Grupo Satyros foca na atemporalidade de sua Satyrianas ao anunciar retorno de festival com atrações internacionais

Primeira edição híbrida do festival marca retorno do evento à Praça Roosevelt

É sintomático que, numa alusão direta à obra de Agenor de Miranda Araújo Neto (1958-1990), o Cazuza, o grupo Os Satyros tenha escolhido dar o título de Onde o Tempo não Pára para a 12ª edição de seu festival Satyrianas, em cartaz a partir de amanhã, 02, na Praça Roosevelt.

Gravada por Cazuza no derradeiro álbum homônimo de 1988 e composta em parceria com Arnaldo Brandão, O Tempo não Para dá o tom da retomada presencial do Festival que, neste 2021, celebrará a arte enquanto forma de manifesto político e valoriza a resistência como um movimento cultural legítimo.

Nesta primeira edição híbrida, 385 atrações estão confirmadas, entre produções de âmbito nacional (localizadas em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Santa Catarina, Paraná, Tocantins, Goiás e Maranhão) e internacional (países como Alemanha, França, Índia, Itália, México e Suécia).

Em números, a companhia mantida por Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez enfileirará 252 atrações presenciais e outras 133 em âmbito digital. Confira abaixo os desdobramentos do Festival, que acontece de 02 a 05 de dezembro:

DramaMix – anualmente a Satyrianas convida dramaturgos, roteiristas, atores, jornalistas e pessoas de variadas áreas para transformarem suas inquietações em dramaturgia. O resultado desta provocação é apresentado por artistas de diversas linguagens, em experimentos cênicos com duração máxima de 30 minutos. Um dos projetos mais antigos do festival, completa 15 anos de existência em 2021. Neste ano, serão mais de 40 textos.

Teatro Adulto e Teatro Satyrianinhas – curadoria e apresentação de espetáculos teatrais adultos e infantis.

PeforMix – curadoria e apresentação de performances em espaços fechados e abertos.

DançaMix – curadoria de atividades voltadas à dança, com apresentações em espaço físico, digital, videodança e debate.

Conexões Internacionais – curadoria e apresentação de espetáculos, performances e shows internacionais.

SatyriBlack – curadoria e apresentação de diversas atrações, apresentações artísticas e debates que refletem a representatividade preta nas artes e na cultura.

Satyricine – programação de cinema do Festival, que contará com mais de 50 filmes (curtas, médias e longas) disponibilizadas ao longo dos quatro dias do evento.

Premiação Festival Satyricine Bijou – será realizada a cerimônia de premiação do Festival Satyricine Bijou, que aconteceu em outubro deste ano na sala Cine Bijou. Os vencedores do festival serão agraciados com troféus criados pela artista plástica Maria Bonomi.

SatyriSom – curadoria e apresentação de shows e apresentações musicais em plataformas digitais e em espaços físicos.

SatyriTrans – curadoria e apresentação de atividades e debates acerca da representatividade dos corpos trans nas artes e na cultura.

Fotomix – coletivo Fotomix, parceiro antigo do Festival, que sempre documentou fotograficamente as Satyrianas.

PodcastMix – autores escrevem séries, com curtos episódios, para serem interpretadas em forma de áudio, flertando com o que um dia foi a radionovela, ou uma websérie em áudio.

Show de Boate – todo ano, durante as madrugadas, acontece o show de variedades das Satyrianas, com performance, números de Drag Queens e música.

PapoMix e Lives – programação de debates, palestras e lives ao longo do Festival.

Olhares – curso sobre crítica teatral ministrado por Amilton de Azevedo em parceria com a SP Escola de Teatro, dias antes da realização do Festival. Os alunos terão a chance de experimentar escrevendo críticas das atrações do Festival.

SatyriBichos – projeto que evoca reflexão sobre a proteção animal, sob curadoria da atriz e ativista Julia Bobrow, que contará com 3 bate-papos com diferentes entidades de proteção, além de uma exposição de fotografias.

Cia Base – Cia de dança contemporânea que estuda e pesquisa o corpo em gravidades e estruturas verticais diversas, apresentará a sua dança vertical no paredão da SP Escola de Teatro.

Fonte: Observatório do Teatro

Ator, roteirista e cineasta. Co-fundador da Cia. Os Satyros e diretor executivo da SP Escola de Teatro.
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