“No dia 13 de fevereiro de 1989, uma segunda-feira, num ônibus da viação Garcia que saiu de Curitiba às 13h, eu cheguei em São Paulo e encontrei uma cidade chorosa pela garoa fina que caia, insistente. Era a terceira ou quarta vez que vinha para São Paulo, e o único contato real que eu tinha na cidade era com o Márcio Ribeiro, o Marcinho, um amigo querido que eu tinha conhecido em Curitiba e que vivia na Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte. Fiquei na casa dele por uns dias, provisoriamente.
Dias depois já estava instalado numa pensão na Liberdade e fui à Escola de Comunicações e Arte, da USP, obter informações sobre cursos de pós-graduação. Encontrei um anúncio que buscava atores. No dia 24 de fevereiro, aniversário do meu irmão Cláudio, eu estava na rua Rui Barbosa, no número 313, respondendo ao tal anúncio. Conheci o Rodolfo García Vázquez neste dia, uma sexta-feira.
No dia 27 de fevereiro deste mesmo 1989, véspera do aniversário do meu irmão Dimi, uma segunda-feira, eu recebi uma ligação dizendo que às 19h começariam os ensaios de “Um Qorpo Santo” e eu seria dirigido pelo Rodolfo.”
Fonte: “Cia. de Teatro Os Satyros – Um Palco Visceral”, de Alberto Guzik, Coleção Aplauso, Imprensa Oficial do Estado de S. Paulo, 2006