Não, não podíamos parar! Somos mais de uma centena de artistas e a maioria sempre dependeu única e exclusivamente deste trabalho.
Então, o volume de trabalho não foi nada diferente do que tínhamos em território físico. Apenas deixamos as nossas sedes na Praça Roosevelt fechadas (não esquecemos do Cine Bijou, que está pronto para ser inaugurado) e migramos para a internet. E foi uma grande aventura.
Neste 2020 maluco, inauguramos o Espaço Digital dos Satyros e realizamos:
— 91 apresentações da versão nacional de “A Arte de Encarar o Medo”;
— 13 sessões de “The Art of Facing Fear”, versão norte-americana;
— 13 sessões da versão afro-europeia de “The Art of Facing Fear”;
— 32 sessões de “Novos Normais: Sobre Sexo e Outros Desejos Pandêmicos”;
— 75 apresentações de “Todos os Sonhos do Mundo”, em modo digital, e 12 de maneira convencional;
— 295 apresentações de espetáculos e mais 100 sessões de cinema, no Festival Satyrianas;
— 12 leituras dramáticas no projeto “Dramaturgias em Pandemia”, com a Editora Giostri;
— Abertura, em 4 sessões, de nossa sala de ensaios de “1991 ou a Imperfeição do Amor”, dentro do projeto “Ruínas e Construções”.
Também fomos trabalhar com Shakespeare, em “MacBeth”, em parceria com o Royal Conservatoire, de Birmingham, no Reino Unido.
E, nos últimos três meses, ensaiamos toda noite nosso novo espetáculo, com o título provisório de “Projeto Distopias”, que estreará no final de janeiro.
No Brasil, “A Arte de Encarar o Medo” está indicada ao Prêmio Arcanjo de Cultura – que também nomeou nosso Festival Satyrianas – e foi eleita como destaque nas categorias espetáculo e direção pelo site Observatório do Teatro.
Pela versão afro-europeia de “The Art of Facing Fear”, ganhamos dois prêmios internacionais, diretamente da Índia: melhor espetáculo e melhor elenco, no The Good The@tre Festival.
A versão estadunidense da peça recebeu seis indicações ao BroadwayWorld Los Angeles Awards, que elegeu os melhores espetáculos da década, incluindo de melhor espetáculo da década, elenco da década e direção da década para Rodolfo García Vázquez.
Este 2020 também solidificou a parceria dos Satyros com o grupo sueco Darling Desperados, através das atrizes e produtoras Ulrika Malmgren e Katta Pålsson.
A partir deste encontro, consolidou-se uma grande rede internacional de produção, que foi responsável pelas versões internacionais de “A Arte de Encarar o Medo”.
Esta rede, que atuou em nossas montagens internacionais, foi composta por: Cie Kaddu (Senegal), Crown Troupe of Africa (Nigeria), Oddmanout Theatre Company (Inglaterra), Centro Cultural Português do Mindelo (Cabo Verde), Tell-a-Tale Productions (Nigéria), The Market Theatre Laboratory (África do Sul), The Kwasha! Theatre Company (África do Sul), Village Gossip Productions (África do Sul), Company of Angel (EUA) e Conservatoire of Birmingham (Reino Unido).