Programação de teatro online ganha fôlego e conquista plateias mais amplas
Transmissão ao vivo de peças na internet rompe fronteiras e forma público heterogêneo, com espectadores de vários estados do país
Gustavo Cunha
RIO — Pode não parecer, mas o que se vê é uma plateia de teatro. Em casa, reunidas à mesa da cozinha, três mulheres observam a tela do celular apoiado sobre um rolo de papel-toalha. Moradoras de Votorantim, em São Paulo, as amigas com idades entre 50 e 70 anos costumavam organizar excursões, em ônibus alugados, para conferir espetáculos na capital paulista aos fins de semana. No último mês, elas driblaram a pandemia e foram além: embarcaram rumo ao Teatro Petra Gold, no Leblon, apenas com alguns cliques no smartphone. E curtiram tanto a experiência virtualque já assistiram a duas peças transmitidas do Rio.
— Acabamos pegando gosto pela coisa. E estamos divulgando entre nossas colegas — conta a psicopedagoga Soraya Silva Rosa, de 57 anos, que aparece no vídeo abaixo.
Devagarinho, lives de teatro roubam a cena na internet. Em movimento diferente das transmissões de shows — que tiveram um boom nos primeiros meses de quarentena e depois deram uma leve esfriada —, as artes cênicas mantêm-se em curva ascendente no ambiente digital.
No Rio e em São Paulo, um número cada vez maior de teatros recebe temporadas especialmente pensadas para as câmeras, sem a presença de espectadores nas poltronas, já que os espaços continuam fechados.
— É quase cinema no palco, só que, ao contrário do cinema, onde se evita olhar para a lente, eu a busco para me comunicar com quem está em casa — conta Maitê Proença, que nesta semana estreou o solo “O pior de mim”, em que destrincha fragilidades pessoais, com transmissão do Teatro Petra Gold.
— Meu diretor (Rodrigo Portella) está em Alagoas e não o vi fisicamente em momento algum. Há quatro câmeras com as quais eu me relaciono intimamente e que precisam ser coordenadas à distância.
Junto com esse novo cenário, marcado por um aparato de fios e microfones nos tablados, vem a formação gradual de uma plateia mais ampla. Só no Projeto Teatro Já, idealizado pela atriz Ana Beatriz Nogueira no Teatro Petra Gold, cerca de dez mil ingressos foram adquiridos em julho e agosto por pessoas de diversos estados — entre as quais, 70% mulheres acima dos 55 anos. Seguem o mesmo caminho espaços como o Teatro Casa Grande, que mantém uma programação regular na web, e o Teatro Porto Seguro, em São Paulo, onde Maria Ribeiro estreia neste sábado o inédito “Pós-F”, inspirado em livro de Fernanda Young.
— Estou em pânico e, ao mesmo tempo, eufórica. É meu primeiro monólogo e vou fazer para uma plateia vazia — diz Maria, ao discorrer sobre a ausência de interação com o público, algo comumente tão caro ao ofício.
— É um jeito novo de fazer teatro. Dá medo e solidão, mas voltamos a sentir um frio na barriga. Aquele frio de quem está começando. Isso é bonito.
Em todos os endereços, agora reproduzidos em salas do aplicativo Zoom, a cena se desenha de forma tradicional: as sessões se dão em horários definidos, e as portas (ou melhor, os links) são cerradas assim que o espetáculo se inicia. Para garantir a entrada — com valores, na maior parte das vezes, a partir de R$ 10 ou mesmo R$ 20 —, é necessário comprar ingresso. Há bilhetes solidários de mais de R$ 250, para quem quiser (e puder) colaborar.
Minha casa, meu palco
Mas não é apenas sobre um palco convencional que vive o teatro on-line. Entre as quase 30 atrações em cartaz nesta semana, grande parte ganha forma nas casas de atores, em salas, quartos, quintais e até banheiros.
Em atividade há mais de 30 anos, o grupo paulistano Os Satyros sustenta a temporada teatral mais longeva deste período de isolamento. Distopia inspirada na atualidade — e interpretada por 15 atores, todos nas suas casas —, “A arte de encarar o medo” já teve mais de 40 sessões, com plateias de cem espectadores, em média.
Neste sábado, a trupe estreia outro trabalho, o inédito “Novos normais: sobre sexo e outros desejos pandêmicos”. Com elenco ainda maior — são 20 atores enquadrados na tela —, o espetáculo estabelece uma linguagem irreverente, com uso de efeitos, para se debruçar sobre questões comportamentais da ordem do dia.
— O teatro digital nos salvou. A bilheteria não é significativa, mas sobreviver a este momento não quer dizer apenas colocar comida na mesa — diz o diretor Ivam Cabral, que também pode ser visto no monólogo “Todos os sonhos do mundo”. — Há um debate sobre essas novas configurações da arte, mas acho que é a iminência da improvisação ao vivo que valida essas apresentações como teatro. Uma vez, por exemplo, a tela do meu computador deu pau, e, enquanto eu falava o texto, dei um jeito de abrir outro notebook. O bacana é manter aceso esse jogo.
A palavra jogo é levada ao pé da letra pelo elenco da Armazém Cia de Teatro. Dirigida por Paulo de Moraes, a peça “Parece loucura mas há método”, vista por pessoas em mais de 70 cidades e dez países, converte o âmbito da videoconferência em campo para duelos entre personagens shakespearianos. Cabe ao público decidir, em enquetes, quais figuras serão eliminadas da história.
Formado por atores do grupo, além de artistas convidados, como Luis Lobianco e Kelzy Ecard, o elenco se reúne, remotamente, duas horas antes de cada sessão para ensaiar o texto e promover rezas, em tom de brincadeira, para Nossa Senhora da Conexão, santa inventada por eles. Afinal, é ruim quando a rede de alguém cai.
— Recriamos virtualmente o clima descontraído dos camarins — conta Lobianco, que aumentou a velocidade da internet em casa para correr menos riscos. — Eu me apresento do escritório. Mesmo assim, já vazaram panelaços, xingamentos e comemorações de gol da vizinhança. Garanto que também existe adrenalina no teatro on-line.
‘Ida’ ao teatro está mais acessível
É difícil determinar a dimensão de uma plateia em teatros digitais. Está ok que, nas salas do Zoom, o número de participantes segue visível para qualquer um. Mas, se cem pessoas retiram ingressos para uma sessão virtual, certamente haverá mais gente do outro lado da tela. Isso porque há casais e famílias que dividem o mesmo teto e se reúnem especialmente para conferir uma montagem. Inegável dizer, portanto, que a pandemia tornou mais acessível uma “ida” ao teatro. Em certos casos, com R$ 10, é possível levar pai, mãe, avó, avô, filhos, cachorro e gato para dividir o sofá de casa diante do palco, reproduzido na tela de celulares, TVs e computadores normalmente em dois ou três ângulos. Não à toa, há quem aposte na perpetuação desse modelo quando as atividades presenciais forem retomadas.
Produtora de elenco, moradora do Leblon e frequentadora assídua de teatros, Yolanda Rodrigues já assistiu a três espetáculos nesse formato. No último fim de semana, convocou as duas filhas para ver “A lista”, com Lilia Cabral.
— Ir ao teatro exige um ritual. Normalmente, gastava-se um tempo para ir até lá e voltar. Em casa, fiz questão de fazer uma pipoca e chamar as meninas. Após a sessão, pudemos conversar e manter aquele ritual de antes — celebra.
Entre parte do público cativo — a reportagem ouviu espectadores de lugares como Tocantins, Rio, Minas Gerais, Ceará e São Paulo —, uma frase costuma se repetir: “Tudo é questão de hábito”.
É óbvio que a interação física é fator fundamental para o jogo teatral, e não há nada que a substitua. Mas há linguagens (re)inventadas na virtualidade. Junto a isso, surgem novas regras de etiqueta: abrir o áudio e o vídeo do próprio computador é algo que só se faz ao fim da sessão, na hora dos aplausos. Numa das últimas apresentações da Armazém Cia de Teatro, um descuido de alguém na plateia fez todos ouvirem um ruído de descarga sanitária.
—Eu estava num momento dramático do texto. Foi impossível não me desconcentrar — recorda Lobianco.
Programação de peças online
Abaixo, veja a lista de espetáculos transmitidos na web:
‘A arte de encarar o medo’
Texto: Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez. Direção: Rodolfo García Vázquez. Com Ivam Cabral, Eduardo Chagas, Nicole Puzzi e outros.
Num futuro distópico, pessoas tentam reconstruir histórias de uma vida anterior à pandemia.
Serviço: Sex e sáb, às 21h. Dom, às 16h. A partir de R$ 10, por meio do Sympla. 50 minutos. 16 anos. Até 27 de setembro.
‘Ausência’
Direção: Ivan Sugahara. Com Danielle Oliveira e Maria Augusta Montera.
Sem o uso da fala, a peça do grupo Cine-Teatro Físico aborda dramas e conflitos de um casal de mulheres que atravessam a pandemia em cidades diferentes.
Serviço: Sex, às 20h. Sáb, às 15h. Ingresso: contribuição solidária, mediante inscrição no Sympla. 13 minutos. Livre. Únicas apresentações.
‘Autobiografia autorizada’
Texto e atuação: Paulo Betti. Direção: Paulo Betti e Rafael Ponzi.
O espetáculo apresenta memórias de Paulo Betti a partir de textos que ele escreveu na adolescência e de artigos para o jornal “Cruzeiro do Sul”, de Sorocaba.
Serviço: Dom, às 21h30. A transmissão acontece por meio do YouTube e do Instagram. 90 minutos. 12 anos. Única apresentação.
‘Caos’
Texto: Rita Fischer. Direção: Thiago Bomilcar Braga. Com Rita Fischer e Maria Carol.
A peça passa por 15 contos sobre interferências, desconfortos, acidentes e indiferenças no Rio.
Serviço: Dom, às 18h. A partir de R$ 20, por meio do Sympla. 60 minutos. 14 anos. Até 27 de setembro.
‘Caso Cabaré Privê’
Texto: Tainá Muhringer e Felipe Aidar. Direção: Pedro Granato. Com Andressa Lelli, Bella Rodrigues, Bruna Martins e outros.
O espetáculo musical com atores do Núcleo Pequeno Ato, de São Paulo, acompanha a investigação de um assassinato num cabaré. O público é convidado a ajudar no interrogatório de suspeitos.
Serviço: Sáb, às 21h. Dom, às 20h. A partir de R$ 20. Ingressos por meio do Sympla. 90 minutos. 16 anos. Até 4 de outubro.
‘Cavalos’
Texto: Pedro Emanuel, Alexandre Paz e Nina da Costa Reis. Direção: Nina da Costa Reis. Com Alexandre Paz.
Sozinho em seu quarto, um homem tenta responder a perguntas sobre afeto e masculinidade a partir da relação com seu pai.
Serviço: Qui, às 21h. R$ 20, por meio do Sympla. 60 minutos. 16 anos. Até 24 de setembro.
‘Faça mais sobre isso’
Texto e atuação: Flávia Garrafa. Direção: Pedro Garrafa.
No monólogo de humor, uma terapeuta traz ao público suas questões pessoais e as impressões de alguns de seus pacientes.
Serviço: Dom, às 19h. A partir de R$ 40, por meio do Sympla. 60 minutos. 10 anos. Até 4 de outubro.
‘A festa de aniversário para o amigo que foi para Dublin’
Texto: Fernando Pivotto e Luan Carvalho. Direção: Fernando Pivotto. Com Alexia Twister, Bito Florz, Cezar Zabell e outros.
A performance digital convida os espectadores a participar de uma festa via Zoom, com reflexões sobre presença, morte e futuro.
Serviço: Sex e sáb, às 20h. A partir de R$ 15, por meio do Sympla. 40 minutos. 18 anos. Até 26 de setembro.
‘Fragilidade, teu nome é mulher?’
Texto: Thiane Lavrador e Júlia Mariano. Direção: Izabel Hart. Com Thiane Lavrador e Júlia Mariano.
Com sessões para seis pessoas, a peça em videochamada do WhatsApp se inspira em Shakespeare para compor um jogo entre realidade e criação.
Serviço: Sex a dom, às 18h30, às 20h e às 21h30. É preciso reservar: (11) 99992-2202. R$ 15. 30 minutos. 14 anos. Até 27 de setembro.
‘Ímpeto’
Texto e direção: Hamilton Vaz Pereira. Com Hamilton Vaz Pereira e Lena Brito.
Um artista de palco e uma espectadora ideal têm ambas as solidões conectadas: o primeiro cria fantasmas a seu redor; a outra assiste às emoções que pulam, cantam, vibram e voam. A peça é transmitida do Teatro Petra Gold, no Leblon.
Serviço: Ter, às 17h. Ingressos a R$ 10, no site do Teatro Petra Gold. 40 minutos. 16 anos. Até 29 de setembro.
‘Joana de Go’ta d’água (a seco)’
Texto: Chico Buarque e Paulo Pontes. Adaptação e direção: Rafael Gomes. Com Laila Garin.
“Medeia”, de Eurípedes, é transposta para a realidade de um conjunto habitacional do subúrbio carioca: Joana, casada com Jasão e mãe de dois filhos, é abandonada pelo marido e busca vingança.
Serviço: Sex, às 21h30. A transmissão acontece por meio do YouTube e do Instagram. 60 minutos. 14 anos. Única apresentação.
‘A lista’
Texto: Gustavo Pinheiro. Direção: Guilherme Piva. Com Lilia Cabral e Giulia Bertolli.
Impossibilitada de sair devido à pandemia do coronavírus, uma senhora solitária, moradora de Copacabana, recebe a ajuda da jovem vizinha, que passa a fazer as compras no supermercado para ela. A peça é transmitida do Teatro Petra Gold, no Leblon.
Serviço: Qui e sex, às 17h. Ingressos a R$ 10, no site do Teatro Petra Gold. 50 minutos. 12 anos. Até 25 de setembro.
‘Medeia — Tragédia digital ao vivo’
Texto: Eurípedes. Adaptação: Stephanie Degreas. Direção: Marcos Suchara. Com Gustavo Andersen, Heidi Monezzi, Marcela Gibo e outros.
Uma feiticeira vê sua vida virar do avesso após ser abandonada pelo marido e banida da cidade.
Serviço: Dom, às 19h. Seg, às 20h. A partir de R$ 10, por meio do Sympla. 60 minutos. 14 anos. Até 28 de setembro.
‘Minhas queridas’
Texto e direção: Stella Tobar. Com Marilene Grama e Simone Evaristo.
O espetáculo pincela fatos e questões importantes na vida de Clarice Lispector, a partir de cartas que a escritora trocou com as irmãs entre as décadas de 1940 e 50. A peça é transmitida do Teatro Bibi Ferreira (SP).
Serviço: Sáb, às 18h30. R$ 20, por meio do Sympla. 60 minutos. 14 anos. Única apresentação.
‘Novos normais: sobre sexo e outros desejos pandêmicos’
Texto: Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez. Direção: Rodolfo García Vázquez. Com Alessandra Nassi, Alex de Felix, Alex de Jesus e outros.
O espetáculo do grupo Os Satyros aborda os desafios do mundo atual durante a pandemia, em especial no que tange a sentimentos represados e carências de afeto e contato físico.
Serviço: Sáb e dom, às 18h. A partir de R$ 5, por meio do Sympla. 60 minutos. 18 anos. Até 26 de outubro.
‘Onde estão as mãos, esta noite’
Texto: Juliana Leite. Direção: Moacir Chaves. Com Karen Coelho.
Isolada em casa, uma mulher experimenta pequenos acontecimentos que confirmam sua fragilidade. A peça integra a agenda do Casa Grande.
Serviço: Sáb, às 20h. Dom, às 18h. A partir de R$ 20, por meio do Sympla. 35 minutos. Livre. Até 20 de setembro.
‘Para não morrer’
Texto: Francisco Mallmann (a partir da obra “Mulheres”, de Eduardo Galeano). Direção e atuação: Nena Inoue.
A trama aborda questões feministas a partir de histórias de mulheres da América Latina. O espetáculo venceu o Prêmio Shell 2019 (RJ) de melhor atriz.
Serviço: Sex e sáb, às 20h. Ingressos mediante inscrição no Sympla. 60 minutos. 14 anos. Até 12 de setembro.
‘Paranoia’
Texto: Roberto Piva. Direção e atuação: Marcelo Drummond.
O espetáculo traz à tona versos do livro homônimo do poeta paulistano Roberto Piva, abordando o subterrâneo homoerótico da maior metrópole brasileira. A peça é transmitida do Teatro Oficina (SP).
Serviço: Sáb, às 22h. A partir de R$ 10, no Sympla. 150 minutos. 16 anos. Única apresentação.
‘Parece loucura mas há método’
Texto: Paulo de Moraes e Jopa Moraes. Direção: Paulo de Moraes. Com Charles Fricks, Luis Lobianco e outros.
Nove personalidades shakespearianas se enfrentam numa arena de ideias: cabe ao público decidir quem vencerá os duelos.
Serviço: Sex e sáb, às 20h. Dom, às 18h. A partir de R$ 10, por meio do Sympla. 70 minutos. 12 anos. Até 27 de setembro.
‘O pior de mim’
Texto e atuação: Rodrigo Portella. Com Maitê Proença.
Em cena, a atriz traz à tona momentos e características pessoais que sempre manteve discretos, num ensaio sobre as fragilidades a que todos estão submetidos. O espetáculo é transmitido do Teatro Petra Gold.
Serviço: Qua, às 17h. Ingressos a R$ 10, no site do Teatro Petra Gold. 50 minutos. 14 anos. Até 30 de setembro.
‘Pós-F’
Texto: Fernanda Young. Direção: Mika Lins. Com Maria Ribeiro.
Adaptação do livro “Pós-F”, a peça aborda os significados do que é ser homem e mulher hoje. O espetáculo é transmitido do Teatro Porto Seguro, em São Paulo.
Serviço: Sáb e dom, às 20h. A partir de R$ 20, por meio do site Tudus. 50 minutos. 16 anos. Até 4 de outubro.
‘Paulo Freire, o andarilho da utopia’
Texto: Junio Santos. Direção: Luiz Antônio Rocha. Com Richard Riguetti.
A peça recompõe a trajetória e os causos de Paulo Freire, um notável pensador da educação.
Serviço: Sáb, às 21h. Dom, às 16h. A partir de R$ 25, por meio do Sympla. 80 minutos. 12 anos. Até 27 de setembro.
‘O peso do pássaro morto’
Texto: Aline Bei. Direção: Nelson Baskerville. Com Helena Cerello.
Adaptação do livro homônimo, a trama acompanha a vida de uma mulher dos 8 aos 52 anos, da simplicidade cotidiana a tragédias.
Serviço: Sáb e dom, às 16h. A partir de R$ 20, por meio do Sympla. 75 minutos. 16 anos. Até 27 de setembro.
‘Riobaldo’
Texto: Guimarães Rosa. Adaptação e atuação: Gilson de Barros. Direção: Amir Haddad.
Adaptação do livro “Grande sertão: veredas”, a peça acompanha o ex-jagunço Riobaldo, hoje fazendeiro, em lembranças de sua vida e mulheres que determinaram sua trajetória: Diadorim, Nhorinhá e Otacília.
Serviço: Dom, às 16h. A partir de R$ 20, por meio do Sympla. 70 minutos. 16 anos. Até 13 de dezembro.
‘Sermão da Quarta-Feira de Cinza’
Texto: Padre Antônio Vieira. Direção e atuação: Pedro Paulo Rangel.
O espetáculo reproduz trechos do célebre texto escrito no final do século XVII, numa abordagem sobre a fragilidade e a insignificância do ser humano. A peça é transmitida do Casa Grande, no Leblon.
Serviço: Qui e sex, às 20h. A partir de R$ 25, por meio do Sympla. 50 minutos. Livre. Até 18 de setembro.
‘Todos os sonhos do mundo’
Texto: Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez. Direção: Rodolfo García Vázquez. Com Ivam Cabral.
Inspirado no livro “O demônio do meio-dia — Uma anatomia da depressão”, de Andrew Solomon, o espetáculo cruza textos de Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector e Fernando Pessoa para refletir sobre a depressão.
Serviço: Dom, às 20h. Seg, às 21h. Ingressos grátis ou a partir de R$ 10, por meio do Sympla. 60 minutos. Livre. Até dezembro.
Fonte: O Globo
+++ Na foto, Ivam Cabral, do grupo Os Satyros, encena a peça ‘Todos os sonhos do mundo’ diante do computador, em montagem de teatro digital Foto: Priscila Couto