Desde seu lançamento, em 2009, a SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco adota uma série de medidas e coloca em prática ações que dialogam com as necessidades do nosso planeta e contribuem para aumentar a sustentabilidade da cidade.
Entre essas iniciativas, está a adoção de várias práticas cotidianas, como a reutilização de papel sulfite; a distribuição de ecobags, squeezes e lápis feitos com madeira de reflorestamento, que pretende desencorajar aprendizes e funcionários a utilizarem sacolas e copos plásticos descartáveis e lápis convencionais, e a realização de coleta seletiva, com lixeiras localizadas em pontos estratégicos das sedes da Escola.
Para estimular a busca por maior qualidade de vida e incentivar a consciência ambiental daqueles que frequentam a Instituição, o prédio conta, ainda, com um bicicletário, situado na entrada principal da sede do Brás. Além disso, no ano passado, os antigos bebedouros, originais de 1913, foram revitalizados e receberam um selo de aprovação com nota 10 da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). Como resultado imediato, a ação contribuiu para estabelecer um espaço saudável, a economia na compra de galões de água e maior integração dos frequentadores da Escola com o espaço.
Outra preocupação que permeia as atividades da Escola é, literalmente, verde. O plantio de mudas e árvores em diversos pontos de suas sedes é prova disso. Mais do que verde, um ambiente agradável e sustentável serviu de mote para a criação do Projeto Escola Verde, cujos principais objetivos são a conscientização dos colaboradores acerca do papel da Instituição perante a sociedade e a prática de ideias para manutenção ambiental e social. Uma das ideias surgidas nos encontros do Projeto Verde já saiu do papel e, assim, foi criada, na sede do Brás, a “Sala Verde”, um espaço de convivência para funcionários e aprendizes, que conta com um canteiro com vários tipos de plantas. Para a continuidade do Projeto, bem como divulgar suas ideias, etapas e ações realizadas, foi lançado o blog Projeto Escola Verde.
A exemplo desse foco, em 2010, a Instituição participou, em parceria com a Subprefeitura da Mooca, do “Plantar a Vida”, projeto que teve uma série de ações voltadas à promoção do pensamento sustentável. Na ocasião, os aprendizes fizeram um mapeamento de 29 quadras no Brás, apontando locais para plantio de quase 300 árvores, a fim de melhorar o paisagismo da região. A iniciativa do plantio será expandida agora para a sede da Praça Roosevelt. Assim, a fachada da Instituição receberá, no próximo dia 20 de julho, um pau-ferro e um ipê. Ação que envolverá, além dos aprendizes, a comunidade do entorno.
Não é possível falar sobre sustentabilidade sem pensar nos seres que habitam a Terra, ao lado dos humanos. Ao longo dos anos, vários animais já cruzaram com a trajetória da Instituição. Dentre estes, uma carismática cadelinha permanece até hoje e já ganhou até o status de mascote da Escola.
Cacilda, como foi batizada – em homenagem à atriz Cacilda Becker –, foi encontrada e trazida por um funcionário em maio de 2010. Grávida, logo deu à luz seis filhotinhos, que, junto com ela, receberam os cuidados de um veterinário. Após a criação de um blog para adoção, os cachorrinhos ganharam carinhosas famílias, cuidadosamente selecionadas.
Pensando, ainda, que meio ambiente implica, acima de tudo, em relações humanas, no primeiro Território Cultural deste ano – evento organizado pela SP Escola de Teatro em alguns sábados do semestre –, realizado no dia 17 de março, nasceu um encontro entre aprendizes, coordenadores, formadores e direção. Longe de ser apenas uma refeição comum, o almoço coletivo, anunciado sempre pelo badalar do sino da Instituição, reúne todos no pátio para uma espécie de ritual de comunhão, cuja essência não é simplesmente dividir a comida servida, mas sim compartilhar.
Ainda nesse sentido, destacamos o Programa Kairós, um dos pilares da Instituição, pensado como um local de oportunidades para aprendizes e funcionários. Dessa forma, cerca de metade dos aprendizes matriculados nos Cursos Regulares recebem, mensalmente, uma bolsa-auxílio – chamada, aqui, de Bolsa-Oportunidade –, no valor de R$ 545,00, voltada à inclusão cultural. O mesmo Programa assegura que pelo menos cinco vagas do quadro de colaboradores da Entidade (especialmente, a recepção), dada a dificuldade de inserção no mercado de trabalho, sejam resguardadas para travestis e transexuais – ação pioneira no País.
Nesse contexto, a tecnologia é uma grande aliada e a SP Escola de Teatro não se mantém alheia aos avanços do mundo digital. Menos papel; acesso fácil e gratuito às informações; difusão do saber. Essas são algumas das ferramentas que a Escola tem apostado para a criação de um mundo mais democrático. Contamos, em nosso portal, com vários projetos, com destaque especial para a Teatropédia, uma enciclopédia virtual das artes do palco, projeto colaborativo criado em sistema Wiki, que prevê a diluição de fronteiras no teatro brasileiro. Conclamando toda a classe artística com o lema “verbetize-se!”, atualmente, a Teatropédia conta com mais de 4.500 verbetes de artistas, peças e grupos de todas as regiões.
Essas são algumas das iniciativas que demonstram a preocupação ambiental que a SP Escola de Teatro adotou ao conduzir suas atividades. Consciente de seu papel perante a sociedade, a Instituição acredita que contribuições como essas podem proporcionar mudanças não apenas em seu território, mas em todo seu entorno.