Mais uma primavera, mais uma Satyrianas. De sexta (11/11) a terça (15), muitas emoções circularam pela Praça Roosevelt e por vários outros espaços da cidade de São Paulo e do Brasil afora, além de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, que também recebeu atrações do Festival. Com o tema “Você tem fome de quê?”, foram – nesta edição e especialmente – mais de 100 horas ininterruptas de alegria e de muita reflexão.
As Satyrianas, que chegou à sua 23ª edição, já foi reconhecida com os prêmios Shell, APCA, Aplauso Brasil e Arcanjo de Cultura, além de constar no Calendário Oficial do Estado de São Paulo – Lei 13.750 de autoria do deputado estadual Carlos Giannazi – e no Calendário Oficial de Eventos da Cidade de São Paulo – Lei 17.757, a partir de proposta do vereador Celso Giannazi.
No 33º aniversário dos Satyros, a festa deste ano teve um caráter excepcional, voltando ao modo físico depois de duas edições sendo apresentada em formato digital – embora a edição do ano passado tenha acontecido em modo híbrido, entre apresentações físicas e digitais.
Em sua 23ª edição, muito teatro, música, literatura, performance, dança e cinema. O Festival teve sua abertura na sexta-feira com uma cerimônia no Cine Satyros Bijou – Sala Patricia Pilar, que contou com a presença de artistas e autoridades, culminando na exibição comemorativa de 10 anos do longa-metragem “Satyrianas – 78 Horas em 78 Minutos”.
As Satyrianas deste ano não tiveram as tradicionais tendas que sempre acolheram parte de sua programação na Praça Roosevelt. A aposta recaiu sobre os teatros da região. Além dos espaços dos Satyros, muitas atrações aconteceram no Espaço Parlapatões, Teatro Heleny Guariba, Centro de Referência da Dança da Cidade de São Paulo, Parque Augusta, SP Escola de Teatro, Teatro Giostri, Pequeno Ato, Teatro de Garagem, O Candeeiro Bar, Presidenta – Bar e Espaço Cultural e, claro, na própria Praça.
Embora o tempo ainda pedisse bastante cautela – afinal, estamos no meio de uma grande pandemia –, o evento ocorreu com sucesso. A palavra mais pensada pela coordenação e integrantes do Satyros foi alteridade, “a qualidade de perceber o outro, a si mesmo ou o próprio grupo social, não como o padrão, mas também como o outro”.
Todavia, embora o desejo de retornar ao mundo físico fosse forte, as Satyrianas não quiseram perder a característica que sempre as motivaram: o diálogo com a pólis. Desta forma, a festa ecoou em teatros de outros lugares, mundo afora.
12 estados brasileiros estiveram presentes: São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Amazonas, Santa Catarina, Paraná, Pernambuco, Espírito Santo e Paraíba.
Cerca de 45 mil pessoas lotaram as mais de 400 atrações, realizadas por centenas de artistas.
No encerramento do evento aconteceu o projeto Satyritrans, com apresentação de artistas importantes da cena queer brasileira, como Marcia Dailyn, Gretta Starr, Athena Joy, Kylie Hickmann, Adriana Silva, Paty Dellii e Ingrid Soares. Também foram reveladas as personalidades Satyrianas 2022, que neste ano foram concedidas aos atores Gustavo Ferreira e Sabrina Denobile.
As Satyrianas 2022, realizada pela Cia. de Teatro Os Satyros, contou com os apoios da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, ADAAP – Associação dos Artistas Amigos da Praça, Giostri, Secretaria do Verde e do Meio Ambiente do Município de São Paulo, Gambiarra a Festa, A Vida no Centro, Secretaria de Esportes e Lazer da Cidade de São Paulo, Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania da Cidade de São Paulo, Coordenação de Políticas Públicas LGBTI, Projeto Mexa-se, Família Mancini, CRD – Centro de Referência da Dança da Cidade de São Paulo, IPACE, XadrezGigante, Coletivo Fotomix, Espaço Parlapatões, Parque Augusta, Presidenta – Bar e Espaço Cultural, O Candeeiro Bar e SP Escola de Teatro.
