A Associação dos Artistas Amigos da Praça (Adaap) deu início ontem, 19, ao percurso que irá culminar no segundo livro da série de publicações do Selo Lucias sobre teatro de grupo. Foram mais de 50 artistas reunidos virtualmente, representando todas as regiões administrativas do Estado de São Paulo, objeto de estudo dessa nova publicação que fará um mapeamento documental e analítico sobre a produção de centenas de coletivos do interior e do litoral.
“O primeiro volume que publicamos, Teatro de Grupo na Cidade de São Paulo e na Grande São Paulo: Criações Coletivas, Sentidos e Manifestações em Processos de Lutas e de Travessias, é um sucesso. A versão digital do livro, disponível no site da SP Escola de Teatro, já teve milhares de downloads. Trata-se de uma obra histórica para os coletivos participantes e para os pesquisadores das artes do palco. Já temos, inclusive, colaboradores nossos de outros países – Chile, Cabo Verde, Portugal, Suíça e Finlândia, por exemplo – estudando o material”, afirma Ivam Cabral, diretor executivo da instituição.
Além do livro, pretende-se consolidar uma rede que fortaleça e dê maior visibilidade aos coletivos que estão fora da capital. “Foi uma reunião muito importante para a cultura de São Paulo, com coletivos do Estado todo. Tivemos artistas de Araraquara, Assis, Barretos, Bauru, Campinas, Marília, Presidente Prudente, Registro, Santos, São José do Rio Preto, São Vicente e outras dezenas de cidades. Esse segundo livro de nossa série sobre teatro de grupo deve contribuir para a valorização da cultura caipira, da cultura caiçara, e de grupos que, muitas vezes, têm mais de 30 anos de história, porém ainda são pouco conhecidos do grande público”, atesta Marcio Aquiles, um dos organizadores.
Elen Londero, responsável pelos projetos especiais da Adaap e uma das produtoras do volume, afirma: “A rede de pesquisa para a publicação foi um atravessamento profundo do sentido de existência do projeto da SP Escola de Teatro, que nasce da reunião de coletivos teatrais. Em tempos sombrios que estamos vivendo é imprescindível que a memória seja contada e fomentada em nossos discursos políticos, éticos e estéticos”.
O grupo de trabalho que coordena a edição dos livros é formado por Alexandre Mate, Elen Londero, Ivam Cabral, Joaquim Gama e Marcio Aquiles.
Fonte: SP Escola de Teatro, 20/04/2021