Então, se o que o mestre Ivam Cabral levou ao palco dos Satyros ontem em mais uma etapa da tal “abertura de processo” tinha a pretensão de fornecer uma resposta objetiva a essa pergunta, eu realmente não sei.
Num monólogo intimista sobre a insustentável leveza da passagem por sua vida de Chico e Cacilda, mezzo humanos, mezzo caninos, o a(u)tor se aproxima da plateia, literal e figurativamente, e fica ao alcance da mão e do sentimento. Claro, o tanto que conseguimos enxergar dele é também o que ele é capaz de enxergar da gente.
A convergência com a obra de Nastassja Martin – sim, o “Escute as Feras” que nunca li, mas já vi inspirar outra peça – confere a essa narrativa, que de outra forma seria banal, uma transcendência que eu mesmo, já com alguns cachorros no currículo, nunca havia conscientemente me dado conta.
Pois então, se me permitem, acho que sei de quanto amor precisa uma pessoa: de todo. Todo o amor. Todo!
FONTE: @verossimil