Dimenstein, Eduardo Saron e um mundo que pode ser reinventado

Estive ontem, sábado (24/1), no auditório do Museu de Arte Contemporânea – MAM, na  entrega do Prêmio Cidadão SP, promovido pelo jornalista Gilberto Dimenstein. Tenho imenso carinho por este prêmio. Em 2017, pela nossa atuação na Praça Roosevelt – ao lado de Rodolfo García, Hugo Possolo e Raul Barretto –, fui um dos premiados.

O grande homenageado da tarde de ontem foi um de nossos conselheiros da Adaap – a Associação dos Artistas Amigos da Praça, que gere o projeto da SP Escola de Teatro –, meu amigo Eduardo Saron, que é também diretor do Itaú Cultural e uma das grandes vozes da cultura no Brasil, nos últimos muitos anos.

Foi uma cerimônia emocionante. Não apenas porque fomos sendo apresentados aos trabalhos de tantos cidadãos brilhantes que vêm lutando para a construção de um mundo mais solidário e menos desigual; mas também porque estávamos com Gilberto Dimenstein, esse meu amigo querido e responsável por momentos importantes da minha vida.

O que pouca gente sabe é que o Gilberto, além de ser meu guru mais brilhante, está no DNA de projetos importantes da minha vida e de tudo o que aconteceu com a Praça Roosevelt, desde que Os Satyros chegou por ali. Talvez o maior deles, a criação e estruturação da SP Escola de Teatro.

Lá atrás, início dos anos 2000, antes de tudo mesmo, Gilberto já nos acompanhava para nos ratificar que, sim, tudo se tornaria possível e que a força do trabalho seria nossa única saída.

Tenho dito que sou um cara sortudo. A vida me colocou próximo de pessoas que não estão por aqui de brincadeira, que estão comprometidas com a criação não apenas de um lugar possível, mas de um mundo com mais acessos e muito menos desigualdades.

E, com o Saron, ao final da cerimônia, saí com a certeza de que é o meu dever continuar lutando para que a solidariedade se estabeleça entre nós, moradores deste planeta tão maluco. É que em sua fala de agradecimento, Saron deixou claro a sua preocupação, especialmente, com a diversidade e a democracia, tão ameaçada nos últimos tempos.

E para deixar a tarde mais agradável, ainda assisti à cerimônia ao lado do querido Evaristo Martins de Azevedo, outra voz importante da cultura brasileira. Crítico de arte e militante dos direitos humanos, Evaristo tem feito um bem enorme a este mundão de Deus.

 

Conheça os vencedores deste ano do Prêmio Cidadão SP

Ator, roteirista e cineasta. Co-fundador da Cia. Os Satyros e diretor executivo da SP Escola de Teatro.
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