto de reflexões que trazem os grupos de teatro do estado paulista a partir de suas pesquisas, histórias e ações em suas cidades e para além delas. Assim, reforça-se a compreensão de que o teatro se fortalece pela rede, relação com os públicos e o exercício daquele músculo que não pode esmorecer, o da imaginação. O Itaú Cultural tem a honra de estar junto a esta empreitada realizando um de seus objetivos contribuindo com a capilaridade e diversidade geográfica afirmando seu compromisso com a arte, cultura e sociedade”, afirma Carlos Gomes, coordenador do Núcleo de Artes Cênicas do Itaú Cultural.

Confira abaixo a programação oficial do evento:

 

22/08 (segunda-feira) | Mesa de Abertura e Mesa 1 – O litoral paulista e o teatro da maresia

Abertura com Alexandre Mate, Ivam Cabral e Carlos Gomes (abertura)

Mesa: Aline Prado, Luciano Draetta, Caio Martinez, Junior Brassalotti e Roberto Rosa.

A mesa vai investigar as manifestações cênicas de artistas e coletivos caiçaras que apresentam seus trabalhos em espaços públicos como centros culturais, praças e praias do Estado de São Paulo.

 

23/08 (terça-feira) | Mesa 2 – A Ressignificação de Traços Regionais do Teatro e seus modos de produção contemporâneos

Fabiano Muniz, Miriam Vieira, Flávio Melo, Antonio Chapéu, André Ravasco

O objetivo da sessão é analisar e difundir festas e rituais populares que propõem formatos híbridos de representação e como os modos de produção contemporâneos teatrais se constituem

 

24/08 (quarta-feira) | Mesa 3 – O interior paulista e sua vocação para as vanguardas

Ricardo Bagge,Talita Neves, Weber Fonseca, Laís Justus Ferez, Barbara Teodosio

A região é berço de inúmeros artistas decisivos no panorama nacional, a exemplo de José Celso Martinez Corrêa (Araraquara) e Hilda Hilst (Jaú), Timothenco Wehbi (Presidente Prudente). Posteriormente, a instalação de diversas universidades nesses territórios fortaleceu interdisciplinaridades e encontros potentes que derivaram em arte.

 

25/08 (quinta-feira) | Mesa 4 – Os festivais de teatro e os intercâmbios de experiências

Tiago Munhoz, Claudio Mendel, Jorge Vermelho, Alexandre Melinsky, Raquel Rollo.

Eventos de todos os portes como o Festival Santista de Teatro (FESTA) Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto (FIT), o Festival Nacional de Teatro do Vale do Paraíba (Festivale) e o Festival Nacional de Teatro de Piracicaba (Fentepira) acontecem há décadas e movimentam a troca de saberes e experiências artísticas no interior do Estado, sendo a pauta para essa mesa de discussão.

 

26/08 (sexta-feira) | Mesa 5 – Redes, rizomas e afinidades estéticas

Tiche Vianna, Rafael Bougleux, Fernando Ávila, Marcio Aquiles, Daniele Santana, Stefany Cristiny.

A mesa discute como as conexões militantes e articulações pedagógicas de artistas independentes e coletivos em rede permitem a circulação de trabalhos e a expansão de oportunidades profissionais por meio de redes afetivas, tecnológicas ou políticas.

 

27/08 (sábado) | Mesa 6 – Fomento ao teatro em regiões metropolitanas

Míriam Fontana, Thiago Leite, Eduardo Okamoto, Paula Bittencourt e Zeca Sampaio.

O Estado também possui, fora da Grande São Paulo, inúmeras cidades de grande porte populacional, caso de Campinas, Ribeirão Preto e Sorocaba, por exemplo. A mesa irá discutir formas de potencializar as iniciativas culturais e o fomento público para o desenvolvimento artístico e econômico desses territórios.

 

Fonte: SP Escola de Teatro

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