GUIA DA FOLHA | Conheça seis lugares de SP que fizeram parte da história de Zé Celso

Dramaturgo mantinha relação íntima com o centro, que acreditava ser essencial para sua arte

Bruno Cavalcanti
SÃO PAULO

O diretor José Celso Martinez Corrêa, morto na manhã desta quinta-feira, 6, nasceu na cidade interiorana de Araraquara, mas fez sua carreira e sua vida na capital paulista. Ao longo de mais de 85 anos de vida, o diretor e dramaturgo estabeleceu relações intensas com a cidade, em especial com a região central.

Conheça, abaixo, seis lugares que fizeram parte da história e cotidiano de Zé Celso e que podem ser visitadas pelo público em São Paulo.


Faculdade de Direito do Largo São Francisco
O diretor se formou em direito na Universidade de São Paulo, mas nunca exerceu a profissão. Em seu currículo, o artista gostava de salientar que a passagem pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco lhe deu algo mais importante do que o diploma: sua relação com o ator e também diretor Renato Borghi. Juntos, fundaram o Oficina. O espaço é aberto para a visita do público.
Largo São Francisco, 95, Centro. Visitação das 10h às 18h

 

Praça Roosevelt
Embora não tenha produzido suas peças no circuito de teatro alternativo de São Paulo que se tornou a Praça Franklin Roosevelt, Zé Celso tinha uma relação especial com o endereço graças às muitas homenagens que o grupo Os Satyros, encabeçado por Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez, lhe prestou. Tido como o papa do teatro paulistano, Zé Celso era considerado o patrono do festival Satyrianas, que acontece anualmente na praça. O endereço conta com bares, restaurantes e teatros como o Espaço Parlapatões, o Espaço Satyros e a SP Escola de Teatro, que têm programação regular.
Pça. Roosevelt, República

 

Parque Augusta
Embora seu desejo fosse o de transformar os arredores do Oficina em um grande parque, o diretor foi um dos principais defensores de que a Rua Augusta tivesse um parque para chamar de seu. Apaixonado pelo Centro da cidade, Zé Celso acreditava no poder de uma programação constante para reavivar o centro da cidade, e, para isso, um parque seria essencial. O diretor foi um dos primeiros convidados a inaugurar o espaço em 2021. O espaço permanece aberto das 10h às 21h.
R. Augusta, 200, Consolação

 

Teatro Ruth Escobar
Embora o Teatro Ruth Escobar tenha se tornado um espaço para abrigar comédias populares de pouco apelo artístico, mas com ênfase comercial, foi neste endereço que Zé Celso fez uma de suas obras mais icônicas. O musical “Roda Viva”, de Chico Buarque de Hollanda, cumpriu temporada no espaço em 1968 e entrou para a história quando um grupo autointitulado Comando de Caça aos Comunistas invadiu o espaço e agrediu os atores, entre eles Marília Pêra e Zezé Motta. Quem quiser visitar o espaço pode se aventurar pela programação regular.
R. dos Ingleses, 209, Morro dos Ingleses

 

Luna Di Capri
A clássica cantina italiana era um dos restaurantes favoritos do dramaturgo. Embora já não frequentasse o espaço há alguns anos, o diretor tinha preferência pelo espaço porque ficava no centro da cidade e próximo ao Oficina. O horário de funcionamento foi reduzido após a pandemia de Covid-19, permanecendo aberto das 19h à meia-noite.
R. Martinho Prado, 187, Bela Vista

 

Teatro Oficina
Por fim, claro, o Teatro Oficina Uzyna Uzona, casa do dramaturgo que ajudou a revolucionar o teatro paulistano e, mesmo hoje, segue como um espaço ativo e importante para manter viva a vida no centro de São Paulo. Localizado no Bixiga, o espaço deve passar por um período de suspensão pela morte do diretor, mas mantém uma programação regular com montagens inéditas e algumas obras de repertório.
R. Jaceguai, 520, Bela Vista. Provisoriamente fechado

 

Fonte: Guia da Folha

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