Lucas Gonzagaé um artista multifacetado. Educador Social, Produtor Executivo, Gestor Cultural e Pesquisador em Arte, Cultura e Educação, é mestre em Artes Cênicas pela Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São Paulo, com orientação de Ingrid Dormien Koudela. Trabalhou com nomes importantes da cena brasileira e internacional, como: Luís Claudio Machado, Babaya, Ivaldo Bertazzo e Francesca Della Monica, entre tantos. Também estudou violino e canto, além de teatro, no Conservatório de Tatuí.
Embora com ação importante no interior, Lucas tem feito um trabalho bastante instigador em terreno nacional, com ecos bastante significativos. Sou testemunha de vários destes feitos.
Estive com Lucas, em 2018, em Recife, no VI Congresso Internacional Sesc de Arte-Educação, realizado através da parceria entre SESC Pernambuco e a Universidade Federal de Pernambuco, onde fui seu aluno ouvinte do curso “Alegorias Pantagruélicas: o que nós fazemos com o texto?”. Neste mesmo congresso, Lucas foi responsável por um dos capítulos do livro “Ingrid Dormien Koudela – O teatro como alegoria”, no qual também tive a honra de participar, escrevendo um dos artigos.
Mas, talvez, seja o trabalho de Lucas Gonzaga na Dupla Companhia, onde é um dos fundadores, que melhor ilustra a sua trajetória artística. Além de ter encenado uma potente montagem de “Esperando Godot” – inspirada no texto homônimo de Samuel Beckett – e “Ensaio para um Adeus Inesperado”, de Sérgio Roveri, dirigiu o texto “As Três Marias”, escrito por Luís Alberto de Abreu, especialmente para sua companhia. Esta façanha não é pra poucos, não. Receber um texto inédito de um mestre é bravura que deve ser saudada.