Toda vez que listo as três coisas que mais gosto de fazer na vida, ninguém acredita. Pois agora me ocorreu contar explicando essas minhas três excentricidades. Vamos lá. No topo da lista, a coisa que mais gosto no mundo é dormir. Antes de tudo, de sexo, de comida, de tudo. Se quiserem me agradar um […]
A tia Emenegilda que fez voto de pobreza depois de descobrir que o mundo ia se acabar
Foi no dia em que eu descobri que o mundo ia se acabar que eu soube, também, que a tia Emenegilda ia fazer voto de pobreza. Ela era bem velhinha, de cabelos brancos e, por causa do sobrepeso, andava apoiada em uma bengala. Quer dizer, velhinha era o que eu pensava que ela era, porque […]
As brincadeiras dançantes na casa das Marecas
Pobre que eu era, não tinha telefone em casa, óbvio. Até porque, na minha infância, telefone era coisa de gente rica. O que, na verdade, não me impedia de receber os meus telefonemas com alguma tranquilamente. Minha casa ficava a uma quadra da delegacia da cidade e a duas do bazar do relojoeiro Fausto, casado […]
Stand by me
Não me esqueço deste dia. A gente brincava no rio do sítio do Celso Neia, devíamos ter entre sete e nove anos. Além de mim e do Celso Neia, mais uns três ou quatro coleguinhas e ele, o Mirtes. Mirtes tinha recebido este nome em homenagem à sua parteira, a dona Mirtes. Dizem que sua […]
Exagerado, eu?
Quando digo que a vida no campo é exaustiva, ninguém acredita em mim. Principalmente quando listo os meus afazeres por aqui que compreendem, além de cuidar dos nossos cães Chico e Cacilda, com vários passeios diários; os atendimentos aos pássaros, saguis, quatis, bugios, serpentes e lagartos, só para citar alguns. Porque ainda tem a Neuzinha, […]
A ceia de natal mais sustentável do mundo inteirinho
A comida sempre foi algo muito sagrado na minha família. Inclusive, sempre fizemos orações antes das refeições. Na casa do meu irmão Irineu, até hoje. Na minha infância toda era comum plantarmos o que comíamos. E minha mãe, principalmente e desde sempre, fazia escambos de serviços. A vida era bem mais solidária. Era comum ela […]
“A Arte de Encarar o Medo”, um dos melhores espetáculos do ano, segundo o Palco Paulistano
O melhor do teatro em São Paulo em 2020 na visão de José Cetra Filho. Tenho perfeita consciência que 2020 não é um ano para comemorações, por outro lado acharia muito injusto não celebrar a importância dos espetáculos realizados no primeiro trimestre do ano e também as iniciativas daqueles que bravamente enfrentaram outras linguagens para […]
Como essa bicha cresceu!
Em 1981 eu tinha 18 anos e vivia em Ribeirão Claro, interior do Paraná, e frequentava o primeiro ano do curso de Administração de Empresas na Fundação Miguel Mofarrej em Ourinhos, interior de São Paulo, cerca de 35 quilômetros da minha cidade. Nessa época eu já não era tão pobre. A minha família morava numa […]
O dia em que eu deixei de passar uma tarde com a Eartha Kitt por causa da Jurema de Ribeirão Claro
A Jurema vivia na minha cidade, Ribeirão Claro, no interior do Paraná e era freguesa da minha mãe Eunice, costureira, que fazia os vestidos mais lindos do mundo pra ela. Ninguém sabia direito quem era a Jurema, que havia aparecido na cidade apenas dizendo que queria começar uma vida nova. Muitas histórias rondavam sua vida. […]
Boca Maldita, em 1986
Ah, esse aí é o grupo Boca Maldita que fez apenas duas montagens, entre 1985 e 1986, e que acabou por causa do convite do Máscaras, que nunca produziu nada com eles, hahahaha * na foro, em sentido horário: Darson Ribeiro, Simone Klein, João Luiz Romanini, Eu, Adônis Rique e Rosana Bueno, em 1986