Partindo do estudo do Dadaísmo, movimento vanguardista do início do século XX, a companhia de teatro Os Satyros estreia neste sábado, 11, o espetáculo Cabaret Dada, terceira e última parte da Trilogia Cabaret, que teve início em 2011 com o espetáculo “Cabaret Stravaganza“, e foi continuada em 2016, com “Cabaret Fucô”.
Cabaret Dada é a 15ª criação da companhia desde o início da pandemia, com direção de Rodolfo García Vázquez e texto dele e de Ivam Cabral, os artistas se debruçaram durante o processo no movimento vanguardista do início do século XX, e suas relações na sociedade atual, diante de uma pandemia e graves crises políticas, fazendo uma conexão entre a vida dos artistas de hoje com a dos artistas daquele período.
No espetáculo digital e ao vivo, obras de arte ganham vida própria, marionetes controlam e são controladas, cabeças se revoltam, corpo e palavra se ressignificam.
“Cabaré Voltaire foi um espaço de resistência de artistas em Zurique, na Suíça, nas primeiras décadas do século XX, após a sofrida primeira guerra mundial e enfrentavam a epidemia da gripe espanhola, que matou milhões de pessoas pelo mundo todo. Nesse cenário, essas pessoas tentavam dar algum sentido ao futuro e às próprias vidas. Cem anos depois, os artistas se defrontam com graves crises políticas, revoluções sociais, enfrentamentos e uma grande pandemia que também está isolando e matando muito. Nós decidimos fazer uma correlação entre a vida que estamos levando hoje, como artistas, e a vida que os artistas levavam há cem anos. O princípio básico do espetáculo é esse – o que nos une aos dadaístas e o que nos separa deles, e quais são os desafios de fazer a arte no momento tão difícil.”, explica Rodolfo García Vázquez.
O dadaísmo é considerado a mais radical das vanguardas artísticas do século XX. O movimento dadaísta – ou dadá – tinha a ruptura como meta e “a destruição também é criação” como lema. A proposta dadaísta relaciona-se ao fim da estética, ou seja, à desvinculação da produção artística com aquilo que até então se entendia como arte. A proposta era a negação de todas as regras e de todas as tradições.
A palavra “Dadá” significa nada – e, portanto, pode também significar tudo.
A destruição causada pela Primeira Guerra Mundial foi o motor principal para o movimento. Os artistas dadaístas franceses e alemães exilaram-se na Suíça, por não concordarem com o posicionamento de seus países de origem durante a guerra, e levaram para a arte esse protesto contra uma cultura e uma civilização incapazes de evitar o aniquilamento massivo, a desgraça e a ruína. A arte, portanto, deveria negar os valores vigentes, levantar a bandeira do absurdo e chocar, escandalizar, já que a ruína da guerra não parecia chocante o suficiente para que os governantes europeus cessassem fogo.
ESTREIA: 11 de setembro (sábado), às 18h
INGRESSOS GRATUITOS
ONDE RETIRAR E ASSISTIR: www.sympla.com.br/espacodigitaldossatyros
HORÁRIOS: sábados e domingos, às 18h e segundas às 21h /
GÊNERO: comédia
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 anos
DURAÇÃO: 70 min
TEMPORADA: até 31 de outubro
FICHA TÉCNICA
Dramaturgia: Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez
Diretor: Rodolfo García Vázquez
Atuantes: Alessandra Nassi, Alex de Felix, Anna Kuller, André Lu, Beatriz Medina, Bruno de Paula, Cristian Silva, Dominique Brand, Elisa Barboza, Felipe Estevão, Guilherme Andrade, Heyde Sayama, Ícaro Gimenes, Ingrid Soares, Julia Francez, Karina Bastos, Luis Holiver, Vitor Lins
Participação em Vídeo: Roberto Francisco
Assistente de Direção: Elisa Barboza
Diretora de Arte: Adriana Vaz
Assistente de Direção de Arte: Letícia Gomide
Produtor Geral: Silvio Eduardo
Produtora Executiva: Maiara Cicutt
Social Media: Isabella Garcia
Designer: Diego Ribeiro
Produção de Vídeos: Maiara Cicutt
Fotografia: André Stefano
Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany
