Alunos d’Os Satyros apresentarão montagens da peça “O Casal Palavrakis”; veja entrevista

Responsável pela formação de vários atores e atrizes, a companhia teatral Os Satyros, em São Paulo, terá uma série de espetáculos a partir da próxima segunda-feira (20) para encerrar mais um ciclo das oficinas livres de interpretação. As cinco turmas apresentarão, cada uma, sua montagem da peça “O Casal Palavrakis”, da dramaturga espanhola Angélica Liddell.

O texto conta a história sinistra de Elza e Mateo, um casal problemático que se esforça para vencer um campeonato de dança. Ao mesmo tempo, eles discutem se querem ou não ter um filho. Nasce a menina Chloé, e o final é trágico.

Nos cursos d’Os Satyros, funciona assim: terminam as aulas, e os alunos mostram um trabalho ao público no conhecido endereço da Praça Roosevelt, 214. A saber, o módulo que acaba de encerrar é o mimético com foco na construção de personagens.

Existem ainda outros dois: o diegético (construções narrativas) e o performativo (performance em cena). Se você ficou interessado, pode se animar, porque as oficinas acontecem frequentemente e recebem não só atores, mas também não-atores. Estes tendem a levar menos a sério que aqueles.

Além disso, não é preciso fazer todas as oficinas ou numa sequência específica. Contudo, quem pretende entrar para Os Satyros, tem que passar pelas três etapas e seguir para a quarta, conhecida como “lab”, para tentar a vaga.

A Alpha FM conversou com uma aluna, já atriz, que está empenhada em entrar para a companhia: Nicole Marim. Se me pedissem para compará-la com alguém da música, diria que pode ser a “Marina Sena do Teatro” pela forma como agrega talento, energia e sensualidade. A turma dela se apresentará nos dias 21 e 28, às 21h, e a entrada é “pague o quanto puder”.

 

Como nasce uma estrela
Nicole Marim, 23 – curitibana, formada em Teatro pela PUC-PR. Já excursionou com teatro infantil. Faz também performances. Aluna d’Os Satyros e agenciada pela Sagarana.

Desde pequena. “Minha mãe me matriculou no curso de teatro (da escola Nossa Senhora de Fátima, em Curitiba) com 5 anos e, aos 5 anos, fiz minha primeira peça, a “Arca de Noé”. Entrei no grupo de coral e vi que também gostava de cantar. Desde então, nunca parei.”

Bacharel em teatro. “Eu estava no ensino médio e minha mãe perguntou se eu queria ser artista, e eu disse que sim. Descobri que tinha faculdade de teatro em uma feira de profissões da PUC. Eu nem sabia que isso existia.”

Incentivo da mãe*. “A pessoa que mais me incentivou a entrar na Satyros foi a minha mãe (Rosely). O Ivam Cabral (ator, diretor, cofundador d’Os Satyros) veio de uma cidade chamada Ribeirão Claro-PR, que é a cidade da minha família. Minha mãe sempre foi muito fã dele e tinha familiaridade com a família dele e acompanhou todo o processo”.

*Pondera que a mãe admirava a origem e fama do Ivam, enquanto ela, Nicole, sentia uma conexão pessoal pela forma como o dramaturgo adiciona a psicanálise, outra área de estudo dele, nos próprios trabalhos

Mudança para São Paulo. “Não tinha casa, não tinha nada. Só tinha a matrícula (na oficina de teatro)”.

Part. 2
Encantada por “As Bruxas de Salém”. “Mesmo sendo plateia, parecia que eu estava na peça, parecia que eu era uma das atrizes. Eu senti uma conexão muito forte, não só pelo texto, que é um clássico que eu já conhecia, mas pelo poder, pela força como eles (Os Satyros) montaram, esse poder feminino. Desde a primeira cena, tinha uma ciranda que elas faziam em volta da fogueira, a peça me ganhou nos primeiros cinco minutos, arrepiei”.

Amor ao teatro “O palco tem esse papel terapêutico, curativo. Se você vai ao teatro e sai a mesma coisa, tá errado. Você tem que sair transformado”.

Audiovisual, por quê não? “Meu sonho é audiovisual, mas eu nunca vou largar o teatro. São duas técnicas de atuação totalmente diferentes, mas eu amo muito tudo as duas coisas. Novela, sempre fui muito apaixonada por novela. O sonho da minha vida era fazer novela da Globo, quando era adolescente. Ainda quero!”

Determinação. “Faça o espetáculo acontecer. Você não faz o teatro para você, você para o outro. Qualquer trabalho que eu faço eu divulgo. A gente precisa do público”.

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Fonte: Alpha FM

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