Lenise Pinheiro acaba de lançar pela Edições Sesc o livro “Festival de Curitiba”, uma celebração dos trinta anos do festival mais importante do Brasil.
O livro apresenta centenas de imagens, destacando o melhor da produção teatral das últimas três décadas e abrange uma ampla variedade de produções, desde as grandes montagens até as mais experimentais, oferecendo um retrato sincero e honesto da cena teatral produzida nesse período.
Lenise convidou algumas personalidades para contribuir com pequenos textos e eu tive a honra de ser um deles. No entanto, ao revisar meu texto, percebo que fui insensível. Escrevi com uma perspectiva ampla, restringindo minha reflexão a um mero contexto histórico, sem reconhecer devidamente a magnitude do olhar criativo de Lenise, que capturou tudo o que acontecia na cena brasileira ao longo de quase cinco décadas – sim, seus primeiros cliques datam dos anos 1980. Deveria ter usado esse espaço para enaltecer não apenas a existência do festival de Curitiba, mas também o olhar visionário de Lenise, que sempre esteve no centro dessa cena, não como mera observadora, mas como figura criadora central e primordial.
Minha surpresa, porém, veio nas primeiras páginas deste trabalho fabuloso. Lenise dedica a obra a nove pessoas, sete mulheres e dois homens, e sou um desses homenageados. É aliado que se diz, não é?
Viva Lenise, viva o Festival de Curitiba, viva o teatro brasileiro!