Então, hoje eu almoço com o Lauro César Muniz e nosso amigo carioca, Mário Medeiros. Na saída, 16h. mais ou menos, Mário vai ao banheiro enquanto eu e Lauro vamos aguardá-lo na calçada em frente ao restaurante.
Um grupo de 15 adolescentes, aproximadamente, vem subindo em nossa direção. Parece um pequeno exército; falam alto, enquanto gritam umas frases incompreensíveis. Ao passar por nós, obrigam-nos a dar passagem a eles, fazendo com que a gente saia de nossos lugares.
Um rapaz, 18 ou 19 anos grita:
– Eu quero uma televisão!
– Eu vou trazer um computador, anuncia um outro.
É uma menina baixinha, cabelos curtos e bem encaracolados que anuncia:
– Hoje eu tô precisando de uma chapinha.
E desaparecem aos gritos e com muita animação.