por Katia Rangel Katia Rangel
No sábado, dia 15 de julho, serão comemoradas as “Memórias do Cine Bijou”, que já estão presentes há seis décadas. O evento acontecerá na Praça Roosevelt em São Paulo e contará com o lançamento do livro com o mesmo nome, escrito por Marcio Aquiles.
O autor afirma que o pequeno cinema, fundado pelo aventureiro judeu-argentino Jaime Schvarzman Rotbard em 1962, foi o primeiro cinema comercial no Brasil a exibir filmes de arte de grandes diretores como Eisenstein, Kurosawa, Bergman, Buñuel e muitos outros.
Atualmente, o Cine Bijou é administrado por Ivam Cabral e Rodolfo Garcia Vázquez, membros do grupo teatral “Satyros”. Além da sala de cinema, eles também dirigem uma escola de artes cênicas e um pequeno teatro.
Ao invés de exibir filmes clássicos do cinema de arte do passado como antigamente, o Cine Bijou agora exibe filmes independentes brasileiros e promove debates com os cineastas após as sessões.
Um dos pontos altos desse projeto foi a exibição do famoso filme “A Hora e Vez de Augusto Matraga” em maio deste ano. O evento atraiu uma grande quantidade de espectadores e contou com a presença do compositor Geraldo Vandré.
O livro “Memórias do Cine Bijou”, escrito por Marcio Aquiles, é composto por 19 relatos de pessoas que frequentaram o cinema ao longo dos anos, além de trazer um texto intrigante intitulado “Pesquisa em Deriva”.
A publicação também inclui pequenos artigos com títulos interessantes como “O Brilho do Cine Bijou” e “Um Ícone da Sétima Arte”, além de listar vários filmes exibidos na sala e contar com um dossiê fotográfico.
Entre os depoimentos apresentados no livro, destaca-se o do jornalista Jeferson del Rio, que oferece respostas consistentes às perguntas formuladas por Marcio Aquiles.
Outros nomes importantes que contribuíram para a história do Cine Bijou são Mauricio Paroni de Castro, Luiza Rotbart, Adriana Coelho de Moura, Marcelo Coelho, Mário Viana e muitos outros.
O livro também traz depoimentos de figuras importantes da cena cultural paulistana como Helena Ignez, Marcelo Rubens Paiva, Marília Gabriela e Ubiratan Brasil.
As perguntas feitas por Marcio Aquiles giram em torno dos filmes que marcaram as memórias afetivas dos entrevistados, da resistência artística e política durante a ditadura militar e das tentativas bem-sucedidas dos menores de 18 anos de assistir a filmes proibidos para sua faixa etária.
Por fim, no texto “Pesquisa em Deriva”, Marcio Aquiles conta parte da história do fundador do Cine Bijou, Jaime Schvarzman Rotbard.