GABRIELA MELLÃO
ENVIADA ESPECIAL A CURITIBA
Difícil não se surpreender com a sintonia entre os fragmentos do romance “Satyricon”, do romano Petrônio, que sobreviveram ao tempo e a companhia Os Satyros.
A obra escrita em 60 d.C. apresenta dois triângulos amorosos homossexuais. Além de dialogar com a temática erótica que projetou o grupo, retrata o mundo esfacelado que é caro ao grupo.
Adaptada por Evaldo Mocarzel e rebatizada de “Satyros Satyricon”, a peça estreia hoje no Festival de Curitiba e em abril, em São Paulo. “Os protagonistas do texto original agem como michês do centro da cidade”, diz o diretor Rodolfo García Vázquez.
“Seus corpos são tratados como mercadorias, algo muito contemporâneo”, acrescenta Mocarzel.
Breno da Matta, que vive o protagonista, vai mais longe: “De uma forma ou de outra, somos todos prostitutos. Fazemos concessões até no modo de nos relacionarmos”.
Vázquez faz de sua criação um projeto triplo, composto por duas instalações e um espetáculo performático.
O público primeiro faz uma espécie de tour por uma Roma contemporânea, espiando cenas insólitas, como a de um Jesus bêbado. Após a peça propriamente dita, a plateia é convidada a participar de uma festa em que os atores atuam como escravos do século 21.
“Façam o que quiserem com eles”, atiça Vázquez.
SATYROS SATYRICON
QUANDO de hoje a 31/3, às 22h30
ONDE Espaço Cênico (r. Paulo Graeser Sobrinho, 305, Curitiba)
QUANTO R$ 20 a R$ 100
CLASSIFICAÇÃO 18 anos
Fonte: Folha de S. Paulo, 29 de março de 2012
Um bom espetáculo, bela montagem estão de parabêns
e para os Críticos que diz que o Festival é uma feira livre e um dejavu, nao concordo pois “A Feira do Bago de Jaca” é um espetáculo que está estreando no Festival, atores novos porém sabem o que querem e um texto POPULAR pois esse é o nosso perfíl Artistico, somos do povo e não das pessoas….merda a todos.
Nay Dias
é isso, viva o povo e merda pra gente!
Viva!